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A FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA

Por:   •  19/12/2018  •  10.398 Palavras (42 Páginas)  •  334 Visualizações

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Capacidades pulmonares:

Soma de dois ou mais volumes pulmonares. São elas:

·Capacidade inspiratória (C.I.): É o volume máximo que uma pessoa pode inspirar após uma expiração basal. Ela corresponde, numericamente, à somatória do volume corrente com o volume de reserva inspiratória, ou seja, CI= VC+VRI. CI=3.500 ml

·Capacidade vital (C.V.): É o volume máximo de ar mobilizado entre uma inspiração e expiração máximas. É a somatória de volume corrente, volume de reserva inspiratória e volume de reserva expiratória, ou seja, CV= VC+VRI+VRE. CV= 4.800 ml

·Capacidade residual funcional (CRF): É o volume de ar que permanece nos pulmões após uma expiração basal, ou seja, é a somatória do volume de reserva expiratória com volume residual. Assim, CRF=VRE+VR = 2400 ml

Esta capacidade é importante para manutenção do volume pulmonar e trocas gasosas.

·Capacidade pulmonar total (CPT): É o volume contido nos pulmões após uma inspiração máxima, ou seja, é a soma de todos os volumes pulmonares. CPT= VC + VRI + VRE + VR = 6.000 ml.

Os volumes e capacidades pulmonares variam de pessoa para pessoa e também sofrem alterações fisiológicas e patológicas.

C. VENTILAÇÃO ALVEOLAR

Cdc Outro conceito importante para o entendimento da ventilação alveolar como um todo é o volume corrente minuto (VCM). Este refere- ao volume de ar inspirado ou expirado em 1 minuto, ou seja, é o produto entre volume corrente e frequência respiratória.

A ventilação alveolar (VA) é a intensidade de renovação do ar nas trocas gasosas que ocorrem nos alvéolos e bronquíolos respiratórios. A ventilação alveolar depende do volume alveolar, que por sua vez depende do volume corrente e do volume do espaço morto (VEM), e da frequência respiratória (FR), ou seja, do número de ciclos respiratórios na unidade de tempo.

A relação desses três fatores com a ventilação alveolar se dá pela seguinte equação: VA = (VC-EM) x FR.

A ventilação alveolar é diretamente proporcional ao CO2 exalado e inversamente proporcional a pressão alveolar de CO2 (PaCO2)

Um aumento da ventilação alveolar é consequente de uma hiperventilação alveolar que pode se dar, por sua vez, por aumento de VC ou FR. Quando a ventilação aumenta, o CO2 exalado aumenta e o resultado é uma queda na pressão parcial de dióxido de carbono. Causas: dor, febre, insuficiência respiratória, agitação, ventilação mecânica inadequada e exercício físico.

Uma queda da ventilação alveolar consequente de uma hipoventilação alveolar pode se dar por diminuição do VC ou diminuição do FR ou aumento do VEM, causando aumento da pressão parcial de dióxido de carbono. Causas: diminuição do comando ventilatório, lesão medular alta, fraqueza muscular, fadiga muscular, restrição de caixa torácica e obstrução de vias aéreas superiores.

Essas relações são de grande importância na medida que quanto maior a ventilação alveolar mais eficiente são as trocas gasosas. Isso ocorre até uma certa frequência respiratória.

D. DIFERENÇAS REGIONAIS DA VENTILAÇÃO

A ventilação alveolar é desproporcional nas diferentes regiões pulmonares e é maior na região dependente dos pulmões, portanto no indivíduo sentado ou em pé, a ventilação é maior na base dos pulmões.

As responsáveis por esta diferença são: pressão pleural, pressão alveolar e ação da gravidade. No repouso apressão pleural é negativa devido o recuo elástico dos pulmões, porém ela é mais negativa nos ápices, pois na base o pulmão “pesa” sobre a pleura. Isto gera uma maior pressão alveolar nos ápices e menor volume de repouso nas bases, aumentando a capacidade de ventilação nas bases.

1.1- PERFUSÃO PULMONAR

O volume de sangue que sai do ventrículo direito (VD) é igual ao volume de sangue que deixa o ventrículo esquerdo (VE), porém a pressão do VD é 6 vezes menor que a pressão do VE, isto ocorre porque a resistência vascular do pulmão é menor que a resistência vascular sistêmica. Existem 3 causas principais para a baixa resistência vascular pulmonar: a artéria pulmonar é mais elástica que a artéria aorta, a circulaçãopulmonar não tem arteríolas (vasos que tem músculo liso e tônus) e os mecanismos de distensão e recrutamento dos capilares pulmonares.

A perfusão pulmonar não é homogênea no pulmão e a região dependente é a mais perfundida, assim no indivíduo sentado ou em pé a perfusão é maior nas bases e isto ocorre porque a pressão alveolar no ápice é maior que a pressão arterial, comprimindo os capilares e diminuindo o fluxo de sangue. Já na base os alvéolos estão “murchos”, com menor volume de repouso, a pressão arterial é maior que a pressão alveolar gerando maior fluxo sanguíneo.

1.2 -. RELAÇÃO VENTILAÇÃO-PERFUSÃO (V/Q)

No ápice pulmonar a ventilação é baixa, porém a perfusão é menor ainda, o que gera uma alta relação V/Q, desproporcional para troca gasosa. Na base a ventilação é alta, mas a perfusão é maior ainda, o que gera uma baixa relação V/Q e não ideal para troca. No terço médio dos pulmões a relação V/Q é mais proporcional e ideal para troca. Estas diferenças regionais da relação V/Q acabam diminuindo o conteúdo arterial de O2.

2. DIFUSÃO

A difusão do oxigênio (O2) e dióxido de carbono (CO2) ocorre passivamente nos alvéolos e obedece a lei de Fick que leva em consideração os seguintes itens:

- Diferencial de pressão: quanto maior o diferencial de pressão, maior será a difusão.

- Área: quanto maior a área pulmonar, maior a difusão.

- Espessura da membrana alvéolo-capilar: quanto menor a espessura da membrana, maior será a difusão.

- Peso molecular do gás: quanto maior o peso, menor será a difusão.

- Solubilidade do gás: quanto maior a solubilidade, maior será a difusão. O CO2 é 20 vezes mais solúvel que o O2.

Em condições normais a difusão do O2 e CO2 ocorre de forma muito rápida nos pulmões,

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