Vírus da Imunodeficiência Humana
Por: Evandro.2016 • 31/12/2017 • 3.617 Palavras (15 Páginas) • 346 Visualizações
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De acordo com o Boletim Epidemiológico Jan – Ago de 2013, do Programa Municipal de DST/Aids Campo Grande – MS, disponibilizado no site da Secretaria de Estado e Saúde de MS, foram notificados no SINAN até setembro de 2013 um total de 2030 (dois mil e trinta) casos de AIDS em Campo Grande, MS.
Para que fique claro ter o HIV não é a mesma coisa que ter a AIDS. Há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. Mas, podem transmitir o vírus a outros pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação. Por isso, é sempre importante fazer o teste e se proteger em todas as situações.
HIV é um retrovírus, classificado na subfamília dos Lentiviridae. Esses vírus compartilham algumas propriedades comuns: período de incubação prolongado antes do surgimento dos sintomas da doença, infecção das células do sangue e do sistema nervoso e supressão do sistema imune.
A maior parte das pessoas infetadas com VIH desenvolve SIDA (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida). A elevada mortalidade desta doença deve-se ao colapso progressivo do sistema imunitário, ao qual está associado o aparecimento de infeções oportunistas ou tumores malignos. Sem tratamento, cerca de nove em cada dez pessoas infetadas com VIH desenvolvem SIDA após 10/15 anos, embora algumas pessoas desenvolvam muito mais cedo. O tratamento com antirretrovirais aumenta a esperança de vida de portadores do VIH, mesmo que a infeção tenha já evoluído para um diagnóstico de SIDA. Estima-se que a esperança de vida com tratamento seja de cinco anos. Mas com a entrada de novos antirretrovirais a expectativa passou para algo em torno de 20/50 anos. Na ausência de tratamento, a morte ocorre geralmente no prazo de um ano.
3.2 Sinais e sintomas
Assim que se adquire o HIV, o sistema imunológico reage na tentativa de eliminar o vírus. Cerca de 15 a 60 dias depois, pode surgir um conjunto de sinais e sintomas semelhantes ao estado gripal, o que é conhecido como síndrome da soro conversão aguda.
A infecção aguda pelo HIV é uma síndrome inespecífica, que não é facilmente percebida devido à sua semelhança com a infecção por outros agentes virais como a mononucleose, gripe, até mesmo dengue ou muitas outras infecções virais. Mas os sintomas mais comuns da infecção aguda são:
• Febre persistente
• Cansaço e Fadiga
• Erupção cutânea
• Perda de peso rápida
• Diarreia que dure mais de uma semana
• Dores musculares
• Dor de cabeça
• Tosse seca prolongada
• Lesões roxas ou brancas na pele ou na boca
Além disso, muitos desenvolvem linfadenopatia. Faringite, mialgia e muitos outros sintomas também ocorrem. Em geral esta fase é autolimitada e não há sequelas. Por ser muito semelhante a outras viroses, dificilmente os pacientes procuram atendimento médico e raramente há suspeita da contaminação pelo HIV, a não ser que o paciente relate ocorrência de sexo desprotegido ou compartilhamento de seringas, por exemplo. Entretanto, na fase aguda inicial, mesmo sem tratamento adequado, os sintomas são temporários.
3.3 Complicações
O paciente soropositivo deve ficar muito atento à sua saúde para não deixar que os efeitos colaterais de seus medicamentos e sua deficiência imunológica abram portas para outras doenças, como pneumonia e câncer. Outros problemas de saúde são mais comuns entre as pessoas com aids, como por exemplo:
-Doenças cardíacas: Algumas medicações de pacientes soropositivos levam a um aumento da produção de lipídios pelo organismo, o que favorece o aparecimento de doenças cardíacas, como o infarto. Além disso, como o vírus HIV destrói as células de defesa do corpo, acaba afetando todos os sistemas, criando um estado inflamatório crônico que leva à deposição de gordura nos vasos, podendo causar um derrame.
-Doenças hepáticas: Todo medicamento tem efeitos colaterais. O paciente com HIV toma um coquetel de, pelo menos, três remédios. Por isso, há um risco de toxicidade maior. Alguns remédios são metabolizados no fígado, que pode ficar sobrecarregado e, consequentemente, perder parte de suas funções. Por isso é essencial aderir ao tratamento e fazer consultas com seu médico regularmente, para ver se há necessidade de trocar o coquetel.
-Doenças renais: Pessoas com Aids estão mais suscetíveis a doenças renais devido aos processos inflamatórios ocasionados pelo próprio vírus HIV. Isso, juntamente com os medicamentos, favorece o aparecimento de cálculos renais, podendo levar a perda da função de filtragem dos rins. Esse e outros problemas podem ser solucionados se houver monitoramento constante do paciente.
-Danos nos nervos: Os processos inflamatórios desencadeados pelo vírus HIV afetam principalmente os nervos periféricos, ligados à sensibilidade do paciente. De acordo com a especialista, os primeiros sintomas dessa inflamação são formigamento e dor. Por isso, logo que eles forem identificados, o paciente deve buscar ajuda profissional.
- Doenças oculares: Pela baixa da imunidade da pessoa com Aids,, ela fica exposta a diversas complicações de saúde. Entram nesse grupo as chamadas doenças oportunistas, como a retinite, inflamação da retina. É fundamental reportar esses e outros sintomas ao infectologista.
-Cancêr: Pessoas com HIV têm lidado cada vez melhor com as doenças oportunistas, decorrentes da imunodeficiência, agora o maior desafio é vencer neoplasias relacionadas ao vírus. O câncer de linfoma é um dos mais comuns pessoas com Aids e, como o sistema imunológico está muito fraco para eliminar as células tumorais, ele pode se desenvolver rapidamente se não houver tratamento. É bom lembrar também que alguns hábitos estão diretamente relacionados ao aumento do risco de desenvolver câncer, como o tabagismo e o sedentarismo.
-Pneumonia: Tosse, falta de ar e febre são alguns dos sintomas de uma doença oportunista típica de pessoas imunodeprimidas: a pneumonia. Causada por um fungo, a doença não consegue se desenvolver em pessoas saudáveis e com sistema imunológico forte, mas pode levar pessoas fragilizadas à morte,
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