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LEPTINA: RELAÇÃO COM A GÊNESE DA OBESIDADE EM HUMANOS

Por:   •  8/12/2018  •  3.146 Palavras (13 Páginas)  •  265 Visualizações

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Keywords : Leptin, Receptors leptin, Obesity, Nervous system.

LISTA DE ILUSTRAÇÕES[pic 9]

Figura 1 - Ciclo de balanço energético positivo e negativo. 14

Figura 2 - Adaptação de indivíduos frente a situações de fartura e escassez. 15

Figura 3 - Gênese da obesidade em humanos 15

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SUMÁRIO

[pic 10]

1. INTRODUÇÃO 9

2. METODOLOGIA 10

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO 10

3.1 Tecido adiposo 10

3.2 Leptina 11

3.2.1 Síntese e ação da leptina 12

3.2.2 Ação de outros hormônios 13

3.3 Leptina e obesidade 14

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 17

5. REFERÊNCIAS 18

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- INTRODUÇÃO [pic 11]

A leptina é uma adipocina sintetizada e secretada pelo tecido adiposo e que atua principalmente no sistema nervoso central, estimulando o gasto energético (Oliveira et al., 2015). E as funções mais estudadas da leptina é a de regulação do peso corporal pelo hipotálamo. Os receptores de leptina se expressam nos neurônios no núcleo do hipotálamo onde estão relacionados a ingestão de alimentos e o balanço energético (Pérez et al., 2008).

A síntese e secreção da leptina são reguladas por diversos sinais neuroendócrinos, endócrinos e parácrinos, contudo, tem-se identificado vários reguladores da produção de leptina pelos adipócitos (Sousa, Silva & Moreira , 2009).

A causa da obesidade é multifatorial, podendo envolver fatores genéticos, ambientais, emocionais e estilo de vida (Landeiro & Quarantini, 2011; Guedes et al., 2009). É uma doença de alta prevalência no mundo, não sendo limitado a uma região, país ou grupo racial/étnico (Bernardi, Cichelero & Vitolo, 2005). Segundo o IBGE (2010), a obesidade cresce aceleradamente no Brasil. O excesso de peso vem atingindo metade da população adulta, um terço das crianças de 5 a 9 anos, e a quinta parte dos adolescentes do país.

Apesar da obesidade ser uma doença antiga, os medicamentos para tratamento são limitados e responsáveis por efeitos colaterais no organismo humano, sendo a reeducação alimentar e a prática de atividade física fundamentais para normalização do peso corporal (Freitas et al., 2013). A obesidade é um dos principais problemas de saúde da sociedade moderna, considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), uma epidemia global. É o resultado do balanço positivo entre o consumo calórico e gasto energético do indivíduo (Júnior, Pedrosa & Tirapegui, 2004; Simón & Barrio, 2002).

O peso corporal é regulado por mecanismos complexos, que envolvem processos hormonais e metabólicos, sendo que o ganho de peso relaciona-se a um balanço energético positivo, consumo calórico superior ao gasto energético do organismo (Barrios et al., 2010).

Neste contexto, este trabalho tem como objetivo elucidar a correlação do efeito fisiológico da leptina com a obesidade.

2. METODOLOGIA

Trata-se de uma revisão bibliográfica pautada em artigos publicados nos últimos 15 anos em periódicos científicos indexados em bancos de dados como Scielo e Pubmed. Para a busca dos artigos foram utilizadas as seguintes palavras-chaves em diversas combinações: emagrecimento, fisiologia, leptina, obesidade, receptores e tecido adiposo.

A pesquisa bibliográfica incluiu consensos, editoriais e artigos originais, escritos em português e inglês.

Os artigos foram inicialmente selecionados através de seus títulos, resumos e ano de publicação.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

3.1 Tecido adiposo

Os mamíferos possuem a capacidade de mobilizar o excesso de calorias para suprir imediatamente as necessidades metabólicas. O principal reservatório energético do organismo é o tecido adiposo, sendo os adipócitos as únicas células especializadas em estocar os lipídeos na forma de triaglicerol sem que seja nocivo para sua funcionalidade (Alaniz et.al., 2006). As células adiposas são responsáveis pelo armazenamento da gordura, podendo aumentar de tamanho e estocar grande volume de lipídeos, hipertrofiando o tecido adiposo. Ao mesmo tempo poderá ocorrer o processo de hiperplasia do tecido adiposo, representado pelo aumento do número de células adiposas (Paula, 2013).

O tecido adiposo em mamíferos é dividido em tecido adiposo marrom e tecido adiposo branco. O tecido adiposo marrom tem a função de termogênese (produção de calor) e regulação da temperatura corporal. O tecido adiposo branco tem função de proteção mecânica contra choques e traumatismos externos, por se concentrarem ou infiltrarem em diversas regiões, inclusive órgãos, além da intensa atividade metabólica, contribuindo para o controle da homeostase energética (Pinto, 2014; Alaniz et.al., 2006).

A principal adipocitocina reguladora do metabolismo energético é a leptina. Ela interage com sistemas neuroendócrinos centrais envolvidos na ingestão de alimentos. A deficiência e resistência à leptina leva a maior produção de neurônios estimuladores da ingestão alimentar (Guimarães et al., 2007).

3.2 Leptina

A descoberta da leptina ocorreu em 1994 pelo grupo liderado pelo professor Dr. Friedman, da Rockefeller University, a partir de estudos sobre obesidade em camundongos conseguiu-se clonar o fator que controlava o excesso de peso nesses animais, desta forma, esse fator foi denominado proteína ob ou leptina (do grego leptos = magro) (Negrão & Licinio, 2000).

A leptina, conhecida com hormônio da saciedade, é um componente do sistema fisiológico que regula o armazenamento, equilíbrio e uso da energia pelo organismo (Negrão

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