A Farmacologia Hipertensivos
Por: Rodrigo.Claudino • 17/10/2018 • 2.361 Palavras (10 Páginas) • 406 Visualizações
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Simpaticolíticos
Inibem a atividade simpática de controle da pressão arterial. Constam como simpaticolíticos os bloqueadores alfa-adrenérgicos (Doxazosina e Prozosina) e beta-adrenérgicos (Atenolol, metoprolol, nadolol e pindolol) e fármacos de ação central (Clonidina e Alfametildopa).
Os de ação central agem ao se ligar a receptores alfa-2, ativando-os e inibindo a liberação (exocitose) de noradrenalina na fenda sináptica e propagação do impulso nervoso. Causam depressão do SNC e consequente sonolência e hipotensão postural.
OBS.: A Clonidina pode causar hipertensão de rebote e xerostomia intensa.
A diminuição da pressão arterial decorre da redução da frequência cardíaca, relaxamentos de vasos de capacitância e diminuição da resistência vascular periférica na posição ereta. Estes fármacos mantém o fluxo sanguíneo renal, logo são ideiais a pacientes com insuficiência renal. Produzem retenção de sódio e água, logo a associação com diuréticos possui importância significativa.
Antagonistas alfa-adrenérgicos seletivos (Prazosina, terazosina, doxazosina)
Bloqueiam seletivamente os receptores alfa-1 dos vasos sanguíneos promovendo vasodilatação (diminuição da resistência vascular periférica) pelo antagonismo a noradrenalina nesses receptores.
Como efeitos colaterais:
Na primeira dose, hipotensão postural. Em virtude da queda da pressão, ocorre taquicardia reflexa, na tentativa de aumentar a pressão arterial. Ocorre retenção de líquido e consequente aumento da volemia.
Bloqueadores beta-adrenérgicos
A insuficiência cardíaca é acompanhada por ativação potencialmente perigosa do sistema nervoso simpático, bem como do sistema renina-angiotensina, fornecendo um embasamento para o uso de beta-bloqueadores.
O bloqueio de beta-1 diminui a frequência e força de contração cardíacas, diminuindo o débito. Os bloqueadores beta-adrenérgicos não seletivos também promovem a diminuição de renina, responsável pela conversão de angiotensina 1 em angiotensina 2.
A angiotensina 2 tem dois mecanismos responsáveis pelo controle da pressão arterial: um deles é vasoconstritor, que aumenta a pressão arterial. Além disso, causa aumento da aldosterona, que possui efeito retentor de sódio e água (aumento da volemia e débito cardíaco).
Utilizados para redução da morbidade e mortalidade cardiovasculares, arritmias, cefaléias de origem vascular, tremores e hipertireoidismo.
Efeitos colaterais:
Depressão, insônia, astenia, bradicardia, broncoespasmo (para bloqueadores não-seletivos). A suspensão brusca da administração pode levar a hiperatividade simpática e isquemia miocárdica, pois a administração crônica gera aumento na quantidade de receptores.
Vasodilatadores
Podem ser diretos ou indiretos.
Diretos = Hidralazina e minoxidil / Indiretos = Diidropiridinas, Fenilaquilaminas
Os vasodilatadores diretos promovem relaxamento da musculatura vascular. Ocorre retenção hídrica e taquicardia reflexa (aumento de renina e consequente retenção de sódio e água). Hidralazina e minoxidil são comumente associados a diuréticos e beta-bloqueadores. Os diuréticos diminuem a retenção hídrica e os beta-bloqueadores diminuem a taquicardia reflexa. Uma das reações adversas do minoxidil é a hipertricose (aumento dos pelos).
Os vasodilatadores diretos promovem a abertura e manutenção dos canais de potássio. O potássio hiperpolariza a célula muscular vascular tornando-a resistente a despolarização e vasoconstrição.
Doença de Raynaud
“A vasoconstrição inadequada de pequenas artérias e arteríolas dá origem ao fenômeno de Raynaud (palidez dos dedos durante a vasoconstrição, seguida por cianose pela desoxigenação do sangue em estase e vermelhidão por hiperemia reativa após o retorno do fluxo sanguíneo). Ele pode ser leve, mas, se intenso, causa ulceração e gangrena dos dedos. Pode ocorrer isoladamente (doença de Raynaud) ou associado a uma série de outras doenças, incluindo várias das assim chamadas doenças do tecido conjuntivo (p. ex., esclerose sistêmica, lúpus eritematoso sistêmico).
O tratamento do fenômeno de Raynaud depende do abandono do tabagismo e de evitar o frio; os antagonistas beta-adrenérgicos estão contraindicados. Nos casos graves, os vasodilatadores (p. ex., nifedipino) trazem um certo benefício, e as evidências colhidas em vários pequenos estudos sugerem que outros vasodilatadores (p. ex., PGI2) podem apresentar efeitos surpreendentemente prolongados, mas são de difícil administração.”
Inibidores dos canais de Cálcio
Ao bloquear os canais de Cálcio, impedem a contração muscular. Encontra-se canais de Cálcio nas fibras cardíacas e nos vasos sanguíneos. Diminuem a frequência e força de contração cardíacas. No vaso sanguíneo, diminuem a contração.
Verapamil inibe os canais de cálcio nos vasos sanguíneos e no coração. É utilizado para hipertensão, angina e taquiarritmia supraventricular.
Inibidores da ECA
Os inibidores da ECA causam apenas uma queda da pressão arterial em indivíduos saudáveis que estejam consumindo a quantidade de sal contida em uma dieta ocidental normal, porém com uma queda muito maior nos hipertensos, particularmente naqueles em que a secreção de renina esteja aumentada (p. ex., nos pacientes que recebem diuréticos). Os IECA afetam os vasos de capacitância e de resistência e reduzem a carga cardíaca ,bem como a pressão arterial).
Quando a pressão arterial baixa e há diminuição do fluxo sanguíneo renal, há liberação de renina. A renina tem como substrato o angiotensinogênio, produzindo angiotensina 1. A angiotensina 1 é substrato para a ECA (enzima conversora de angiotensina) que a converte em angiotensina 2.
A angiotensina 2 promove o aumento da liberação de aldosterona (causa retenção de sódio e, consequentemente, de água). Também age sobre seus receptores dos vasos sanguíneos promovendo vasoconstrição. Dessa forma, os inibidores da ECA diminuem a angiotensina 2 e os efeitos da liberação de aldosterona e
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