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Abordagem fisioterapeutica na Pré-Protetização

Por:   •  19/4/2018  •  4.213 Palavras (17 Páginas)  •  335 Visualizações

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2. OBJETIVO GERAL

O objetivo deste trabalho é demonstrar as características clínicas apresentadas pelos indivíduos amputados na fase de pré-protetização, bem como, sua reabilitação por meio de tratamento fisioterapêutico.

3. MATERIAIS E MÉTODOS

Para a obtenção deste trabalho foi realizada uma revisão da literatura tendo como fonte livros acadêmicos e as seguintes bases de dados; PubMed, Scielo, PeDro e google acadêmico acerca de assuntos relevantes ao tema proposto, desta forma buscou-se materiais que abordassem desde o conceito de amputação até os tratamentos referentes a fase de pré-protetização em indivíduos que sofreram amputação.

4. AMPUTAÇÃO

Amputação é um termo utilizado para definir a retirada cirúrgica ou traumática, parcial ou total de um segmento corpóreo, esta deriva do latim e apresenta o seguinte significado: ambi= ao redor de/ em volta de e putatio=rodar/retirar. Alguns autores relatam que o procedimento de amputação seja uma das técnicas cirúrgicas mais antiga já realizada pela humanidade.

A diferenciação entre amputação e desarticulação é de extrema importância, uma vez que a amputação consiste na remoção da parte de um ou mais membros do corpo causando uma descontinuidade óssea, e a desarticulação consiste na remoção de um ou mais membros do corpo por meio de uma articulação 2.

Normalmente os níveis de amputação são classificados de acordo com aspectos anatômicos, podendo ser realizados tanto nos membros superiores quanto em membros inferiores 3.

Os níveis de amputação de membros superiores consistem na desarticulação escapular, desarticulação de ombro, transumeral, desarticulação de cotovelo. Amputações abaixo do cotovelo são as desarticulações radiocárpicas, amputações do carpo e amputações transmetacarpianas. Já os níveis de amputação realizados em membros inferiores incluem a pelvectomia, hemipelvectomia, desarticulação coxo-femoral, amputação transfemoral, desarticulação de joelho, amputação transtibial, desarticulação tíbiotársica, amputação de Syme, amputação de Ricard, amputação de Pirogoff, amputação de Choppart, amputação de Linsfranc, amputação transmetatarsiana, amputação metatarsofalangeana e amputação interfalangeana 2.

4.1 Etiologia das Amputações

A amputação de membros apresenta causas variáveis, porém as mais comuns estão relacionadas aos processos vasculares, neuropáticos, traumáticos, tumorais, infecciosos, congênitos e iatrogênicos 4.

Dentre as principais causas de amputação estão as doenças vasculares, especificamente em três territórios anatômicos de ocorrência: o arterial, o venoso e o linfático. A arteriosclerose obliterante caracterizada como uma patologia arterial é a causa mais frequente de amputação devido ao bloqueio sanguíneo (isquemia) gerado na região afetada. O tabagismo também se enquadra entre as causas mais comuns de amputação devido sua relação frequente com a tromboangeíte caracterizada como uma doença inflamatória arterial 4,5.

A diabetes certamente constitui uma das principais causas de amputação. Tal fato é evidenciado em eventos finais que são explicitamente causadores de amputação (úlceras por lesão infectadas), já que estas estão presentes nos diabéticos devido a doença de base, formando assim um déficit da circulação nas extremidades inferiores, o que acarreta necrose das terminações nervosas sensitivas e, consequente diminuição da sensibilidade na região 4,5.

As amputações traumáticas também de enquadram como uma das causas principais de amputação, correspondendo assim as lesões ocorridas no terreno vásculo-ortopédico, desta forma o acidente no transito se torna uma das causas mais importante de amputação. A contusão seguida de esmagamento é o mecanismo mais comum que pode de tal forma levar à uma lesão vascular e consequente isquemia e amputação na região afetada. As lesões por arma de fogo também se enquadram em um dos fatores causadores de amputação seguindo o mesmo mecanismo fisiopatológico citado acima 5.

4.2 Incidência

Estima-se que as amputações do membro inferior correspondam a 85% de todas as amputações de membros, apesar de não haver informações precisas sobre este assunto no Brasil. Em 2011, cerca de 94% das amputações realizadas pelo SUS foram no membro inferior 6,7.

Na literatura, encontramos que aproximadamente 80% das amputações de membros inferiores são realizadas em pacientes com doença vascular periférica e/ou diabetes. As amputações por causas traumáticas prevalecem em acidentes de trânsito e ferimentos por arma de fogo, sendo essa a segunda maior causa. Entre as amputações não eletivas, o trauma é responsável por cerca de 20% das amputações de membros inferiores, sendo 75% dessas no sexo masculino e cerca de 84% dos acidentes de transito que levam a amputação ocorrem com motociclistas 6,7.

4.3 Tratamento médico/Procedimento cirúrgico

As técnicas cirúrgicas variam de acordo com o nível e a causa de amputação, o médico por sua vez, tem como um dos objetivos amputar o nível mais baixo possível do membro afetado, o mesmo deve remover a parte do membro que tem de ser eliminada permitindo assim a cicatrização primária e secundária da ferida, além disso o cirurgião deve se preocupar em construir um membro residual para ajuste e função ideal da prótese. Contudo o fisioterapeuta precisa entender alguns dos princípios básicos da cirurgia de amputação.

Numa amputação traumática, o cirurgião tenta salvar o máximo possível de osso (em seu comprimento) e pele viável. As articulações proximais são preservadas, desde que seja propiciada uma cicatrização adequada dos tecidos, sem complicações secundárias (como a infecção). Usualmente a incisão será deixada aberta, com a articulação proximal imobilizada, numa posição funcional, durante 5 a 9 dias, para impedir a infecção invasiva. A oclusão secundária também permite ao cirurgião modelar apropriadamente o membro residual para a reabilitação protética.

Os retalhos cutâneos têm de apresentar a maior largura possível e a cicatriz deve ser flexível, não dolorosa e não adesiva. Na grande maioria das amputações principalmente de membros inferiores usa retalhos anteriores e posteriores de igual comprimento fixando a cicatriz na extremidade distal do osso, porém em algumas amputações

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