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AUTOMEDICAÇÃO NA ATENÇÃO PRIMARIA A SAUDE

Por:   •  20/10/2017  •  4.141 Palavras (17 Páginas)  •  398 Visualizações

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Segundo World Health Organization (WHO), acessado em 2015, dados referentes a 2002,em países em desenvolvimento, é considerado idoso aquele que tem 60 ou mais anos de idade. Nesta população, estudos apontam a predominância do uso de medicamentos prescritos, é comum encontrar prescrições de doses e indicações inadequadas e o uso de medicamentos sem valor terapêutico (Rozenfeld, 2003; Mosegui et al., 1999).De acordo com Naves et al. (2010) fatores como conhecimento do medicamento, efeitos eficazes anteriores, a função simbólica que os medicamentos exercem sobre a população e a dificuldade de acesso aos serviços de saúde, contribuem para a automedicação.

Segundo Oliveira et al.(2012), a morbidade apresentada pela população idosa caracteriza-se pela predominância de doenças crônicas e múltiplas, exigindo acompanhamento, cuidados permanentes e exames periódicos. De acordo com Veras (2009), nos serviços de saúde o idoso utiliza com maior frequência as internações hospitalares e o tempo de ocupação do leito é maior quando comparado a outras faixas etárias. Ocorre também o aumento da prevalência de doenças crônicas com a idade, estimulando maior consumo dos medicamentos que constituem um dos itens mais importantes da atenção à saúde do idoso e requer, cada vez mais, a racionalidade da terapia medicamentosa (Coelho Filho et al., 2004; Rozenfeld, 2003).

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), acessado em 2015, dados referentes a 1993, o profissional com melhor capacitação para conduzir as ações destinadas à melhoria do acesso e promoção do uso racional dos medicamentos esta relacionada com a atividade do farmacêutico na atenção primaria à saúde. Além disso, o consumo de medicamentos sem prescrição de um profissional de saúde habilitado torna-se um dos problemas derivados desse uso pela população idosa (Marin et al., 2008).

Desta forma seria oportuno que investigasse o uso de medicamentos sem prescrição médica em espectro de população acima de 60 anos, tendo em vista que este fenômeno é bem registrado nos extratos superiores da sociedade.

1.2- Definição de Termos

AUTOMEDICAÇÃO - “o consumo de medicamentos sem prescrição de um profissional de saúde habilitado.” (Oliveira et al., 2012).

1.3- Objetivos do Estudo

Os objetivos do presente projeto de pesquisa serão apresentados na forma de objetivo geral e objetivos específicos.

1.3.1- Objetivo Geral

Investigar a prevalência da automedicação em indivíduos idosos atendidos na cidade de Juiz de Fora.

1.3.2- Objetivos Específicos

- Verificar a prevalência da automedicação em indivíduos idosos.

- Investigar a prevalência da automedicação em função do gênero, escolaridade e doenças associadas.

1.4- Identificação das Variáveis

O presente projeto de estudo possui como variável dependente a cultura da automedicação e como variáveis independentes a inter-relação com o grau de escolaridade, a situação financeira, faixa etária e ao acesso a serviços de saúde.

1.5- Justificativa do Estudo

A prática da automedicação tem se tornado cada vez mais presente em nossa comunidade, esta se da por um ato a partir de conhecimentos e experiências positivas com medicamentos ou ate mesmo plantas medicinais, muitas vezes estas informações são passadas de geração para geração sendo praticadas por pessoas com idades mais avançadas. A automedicação se torna ainda mais frequentes devido às propagandas e à dificuldade em acesso a hospitais, clinicas e o sistema único de saúde (SUS), isso nos leva a crer que fatores sociais e econômicos são os grandes agentes para automedicação. O uso irracional da terapia medicamentosa se resume em um consumo excessivo de produtos desnecessário, sendo então os resultantes da automedicação.

A população idosa é predominante hoje em dia, devido à elevada expectativa de vida. Devido às enfermidades crônicas e deficiências fisiológicas que surgem com a idade avançada, os idosos necessitam usar um grande número de medicações, levando muitas vezes à prática da automedicação nesta classe.

Considerando o novo cenário etário atual, no qual os idosos são o grupo que mais faz uso de medicação e que mais necessita da atenção primaria à saúde para realizar suas consultas de rotina e fazer controle de suas doenças, que muitas vezes foram adquiridas ao longo da vida, e que necessitam de uma maior atenção, procuramos então relacionar a problemática da automedicação na ótica de suas possibilidades e limites. Com isso, buscaremos traçar uma atuação inovadora do profissional de farmácia, em conjunto com os demais profissionais de saúde, em relação à assistência medicamentosa.

Acredita-se que a indicação farmacêutica dada ao paciente idoso sobre a melhor terapia medicamentosa a ser utilizada em caso de enfermidades leves é a mais eficaz. E quando o encaminhamento clínico é necessário, o profissional pode contribuir na busca pela qualidade e eficácia do acesso à saúde primária com vista à melhoria da saúde desta população.

É de grande importância a realização da atenção primaria à saúde, que tem como objetivo à prevenção de doenças e a orientação dos pacientes que estejam em duvidas em relação à saúde, seja a respeito de uso de medicamentos ou a algum procedimento dos quais são realizados neste meio dedicado à saúde, sendo esta, sem duvidas, a melhor forma de tratamento.

O uso de medicamentos sem prescrição e sem uma orientação adequada pode causar alguns malefícios a saúde. Temos como exemplo, o uso de antibióticos, que é muito discutido e que atualmente é proibida sua venda sem prescrição medica, o uso descontrolado deste pode mascarar doenças e causar resistências a bactérias, podendo gerar então um piora no quadro do paciente e uma maior dificuldade de cura devido à resistência estabelecida por este uso inadequado.

Em muitos casos os idosos não possuem uma estrutura familiar, de grande importância na saúde do idoso, sendo esta capaz de promover um efeito positivo relacionado ao fato de que este suporte tende a reduzir os efeitos negativos do estresse devido a presença de diferentes doenças adquiridas ao longo da vida e ajudando na redução

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