Exercicios em altitude
Por: Lidieisa • 25/4/2018 • 1.687 Palavras (7 Páginas) • 295 Visualizações
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Volume sanguíneo
Logo após a chegada na altitude, o volume plasmático do indivíduo começa a diminuir progressivamente e, em seguida, atinge um platô no final de algumas semanas. Inicialmente, o resultado dessa perda de plasma é o aumento do número de eritrócitos por unidade de sangue, permitindo que mais oxigênio seja liberado ao músculo com um determinado debito cardíaco. Como essa redução do volume plasmático ocorre com pouca ou nenhuma alteração do número de eritrócitos, ocorre uma um aumento do hematócrito, mas com o volume sanguíneo menor do que nas altitudes mais baixas. Eventualmente, o volume plasmático diminuído retorna aos níveis normais.
Debito cardíaco
Para compensar a hipóxia uma forma logica para compensar isso é aumentar o volume o volume de sangue liberado aos músculos ativos. Em repouso e durante o exercício submáximo, isso é conseguido através do aumento do debito cardíaco. O débito cardíaco é o produto do volume de ejeção e a frequência cardíaca, e, por isso, o volume de qualquer um deles irá provocar seu aumento.
Durante o trabalho máximo na altitude, o volume de ejeção e a frequência cardíaca são mais baixos, resultando em um debito cardíaco reduzido. Essa redução combinada com a redução do gradiente de pressão, compromete gravemente a liberação e o consumo de oxigênio.
Adaptações metabólica de altitude
Considerando-se as condições hipóxicas na altitude, devemos esperar o metabolismo anaeróbico aumente durante o exercício para suprir as demandas energéticas do organismo porque a oxidação seria limitada. Se isso ocorrer, devemos esperar o aumento da produção de ácido láctico numa determinada taxa de trabalho. Alguns pesquisadores propuseram que essa diminuição do ácido láctico no esforço máximo é decorrente da incapacidade do corpo em atingir a taxa de trabalho que exige totalmente os sistemas energéticos.
Atividade de Endurance
Obviamente, as atividades de longa duração solicitam consideravelmente o transporte de oxigênio e o sistema energético aeróbio são mais severamente afetadas pelas condições hipobáricas na altitude.
Atividades anaeróbicas de explosão, salto e arremesso
Enquanto os eventos de endurance são comprometidos na altitude, as atividades anaeróbicas de explosão que duram menos de um minuto (como as competições de nado de curta distância) geralmente não são comprometidas pela altitude moderada. Essas atividades solicitam pouco o sistema de transporte de oxigênio e o metabolismo aeróbio. Ao contrario, a maior parte de energia é fornecida através dos sistemas ATP-CP e glicolítico.
Atividade exaustiva
O exercício exaustivo nas altitudes elevadas produz concentrações menores de lactado no sangue e nos músculos do que o exercício realizado no nível do mar. Com o limitado consumo de oxigênio e a maior dependência da produção anaeróbia de energia, deveríamos esperar que os músculos produzam mais, e não menos, lactado durante o esforço máximo.
Aclimatação: exposição prolongada à altitude
Algumas investigações examinaram aclimatação do ser humano a altitude. Quando as pessoas são expostas as altitudes durante dias ou semanas, o organismo ajusta-se gradualmente a menor tensão de oxigênio no ar. No entanto, por melhor que eles se aclimatem as condições da altitude elevada, essas pessoas nunca compensa a hipóxia. Mesmo os atletas de endurance treinados que vivem na altitude durante anos jamais atingem o nível de desempenho ou o VO2max que eles poderiam atingir no nível do mar.
Adaptações sanguíneas
Durante as primeiras semanas na altitude, o número de eritrócitos circulantes aumenta. A falta de oxigênio na altitude estimula a liberação de eritropoietina, o hormônio responsável, pela estimulação da produção de eritrócitos.
À medida que o volume de eritrócitos aumenta, o conteúdo de hemoglobina do sangue também o faz. A concentração sanguínea de hemoglobina tente a aumentar proporcionalmente com o aumento da altitude. Essas adaptações aumentam a capacidade de transporte de oxigênio do volume fixo de sangue.
Adaptações Musculares
Embora tenham sido realizadas poucas tentativas para se estudar as alterações musculares que ocorrem durante a exposição à altitude, dados de biópsia musculares sofrem alterações estruturais e metabólicas significativas durante a subida a altitude. As áreas das fibras musculares diminuíram e, consequentemente, houve uma diminuição da área muscular total. A densidade capilar muscular aumenta permitindo que muito mais sangue e oxigênio sejam liberados para os músculos.
Várias semanas de altitude elevada (acima de 2500m) reduzem o potencial metabólico do músculo. Embora isso possa não ocorrer em altitudes menores, nas altitudes maiores do monte McKinley e do monte Everest, a atividade das enzimas mitocondriais e glicolíticas dos músculos da perna (vasto lateral e gastrocnêmio) é significativamente reduzida após 3 a 4 semanas. Isso sugere que, além de receber menos oxigênio, os músculos perdem parte de sua capacidade de realizar a fosforização oxidativa e executar tanto o exercício aeróbio quanto anaeróbio.
Adaptações Cardiorrespiratórias
Uma das adaptações mais importantes à altitude é o aumento da ventilação pulmonar, tanto em repouso quanto durante o exercício. A ventilação é estimulada pela diminuição do conteúdo de oxigênio do ar inspirado na altitude. Em uma altura de 4000 m, a ventilação pode aumentar em até 50% em repouso e durante o exercício submáximo.
Estudos realizados no final da década de 1960 relataram que a diminuição do VO2máx, ao se atingir uma altitude mais elevada, melhorava pouco durante
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