O IMPACTO DO HIV NA FAMÍLIA
Por: Evandro.2016 • 28/3/2018 • 1.870 Palavras (8 Páginas) • 342 Visualizações
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A pessoa suscetível não tem meios para se proteger, nem acesso aos cuidados com sua saúde, educação, nem ao trabalho, à fonte de renda ou à moradia, além de não ser alguém livre para escolher ou propor. Nesse entendimento, a noção de suscetibilidade entenderia a relação entre as práxis sociais, político-institucionais e comportamentais, as quais estariam associadas às diferentes suscetibilidades de indivíduos e grupos populacionais, bem como às consequências do HIV/AIDS (FONTES et al, 2003).
Com isso, o individuo fica exposto a vários fatores de risco associados aos mecanismos de transmissão do HIV que são: Tipo de prática sexual – relações sexuais desprotegidas, durante o período menstrual ou que ocasionam sangramento, e sexo anal desprotegido são situações que propiciam aumento do risco de transmissão do HIV.
Utilização de sangue ou seus derivados, não testados ou tratados inadequadamente; e recepção de órgãos ou sêmen de doadores não triados e testados – essas práticas, em descumprimento as normas de triagem, acondicionamento e controle de qualidade, estão hoje praticamente banidas no Brasil. Reutilização de seringas e agulhas – o
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compartilhamento de agulhas e seringas entre os usuários de drogas injetáveis aumenta muito a transmissão do HIV (BRASIL, 2002).
Conforme Brasil (2005), o Governo Brasileiro publicou decreto que renova, por cinco anos, o licenciamento compulsório do antirretroviral Efavirenz, utilizado no tratamento da AIDS. Atualmente cerca de104 mil pessoas no país utilizam o medicamento nos seus esquemas terapêuticos, o que representa quase 50% das pessoas em tratamento no Brasil. Para Ferreira et al (2005), os antirretrovirais inseridos na terapia de controle da AIDS, trouxeram expectativa e saúde a milhares de pessoas infectadas pelo vírus. Porém, estes mesmos medicamentos têm sido os responsáveis por efeitos colaterais que pode interferir de modo negativo em várias fases da vida do paciente.
A AIDS vem revelando a importância de se respeitar a diferença e de se questionar preconceitos, medos e tabus em face dessa diversidade. O problema da AIDS não está somente na informação ou na falta dela, pois, como se pode observar, além desta estar atrelada à sexualidade, também lança desafios no campo da ciência, tecnologia, educação, gênero, classe, grupos sociais, entre outras.
As pessoas portadoras de HIV/AIDS enfrentam um conjunto de problemas específicos. Muitas têm de conviver com o estigma e a discriminação, sobretudo nos países com alta prevalência, onde o HIV atinge grande número de indivíduos. De modo geral, ao falarem do seu estado de infectado, as pessoas são reticentes e isto contribui para aumentar seus sentimentos de isolamento.
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1.2 Impactos do soro positivo no ambiente familiar
Como pude perceber ao longo desses estudos os impactos do soro positivo no ambiente familiar são muitos, e também são relativos, um fator que uma determinada classe social possa vir a ter, outra talvez não tenha, como exemplo, o fator financeiro, este que exerce grande influência na qualidade de vida do soro positivo , é fato que muitos pacientes com HIV, perdem seus empregos após serem diagnosticados com a doença, a diminuição da renda, atuando com o aumento nos gastos com a saúde, irá impedir que a família do soro positivo, tenha suas necessidades básicas atendidas, influenciando assim em toda estrutura familiar do soro positivo, principalmente, se o infectado for responsável pela renda total, ou por grande parte. Outro fator, que irá impactar de forma degradante a família é o isolamento social: Uma família afetada pelo HIV tendem a isolar socialmente, diz o Dr. Li Li e seus colegas em um estudo publicado no Journal of V
Child and Family Studies publicado em Fevereiro de 2009.
Dr. RL Sowell e colegas relataram em um estudo publicado na revista AIDS Care em outubro de 1997 que as famílias afetadas pelo HIV, muitas vezes enfrentam o estigma e a discriminação nos . Isto conduz ao isolamento social e pode reduzir significativamente a sua qualidade de vida,e até mesmo o tempo de vida, pois esse isolamento social, pode acarretar várias outras doenças, de cunho psicológico, por exemplo: Depressão, síndrome do pânico, entre outras.
A família exerce papel crucial no tratamento do infectado, entretanto, há uma parcela considerável de familiares que não sabem lidar com a situação e que carregam , convicções obsoletas, carregadas de preconceito, esse preconceito exerce grande influência negativa no tratamento do soro positivo, levando ao abandono, isolamento, e até a morte do doente, grande parte dessas convicções, se deve a falta de informação da família, e também a discriminação por parte da sociedade. É crucial que a família,
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exerça função acolhedora no tratamento do soro positivo, para que o doente, possa ter uma boa qualidade de vida e cumpra seu tratamento a risca, todavia, para que isso aconteça, é necessário, que os tratamentos não sejam direcionados somente ao doente,mas sim, que se tenha mais atenção a família e que se faça um trabalho de conscientização, no ambiente familiar, visando o fim desses paradigmas tão danosos ao doente.
VIIReferências
1-Brasil. Ministério da Saúde (MS). Aprendendo sobre AIDS e doenças sexualmente transmissíveis: livro da família. 3.ª Ed. Brasília: MS; 2001. [acessado 2013 mar 13]. Disponível em: http://www.aids.gov.br/sites/default/files/Livro_da_Familia.pd
2-Journal of Child and Family Studies publicado em Fevereiro de 2009.
Dr. RL Sowell
3-Brasil. Ministério da Saúde (MS). Diretrizes para o fortalecimento das ações de adesão ao tratamento para pessoas que vivem com HIV e AIDS. Brasília: MS; 2007. [acessado 2013 ago 28]. Disponível em: http://bvsms. saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_tratamento _aids.pdf
4-Ministério da Saúde. Guia de vigilância epidemiológica. Brasília: MS, 2005, p. 1.
FONTES, Katharine; SALDANHA, Alayde; ARAÚJO, Josevânia; WERBA, Ana.
5-AÇÃO ANTI-AIDS. Boletim internacional sobre prevenção e assistência à AIDS. Rio de Janeiro (RJ): Gráfica Reproarte, 2004.
6-Direitos Humanos HIVAIDS: Avanços e perspectiva para o enfrentamento da epidemia
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