Monografia HPV
Por: Jose.Nascimento • 6/6/2018 • 5.454 Palavras (22 Páginas) • 434 Visualizações
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As principais fontes para a realização desta revisão foram:
Livros como: Cecil – Tratado de Medicina Interna (BENNETT, 2001), Semiologia Médica – as bases do diagnóstico clínico (LÓPEZ, 2001).
Artigos científicos obtidos em bancos de dados de pesquisas científicas (www.scielo.com.br), tais como: Manifestações orais associada ao papilomavírus humano (HPV) conceitos atuais: revisão bibliográfica (CASTRO, 2004) e outros.
3.2 Compilação das informações
A reunião das informações selecionadas foi realizada de maneira a elaborar um material de apoio substancial, prático e de fácil manuseio para o uso na dispensação e orientação do paciente no balcão da Farmácia Comunitária.
Assim, para uma melhor sistematização do trabalho, segmentou-se o conteúdo em alguns tópicos tais como: Definição e etiologia do HPV, Epidemiologia, Manifestações clínicas, Patogenia, Diagnóstico, Prevalência, Prevenção, Tratamento farmacológico e não-farmacológico, Conceito do câncer cervical, Incidência, Fatores de risco como: Comportamento sexual, Tabagismo, Contracepção e outros.
4 RESULTADOS
4.1 Papilomavírus humano (HPV)
4.1.1 Definição e etiologia
O papilomavírus humano (HPV) é um vírus pertencente à família Papovaviridae, que possui considerável tropismo pelo tecido epitelial e mucoso. O HPV é um vírus pequeno, sem invólucro e com DNA de cadeia dupla de aproximadamente 8000 nucleotídeos. Esses vírus podem provocar infecções assintomáticas, e também podem produzir verrugas ou estar associados a várias neoplasias benignas e malignas (REICHMAN et al., 2002).
Os tipos oncongênicos de papilomavírus humano podem imortalizar os ceratinócitos humanos, e essa atividade foi mapeada em produtos dos genes precoces E6 e E7; sendo que a proteína E6 facilita a degradação da proteína supressora tumoral p53 (REICHMAN et al., 2002).
Hoje existem mais de 80 tipos de papilomavírus que são reconhecidos através de suas manifestações clínicas específicas (TABELA 1), e estes são distintos um dos outros pelo grau de homologia da seqüência dos ácidos nucléicos. Dentre os diferentes tipos de papilomavírus, as verrugas comuns afetam principalmente as crianças, as verrugas plantares são observadas com maior freqüência em adolescentes e adultos jovens. O condiloma acuminado (verrugas ano-genitais) é hoje uma das doenças de maior incidência de contaminação nos Estados Unidos por via sexual, sendo esta uma das principais doenças responsáveis pela infecção do colo uterino, onde ocorrem anormalidades das células escamosas (REICHMAN et al., 2002).
TABELA 1 Associação do tipo de papilomavírus humano com a doença
Doença
Tipos de HPV associados
Verrugas plantares
Verrugas comuns
Verrugas comuns em manipuladores de carne
Verrugas planas
Verrugas intermediárias
Epidermodisplasia verruciforme
Condiloma acuminado
Neoplasias intra-epiteliais
Não-especificadas
De baixo grau
De alto grau
Doença de Bowen
Papulose bowenóide
Carcinoma de colo uterino
Papilomas laríngeos
Hiperplasia epitelial focal de Heck
Papilomas conjutivais
Outras
1, a 2, a 4, 63
1, a 2, a 4, 26, 27, 29,41,b 57, 65, 77
1, 2, a 3,4, 7, a 10, 28
3, a 10, a 27, 38, 41,b 49, 75, 76
10, a 26, 28
2, a 3, a 5,ab 8,ab 9,a 10,a 12,a 14,ab 15,a 17,ab
19,20,b 21, 22, 23, 24, 25, 36, 37, 38,b 47, 50
6,a 11,a 30,b 42, 43, 44, 45,b 51,b 54, 55, 70
30,b 34, 39,b 40, 53, 57, 59, 61, 62, 64, 66,b 67,
69, 71
6,a 11,a 16,b 18,b 31,b 33,b 35,b 42, 43, 44, 45,b
51,b 52,b 74
6, 11, 16,ab 18,ab 31,b 33,b 34, 35,b 39,b 42, 44,
45,b 51,b 52,b 56,b 58,b 66b
16,ab 31,b 34
16,ab 34, 39,b 42, 45,b 55
16,ab 18,ab 31,b 33,b 35,b 39,b 45,b 51,b 52,b
56,b58,b 66,b 68, 70
6,a 11a
13,a 32a
6,a 11,a 16 ab
6, 11, 16,b 30,b 33,b 36, 37, 38,b 41,b 48,b 60,
72, 73
a Associações mais comuns.
b Alto potencial maligno.
Fonte: Harrison – Princípios de Medicina Interna, p.1186, (FAUCI, 2002).
4.1.2 Epidemiologia
As infecções genitais por HPV retratam, em sua maioria, a grande incidência do contato direto com as lesões infecciosas, onde se percebe que o contato íntimo e os traumatismos leves nos locais infectados podem facilitar a transmissão através do contato sexual ano-genital (REICHMAN et al., 2002).
Estas infecções estão relacionadas com a ocorrência de displasia e com o câncer do colo uterino, onde mais de 95% dos cânceres possuem DNA dos tipos oncongênicos de altos riscos (REICHMAN et al., 2002).
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