Tireoidectomia Total (Estudo de Caso)
Por: Juliana2017 • 17/12/2018 • 3.102 Palavras (13 Páginas) • 414 Visualizações
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Exames Laboratoriais
- Hemoglobina: 12.4g/dl
- Hematócrito: 28,8%
- Leucócitos: 9699/mm3
- PLT: 258600/mm3
4. ALTERAÇÕES IDENTIFICADOS
Dor na incisão cirúrgica, vômitos, febre, mobilidade física prejudicada.
5. SAE
5.1 Diagnostico de Enfermagem:
DE
PE
1. Mobilidade no leito prejudicada relacionada a força muscular diminuída e pela dor. Evidenciado pela capacidade prejudicada para virar-se de um lado para o outro.
Orientações quanto a deambulação;
Realizar mudança de decúbito em horas preestabelecidas;
Fortalecer musculatura de MMSS E MMII.
2. Dor aguda relacionada a cirurgia. Evidenciado pelo relato verbal.
Observar e anotar característica da dor;
Administrar analgésicos para promover o alivio da dor conforme a prescrição medica;
Promover conforto e verificar sinais vitais.
3. Risco de infecção relacionada a procedimento invasivos, pele rompida (p.ex., colocação de cateter.
Avaliar permeabilidade do acesso venoso;
Atentar para presença de sinais flogísticos;
Trocar o dispositivo a cada 72 horas ou quando houver sinais de infeções.
5.2 Evolução de Enfermagem
Encontra-se calma, orientada em tempo e espaço, afebril, normocorada, normotensa, hidratada, normocardica, eupneica, acuidade visual e auditiva preservada, pescoço com incisão cirúrgica, MMSS sensibilidade e força muscular preservada, com AVP em antebraço D, salinizado e sem sinais flogísticos. Tórax simétrico com boa expansibilidade, permanece com dreno tubular em região torácica, com secreção sanguinolenta em dreno de sucção, com sistema fechado. ausculta pulmonar MV (+), ausculta cardíaca com bulhas cardíacas normofonético. Abdome globoso flácido indolor a palpação, RHA (+), genitália integra, diurese e evacuações presentes, MMII sensibilidade e força muscular não preservada, com dificuldade de deambular. Retendo bem a dieta por via oral.
Sinais Vitais: Afebril 37ºC, Normocárdio 65 bpm, eupnéico FR: 20rpm.
6. FUNDAMENTAÇÃO TEORICA
Conceito
A tireoidectomia é uma cirurgia caracterizada pela retirada parcial ou total da Glândula tireoide. É indicada em vários distúrbios da tireóide, onde o tratamento medicamentoso não é mais suficiente. A tireoide é um órgão glandular em forma de borboleta. A glândula tireoide secreta um dos principais hormônios do corpo chamado tiroxina que regula o metabolismo. Aproximadamente 6% da população apresentam algum tipo de alteração na tireoide e muitos deles são assintomáticos ou não diagnosticados. (BRITTO, N.; MELCHIOR, T. B., 2014).
Existem três tipos principais de tireoidectomia, dependendo do local, da quantidade, e da parte da glândula que é removida. Tireoidectomia total é um procedimento que remove toda a glândula tireoidiana. Tireoidectomia subtotal ocorre menos do que os outros dois tipos. Neste tipo, uma parte da glândula tireoide é removida, sendo uma parte de cada lóbulo. Na Tireoide lobectomia apenas um lóbulo da glândula é removido, a cirurgia é classificada como potencialmente contaminada. Quanto a sua gravidade uma cirurgia de médio porte com duração de 1 a 2 horas (ÁLVARO, 2016).
Cirurgia
A cirurgia retira a glândula tireóide e resseca os gânglios linfáticos adjacentes, o que se chama de esvaziamento cervical. O procedimento cirúrgico inicia-se com uma incisão na parte frontal do pescoço enquanto o paciente está sob anestesia profunda e sem dor (anestesia geral).
Geralmente, antes da cirurgia de tireoide, deve-se fazer 8 horas de jejum e não tomar alguns remédios nos 10 dias anteriores, como AAS, Bufferin ou Melhoral, por exemplo porque aumentam o risco de sangramento durante a cirurgia e no pós-operatório que podem prejudicar a cicatrização.
As cirurgias na tireoide têm índice baixo de complicações (0,4 a 5%), mas como qualquer outra intervenção cirúrgica, envolve riscos. Os riscos mais comuns são:
- Alterações da voz (ocorre por lesão do nervo laríngeo recorrente devido a sua proximidade com a glândula tireoide, este nervo é responsável pelos movimentos das cordas vocais).
- Hematoma (pode haver um acúmulo de sangue no local da cirurgia dando origem a um hematoma, cursa com dor e dificuldade para respirar. Precisa ser avaliado imediatamente pelo cirurgião que realizou a intervenção. Às vezes é necessária uma nova cirurgia de urgência).
- Hipocalcemia (ocorre por lesão nas paratireoides ou retirada total da tireoide).
- Cicatriz no local da cirurgia (na maioria das vezes as cicatrizes são discretas, mas em pessoas com tendência à formação de queloide a cicatriz cirúrgica pode ser uma complicação estética, a exposição direta ao sol deve ser evitada por um período de até 4 meses após a cirurgia).
Tipo de anestesia:
A anestesia geral é a utilizada pela grande maioria dos médicos. Poucos serviços utilizam a anestesia local e não foi demonstrado nenhum benefício em relação à anestesia geral, que é mais segura e confortável para o paciente.
Tempo de Internação Hospitalar:
É claro que diversos fatores como tipo de cirurgia, complicações clínicas do paciente e evolução pós-operatória, influenciam no tempo de internação. Se não houver nenhum problema, a média de internação é de 1 dia, ou seja, o paciente recebe alta no dia seguinte à cirurgia.
Dreno:
O local que foi operado produz uma secreção sanguinolenta que é drenada por um mecanismo de aspiração a vácuo, o dreno. Este dreno, normalmente,
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