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ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS (APS)

Por:   •  25/9/2018  •  1.684 Palavras (7 Páginas)  •  238 Visualizações

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fase, onde cada dia um aluno fica responsável em trazer os exercícios para o grupo. O principal objetivo de manter esse grupo seria a interação social, pois há mais motivação e “melhoria’’ para o paciente, obtendo assim, mais vontade de realizar os exercícios.

No primeiro momento a aluna responsável pelo tratamento do Sr. N. começou com o exercício de TOT (Terapia Orientada Tarefa), onde o paciente pinça prendedores de grampo para treinar e exercitar seus movimentos com a mão do lado afetado pela doença, pois segundo Susan B. O´Sulivan(1993, p.395)“ Pode ocorrer incordenação devido ao envolvimento cerebelar ou dos gânglios de base, perdas proprioceptivas, ou debilidade motora.’’

No segundo momento a aluna propôs outro exercício para o Sr. N. onde ele teria que subir e descer escada para que ele forçasse e tivesse descarga de peso na perna afetada. Nesse dia o Sr. N. estava sozinho, pois seu companheiro de treino tinha faltado para fazer exames no hospital.

2.1 ATENDIMENTO NEUROPEDIÁTRICO

Nosso segundo acompanhamento de atendimento foi pediátrico. Era a menina A.S. de 17 anos, que possuía a Paralisia Cerebral (P.C.). A paciente chegou de cadeiras de rodas e houve um pouco de resistência para subir na maca, no primeiro momento achamos que era por causa dos alunos assistindo seu atendimento, mas depois a professora Caroline nos explicou que fazia parte da doença, onde ela possuía Reflexo Primitivo muito alto, o ambiente podia influir um pouco na sua resistência de começar o tratamento, mas a maior parte era mesmo involuntária.

O primeiro exercício proposto pela aluna foi o treinamento cervical, onde colocaram a paciente em cima do tatame, e iniciaram um treinamento, pois como a professora nos orientou, o exercício de fortalecimento da cabeça é um dos que ajudam a controlar os reflexos primitivos.

O diagnóstico de PC usualmente envolve retardo ou atraso no desenvolvimento motor, persistência de reflexos primitivos, presença de reflexos anormais, e o fracasso do desenvolvimento dos reflexos protetores, tal como a resposta de pára-quedas, caracterizada pela extensão dos braços como se a criança fosse apoiar-se e com isso apoio do corpo sobre os braços. ( Leite, Jaqueline Maria Resende Silveira, Prado, Gilmar Fernandes. Paralisia cerebral Aspectos Fisioterapêuticos e Clínicos, 2004, p.42).

No segundo exercício posicionaram a paciente A .S. em forma de “Pacotinho’’, e novamente foram exercitando sua cervical com movimentos mais lentos usando um rolo de EVA para massagear seu pescoço e seus membros, pois quanto mais lento os movimentos melhor funciona, pois os espasmos dependem da velocidade, quanto mais rápido for mais rápido os reflexos aparecem.

A fisioterapia tem como objetivo a inibição da atividade reflexa anormal para normalizar o tônus muscular e facilitar o movimento normal, com isso haverá uma melhora da força, da flexibilidade, da amplitude de movimento (ADM), dos padrões de movimento e, em geral, das capacidades motoras básicas para a mobilidade funcional. As metas de um programa de reabilitação são reduzir a incapacidade e otimizar a função. ( Leite, Jaqueline Maria Resende Silveira, Prado, Gilmar Fernandes. Paralisia cerebral Aspectos Fisioterapêuticos e Clínicos, 2004, p.44).

No caso da paciente A. S. os exercícios são feitos para seu grau e tipo de paralisia que ela possui, e com o intuito de sempre trabalhar para alongar seus membros, não para curar sua deficiência, mais sim para fortalecimento muscular e controle dos reflexos primitivos.

2.2 SÍNDROME DE RUBINSTEIN TAYBI

Nesse terceiro e ultimo acompanhamento, nos deparamos com o caso do menino N. de 2 anos, que possui a Síndrome de Rubinstein Taybi, e já frequenta a Clínica Escola há poucos meses.

A Síndrome de Rubinstein-Taybi foi descrita pela primeira vez em 1963, após a observação dos traços físicos semelhantes apresentados por sete crianças com retardo mental, baixa estatura, polegares grandes e largos e anomalias faciais. Mais tarde, novas publicações definiram outras características dessa síndrome, a qual incide em 1 a cada 300.000 nascidos e apresenta etiologia incerta. Sintomas otorrinolaringológicos e fonoaudiológicos são freqüentes, daí a importância de melhor conhecimento dessa síndrome por esses especialistas.( Martins, Regina H. G.; Bueno, Elaine C.; Fioravant Marisa P. Rev. Bras. Otorrinolaringol. vol.69 no.3 São Paulo May/June 2003).

O aluno efetuou o exercício para estimula a marcha do paciente que é um pouco afetada, ele propôs que o paciente caminhasse em volta da cama sempre apoiando as mãos nas bordas, para que chegasse ao som do celular que o menino tanto gostava. Ele explicou que o paciente, por portar essa síndrome tinha uma deficiência na marcha, ou seja ele estava aprendendo a caminhar com o fisioterapeuta, pois de acordo com ele uma das causas da síndrome era o atraso para aprender a caminhar, além de possuir todos os traços marcantes da doença como disfunção na face e dificuldades na fala.

No segundo exercício proposto pelo aluno, ele fazia que o paciente N. sentasse e levantasse repetidas vezes, para aprimorar seus movimentos comprometidos por causa da síndrome. Ele explicou que o paciente N. possui também um grau de autismo decorrido de sua doença.

Concluiu o atendimento fazendo novamente exercício para aprimorar a marcha, mas desta vez posicionou alguns obstáculos para dificultar um pouco o exercício e consequentemente fazer o paciente se esforçar mais em busca de um resultado.

3. CONCLUSÃO

Levando-se em conta o que foi observado na visita á Clínica Escola da faculdade, podemos ter uma noção de como será nosso futuro profissional na Fisioterapia, pois observamos de perto o funcionamento da clínica e o trabalho dos estagiários da sétima fase. Em questão dos atendimentos vistos, aprendemos muito com o trabalho efetuado pelos alunos e notamos uma segurança na hora de aplicar o exercício proposto por eles, podemos analisar que estão apitos para atender os pacientes e percebemos o quão nível de qualidade que nossa Instituição e professores possuem.

Percebemos que a Fisioterapia é mais importante do que sabíamos antes da visita, pois para esses pacientes da Neuroadulto e da Neuropediatria, esses exercícios e atividades que o Fisioterapeuta propôs para eles, ajuda muito para sua evolução do dia-a-dia independente de sua doença ou síndrome, pois em muitos casos

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