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TRABALHO SOBRE O VÍRUS DO HIV

Por:   •  4/7/2018  •  2.972 Palavras (12 Páginas)  •  456 Visualizações

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que a transmissão para o ser humano, tanto do HIV1 como do HIV2, aconteceu em tribos da África central que caçavam ou domesticavam chimpanzés e macacos-verdes”, diz o infectologista Jacyr Pasternak, do Hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo. Não há consenso sobre a data das primeiras transmissões. O mais provável, porém, é que tenham acontecido por volta de 1930. Nas décadas seguintes, a doença teria permanecido restrita a pequenos grupos e tribos da África central, na região ao sul do deserto do Saara.

Nas décadas de 60 e 70, durante as guerras de independência, a entrada de mercenários no continente começou a espalhar a aids pelo mundo. Haitianos levados para trabalhar no antigo Congo Belga (hoje República Democrática do Congo) também ajudaram a levar a doença para outros países. “Entre 1960 e 1980 surgiram diversos casos de doenças que ninguém sabia explicar, com os pacientes geralmente apresentando sarcoma de Kaposi, um tipo de câncer, e pneumonia”, diz a epidemiologista Cássia Buchalla, da Universidade de São Paulo (USP). A aids só foi finalmente identificada

3. SISTEMA IMUNOLÓGICO

O corpo reage diariamente aos ataques de bactérias, vírus e outros micróbios, por meio do sistema imunológico. Muito complexa, essa barreira é composta por milhões de células de diferentes tipos e com diferentes funções, responsáveis por garantir a defesa do organismo e por manter o corpo funcionando livre de doenças.

O ponto principal de ataque do HIV no organismo humano é um grupo de células, denominadas células CD4, que têm um papel importante na coordenação da ação do sistema imunológico do organismo. Quando as células CD4 tornam-se infectadas pelo HIV, o sistema imunológico não consegue atuar como normalmente faria.

No processo, o HIV aloja seu genes no DNA da célula CD4 atingida e passa a utilizá-la para se multiplicar e, com isso, contaminar novas células. Durante o processo, as células CD4 acabam morrendo. Com a redução do número desses glóbulos brancos, o organismo começa a perder a capacidade de combater doenças até atingir o ponto crítico que caracteriza a Aids. O vírus HIV faz parte dos retrovírus, que, embora mais simples que os vírus comuns, são mais difíceis de ser combatidos. Eles alojam seu DNA nas células atacadas de forma que novas células produzidas por elas passam a também portar o vírus. Os retrovírus também reproduzem seus genes na célula-alvo. Isso, somado à alta taxa de reprodução do HIV, provoca muitas mutações no vírus causador da Aids. O HIV é protegido por uma camada feita do mesmo material que algumas células humanas, o que dificulta sua identificação pelo sistema imunológico. Com isso, o sistema de defesa vai pouco a pouco perdendo a capacidade de responde adequadamente, tornando o corpo mais vulnerável a doenças. Quando o organismo não tem mais forças para combater esses agentes externos, a pessoa começar a ficar doente mais facilmente e então se diz que tem aids.

Para se reproduzir, o HIV une-se à membrana de uma célula vital para o sistema imunológico. O vírus libera seu RNA e uma enzima, a Trasncriptase Reversa, com a qual fabrica o DNA Viral. O DNA Viral entra no núcleo e une-se ao DNA da célula, assumindo o comando. O resultado dessa união é o DNA Pr-o-Viral, que fabrica o RNA Mensageiro com o código genético do vírus. O RNA Mensageiro desloca-se para o citoplasma e produz os Vírus. Os Vírus saem da célula hospedeira como novos HIVs. Um único vírus gera muitos outros prontos para infectarem outras células

Há dois tipos antigênicos de HIV:

 HIV-1: É o tipo mais virulento e disseminado pelo mundo, apresenta elevada taxa de mutação podendo chegar à 50% de variabilidade entre indivíduos de regiões geográficas diferentes.

 HIV-2: Parece ser menos patogênico e é encontrado quase que exclusivamente no Oeste da África.

As estruturas morfológicas dos vírus HIV tipo 1 e 2 incluem proteínas estruturais e funcionais e um genoma de RNA protegidos pelo envelope viral. O envelope é constituído por uma bicamada lipídica e contém uma proteína complexa conhecida como env. Esta proteína é constituída pelas glicoproteínas, transmembrana, exposta à camada externa do envelope. Na face interior o HIV possui a proteína viral denominada p17 e envolvido por esta proteína, está o capsídeo: dois filamentos simples de RNA, a proteína e três enzimas essenciais.

Como dito anteriormente, o HIV é um retrovírus, ou seja, seu genoma é codificado por uma molécula simples de RNA, que codifica 16 proteínas distintas.

3.1 Classificação

Após essas descobertas, classificaram esse vírus na família Retroviridae, que é dividida em 3 subfamílias:

- Oncoviridae

- Lentivirinae

- Spumavirinae

3.2 Estrutura e organização

O genoma viral é constituído de duas moléculas de RNA de fita simples, ligadas entre si. A fita dupla permite uma maior taxa de recombinação gênica, características do retrovírus.

Morfologicamente são vírus muito parecidos entre si, apesar da sua diversidade. Medem cerca de 80 a 140 nm de diâmetro e são compostos de proteínas, RNA e lipídios da membrana.

3.3 Ciclo reprodutivo

A principal característica deste vírus é a enzima Trasncriptase reversa, que produz DNA a partir de uma molécula de RNA.

O vírus reconhece a superfície da célula e se funde com a membrana plasmática, podendo ocorrer também endocitose. Após a penetração do núcleo capsídeo viral, ocorre a transcrição reversa do RNA do vírus em DNA viral. Esse processo ocorre cerca de uma hora após a infecção da célula. O DNA formado não é uma transcrição precisa, pois possui um alongamento de 500 a 600 bases, provenientes de sequências adicionais. O DNA viral migra para o núcleo da célula e se integra com o DNA celular, ocorrendo modificações em ambos os códigos genéticos. Começa a transcrição deste DNA em RNA viral, a partir do sistema de transcrição da célula. Proteínas também são produzidas e algumas moléculas de RNA são empacotadas, originando centenas de novos vírus.

4. TRANSMISSÃO

O vírus HIV sobrevive em ambiente externo por apenas alguns minutos. Mesmo assim, sua transmissão depende do contato com as mucosas ou com alguma área ferida do corpo.

Como

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