Abordagem cognitivista
Por: Lidieisa • 22/11/2017 • 1.565 Palavras (7 Páginas) • 501 Visualizações
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Autonomia - corresponde ao último estágio do desenvolvimento da moral, em que resulta do respeito mútuo e das relações de cooperação que se caracterizam pelo sentimento da reciprocidade. As regras são entendidas como decorrente de acordos mútuos entre os jogadores, sendo que cada um deles consegue conceber a si próprio como possível 'legislador' em regime de cooperação entre todos os membros do grupo.
O respeito mútuo, sentimento que conduz a democracia, deve ser praticado dede a infância para a superação do egocentrismo.
Conhecimento
Construção contínua – passagem de um estado de desenvolvimento para outro, caracterizado por formação de estruturas cognitivas.
Não consiste em simples copia da realidade (empirismo) ou num mero desdobramento de estruturas pré-formadas no sujeito (inatismo), mas implica uma série de estruturas construídas progressivamente a partir da contínua interação entre sujeito e meio.
Sujeito essenciamente ativo – conhecer o objeto, agir sobre e transformá-lo, apreendendo os mecanismos dessa transformação vinculados com as ações transformadoras.
2 fases de aquisição do conhecimento segundo Piaget:
- Exógena: fase da constatação, da cópia, da repetição.
- Endógena: fase da compreensão das relações, das combinações.
O verdadeiro conhecimento implica a fase endógena que requer a abstração empírica (retira as informações do próprio objeto) e reflexiva (coordena as ações)
O construtivismo interacionista para a construção do conhecimento apóia-se na tese de Piaget:
- Toda gênese parte de uma estrutura e chega a uma estrutura;
- Toda estrutura tem uma gênese;
- Gênese e estrutura são indissociáveis.
Construir na teoria de Piaget implica tornar as estruturas do comportamento – motoras, verbais, mentais – mais complexas, móveis, estáveis. Tendo presente a criatividade como processo vital.
Desenvolvimento e Aprendizagem
Fontes distintas de aquisição de conhecimento, com relação de interdependência.
Aprendizagem:
- Aquisições em função da experiência (externa),
- Requer a existência de estruturas de pensamento, ou seja, ela modifica, mas não da origem a novas estruturas.
- É um dos fatores do desenvolvimento, é condição necessária, mas não suficiente para que ocorra desenvolvimento. Depende do desenvolvimento. Por exemplo: a aprendizagem siginificativa de fatos históricos e acidentes geográficos torna-se possível em função da existência de conceitos operatórios de espaço e tempo.
“Não se trata de negar a importância da aprendizagem, mas sim de admitir que, qualquer alimento intelectual não pode ser indiferentemente bom para todas as idades, é necessário considerar os interesses, necessidades e instrumentos cognitivos de cada estágio”. (Piaget, 1970).
Desenvolvimento: não se reduz a soma de comportamentos aprendidos, é um processo determinado:
- Pela maturação interna do organismo – ligad a maturação do sistema nervoso
- Pela experiência do meio fisico e social
- Pela estimulação do meio extrno social
- Pelas equilibrações processadas nas reestruturações internas, ao longo da construção dos estágios (assimilação e acomodação)
Educação
Provocar situações que sejam desequilibradoras para os alunos ao nível de desenvolvimento em que se encontram, possibilitando-os conquistar seu conhecimento.
É um todo indissociável: intelectual e moral
“Não se pode formar personalidades autonômas no domínio moral se por outro lado o indivíduo é submetido a um constrangimento intelectual de tal ordem que tenha de se limitar a aprender por imposição sem descobrir por si mesmo a verdade: se é passivo intelectualmente, não conseguirá ser livre moralmente” (Piaget, 1973).
Autonomia intelectual - Processo de socialização – democratização das relações, criar condições de cooperação – desenvolver a lógica do pensamento.
Relações de reciprocidade e cooperação, tanto moral quanto intelectual, raramente é assegurada pela autoridade do professor ou pelas lições, modelos que ele possa sugerir ou apresentar, mas pela ccordenação de pontos de vista entre os alunos.
Escola
Oportunizar a observação, investigação individual, possibilitando tentativas e ensaios possíveis para realização de atividades.
Implica motivação intrínseca, da própria capacidade de aprender (conhecimento endógeno).
Possibilitar o desenvolvimento de suas possibilidades de ação motora, verbal e mental, de forma que postriormente tenha condições de intervir socialmente.
Relação entre cooperação e desenvolvimento:
- Trabalho em grupo e o tema estudado constitua um verdadeiro problema para o grupo (motivação intrínseca).
- Diretividade da aprendizagem, ou seja, criar situações onde pudessem ser operacionalizados os conceitos, condizentes com o nível de desenvolvimento do aluno, num processo de equilibrio – desequilibrio.
Ensino-aprendizagem
Ensino:
- Consiste em processo e não em produto de aprendizagem.
- Organização dos dados da experiência, de forma a promover um nível desejado de aprendizagem.
Professor – aluno
Cabe ao professor:
- Criar situações, proporcionando condições onde possam se estabeler reciprocidade intelectual e cooperação moral e racional.
- Evitar
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