Essays.club - TCC, Modelos de monografias, Trabalhos de universidades, Ensaios, Bibliografias
Pesquisar

HIV - SÍNDROME IMUNODEFICIÊNCIA

Por:   •  14/10/2018  •  3.303 Palavras (14 Páginas)  •  307 Visualizações

Página 1 de 14

...

Ao se pensar em sexualidade, observa se que, como qualquer outra pessoa dessa idade, os adolescentes e jovens necessitam ser aceitos pelos amigos e se sentirem a vontade para namorar. Só que o fato de viver com HIV/AIDS potencializa o medo de serem rejeitados pelos seus amigos e namorados especialmente ao perceberem o mundo preconceituoso em que vivem, no qual ‘ter AIDS’ ainda é um estigma (MINISTERIO DA SAUDE, 2013).

Embora a AIDS seja uma doença incurável, existem hoje tratamentos que aumentam a expectativa e qualidade de vida das pessoas que convivem com a doença, observa-se ainda como a vulnerabilidade relaciona-se à questões objetivas como, o acesso a informação, nesse sentido é muito importante para os portadores do vírus compreenderem como o tratamento contribui para uma maior sobrevida (GOMES, SILVA, OLIVEIRA, 2011).

O acesso universal ao tratamento e as estratégias de prevenção, proporcionou as pessoas que vivem com HIV/AIDS uma melhor qualidade de vida, diminuição da morbimortalidade e da transmissão vertical, trazendo a perspectiva de um futuro em que se incluam projetos de vida. Para tanto, é fundamental boa adesão ao tratamento, além de possibilidades concretas de inserção social (MINISTERIO DA SAUDE, 2012).

As políticas públicas vigentes no Brasil em benefício das pessoas com HIV/AIDS têm como foco prestar assistência de qualidade as pessoas que convivem com esta doença. Em 2009 o Brasil alcançou um total de 644 serviços implantados, algumas das principais atividades realizadas por esses serviços são: cuidados de enfermagem, orientação e apoio psicológico, atendimento em infectologia, ginecologia, pediátrico e odontológico, controle e distribuição de antirretrovirais, orientações farmacêuticas, realizações de exames de monitoramento, distribuição de insumo de prevenção, assim como atividades educativas para adesão ao tratamento e para controle da AIDS (VILLARINHO, MARIANA VIEIRA et al.2013).

Existem também outros serviços assistenciais mais recentes como as unidades dispensadoras de medicamentos antirretrovirais (UDM), que realizam gestão e dispensação de medicamentos, bem como o acompanhamento e monitoramento dos pacientes. As UDMs têm como atividades, o atendimento individual e coletivo, que pode ser realizado em uma consulta com o profissional farmacêutico, onde são prestadas informações sobre a síndrome, os medicamentos e os cuidados necessários ao tratamento. Também, são desenvolvidas ações de acompanhamento farmacoterapêutico, em que são estudadas a condição, a história clínica e terapêutica das pessoas com HIV/AIDS incluindo, presença de doenças de base e outros medicamentos que se esteja tomando. Atualmente o Brasil conta com 668 UDMs cadastradas, podendo estar juntas a centros de saúde, ambulatoriais, hospitais dia, farmácias básicas municipais, entre outros (VILLARINHO, MARIANA VIEIRA et al.2013).

Há no Brasil uma Legislação que protege o direito do cidadão com HIV/AIDS: Portaria Interministerial Sheila Cartopassi nº 796/92 – Proíbe discriminação de crianças portadoras de HIV/AIDS nas escolas; Portaria Interministerial nº 869/92 – Proíbe testagem anti-HIV de funcionários públicos federais: admissão, periódico e demissional; Lei 11.199/02 – Proíbe discriminação dos portadores do HIV/AIDS; Lei 9313/96 – Garante distribuição gratuita e universal de anti-retrovirais; Portaria Interministerial de 12/04/02 – Institui Política de Saúde nos Presídios; Portaria Ministerial de 18/11/02 – Institui o projeto Nascer para evitar transmissão do HIV da mãe para o filho; Lei nº 7670/88 – Garante direito à licença para tratamento de saúde e liberação dos fundos PIS/PASEP e FGTS; Lei nº 7713/88 – Isenta portadores de HIV/AIDS do Imposto de Renda sobre aposentaria ou reforma (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002).

A AIDS ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. As células mais atingidas são os linfócitos T CD4+. E é alterando o DNA dessa célula que o HIV faz cópias de si mesmo. Depois de se multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção (DEPARTAMENTO DE DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS, 2013).

2.1 SISTEMA IMUNOLÓGICO

Segundo Junqueira e Carneiro (2008) as células do sistema imunológico protegem o organismo contra macromoléculas estranhas, vírus, bactérias e outros micro-organismos. Além disso, eliminam células alteradas e células velhas, especialmente as células sanguíneas. O sistema imunológico é constituído por vários órgãos. O tecido linfoide (ou reticular) é um tipo especial de tecido conjuntivo rico em células de defesa como os macrófagos, células dendríticas que são apresentadoras de antígenos, linfócitos B e T e os plasmócitos. Ele contém ainda as células reticulares, que formam um arcabouço de sustentação para as células de defesa

2.2 ÓRGÃOS DO SISTEMA IMUNOLÓGICO

Tonsilas são aglomerados de tecido linfoide sob o epitélio da boca (tonsilas linguais) e da faringe (tonsila faríngea e tonsilas palatinas), que protegem o organismo contra a entrada de moléculas estranhas junto com o ar ou com os alimentos. As tonsilas linguais são numerosas, têm pequeno diâmetro e situam-se no terço posterior da língua, sendo recobertas por epitélio estratificado pavimentoso, que forma uma cripta em cada tonsila. Há duas tonsilas palatinas, elas estão entre a cavidade oral e a faringe. São constituídas por uma cápsula de tecido conjuntivo denso não modelado, que serve de barreira à propagação das infecções (JUNQUEIRA, L.C & CARNEIRO, 2008).

Os linfonodos (antigamente chamados gânglios linfáticos) são numerosos no pescoço, nas axilas, nas virilhas, ao longo dos grandes vasos e nas cavidades do corpo e estão sempre interpostos no trajeto dos vasos linfáticos. São estruturas pequenas, com 1cm a 2cm de comprimento, de tecido linfoide e envolvidas por uma cápsula de tecido conjuntivo denso não modelado, que emite septos (ou trabéculas) para o interior do órgão. Nele corre um líquido, a linfa que corre nos capilares linfáticos, contínuos aos vasos linfáticos aferentes e localizados nos seios de tecido linfoide frouxo. Os espaços entre as células endoteliais permitem a passagem da linfa e das células de defesa. A circulação da linfa é lenta, favorecendo a fagocitose de moléculas estranhas pelos macrófagos (JUNQUEIRA, L.C & CARNEIRO, 2008).

O baço é bastante vascularizado, sendo responsável pela remoção de antígenos presentes no sangue, bem como pela produção de anticorpos para estes antígenos. Células reticulares, macrófagos

...

Baixar como  txt (22.1 Kb)   pdf (70.6 Kb)   docx (21.8 Kb)  
Continuar por mais 13 páginas »
Disponível apenas no Essays.club