Estudo de caso
Por: Rodrigo.Claudino • 7/12/2017 • 9.915 Palavras (40 Páginas) • 304 Visualizações
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É nesse contexto que se estar inserida a prática profissional da enfermagem. A metodologia empregada para planejar esses cuidados dos pacientes denomina-se Processo de Enfermagem. Este método é uma forma de sistematizar a prática de enfermagem, tornando-a mais personalizada e humanizada. Sua utilização pode fornecer, entre outras vantagens, uma linguagem comum para o exercício profissional, sistematizando as ações, minimizando erros e evitando perda de tempo.
Para coleta e levantamento de dados acerca do estado de saúde do paciente, foram utilizadas diferentes fonte de informações relativas à história de vida desse cliente. Primeiramente foi realizada uma entrevista com o paciente e com seus acompanhantes a fim de se conhecer seus antecedentes pessoais, histórico de doenças pregressas e atual estado de saúde. Também foi realizada uma a analise do prontuário do mesmo no intuito de avaliar sua evolução e o prognóstico de seu quadro. Por fim seu caso foi debatido com os profissionais de saúde que trabalhavam na instituição. Tais medidas permitiram uma maior aquisição de conhecimentos sobre o estado geral do paciente em questão, e, com base em tais dados, pode-se elaborar um plano assistencial que contemplasse todos os cuidados que o mesmo necessitasse para a manutenção de seu bem – estar.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1. Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC)
A insuficiência cardíaca congestiva consiste na incapacidade do coração para bombear sangue suficiente para atender às necessidades teciduais de oxigênio e nutrientes. Ela é caracterizada por sinais de sobrecarga hídrica ou da perfusão tissular inadequada, resultantes da incapacidade do coração gerar um debito cardíaco suficiente para manter as demandas do organismo.
Segundo Brunner e Suddarth (2009), o termo insuficiência cardíaca indica a doença miocárdica em que existe um problema com a em que existe um problema com a contração do coração (disfunção sistólica) ou com o enchimento do coração (disfunção diastólica) que pode ou não causar congestão pulmonar ou sistêmica. Com maior freqüência, a insuficiência cardíaca é um diagnóstico progressivo permanente, que é tratado com alterações no estilo de vida e medicamentos para evitar os episódios congestivos agudos.
Existem dois tipos de IC, que são identificadas pela avaliação da função ventricular esquerda, usualmente através do ecocardiograma. O tipo mais comum é uma alteração na contração ventricular chamada de insuficiência cardíaca sistólica, que se caracteriza por um músculo cardíaco enfraquecido. As alterações menos comuns é a insuficiência cardíaca diastólica, que se caracteriza por um músculo cardíaco rígido, dificultando o enchimento capilar do ventrículo.
Epidemiologia
Atualmente a insuficiência cardíaca congestiva (ICC) atinge milhares de pessoas em todo mundo, sendo considerada por alguns autores como estado de pandemia. De acordo com uma recente revisão realizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), cerca de 23 milhões de indivíduos são portadores de ICC, ocorrendo 2 milhões de novos casos a cada ano, tornando-se uma prioridade para organização mundial de saúde (OMS). Estima-se que no Brasil 6,4 milhões de pessoas sofram dessa síndrome, atingindo de 1% a 2% da população geral. (Costas; Barros; Lima, 2010, p.7)
A readmissão dos pacientes com ICC é elevada; cerca de um terço dos pacientes é readmitido num período de 12 meses após alta. Um paciente com ICC admitido em hospital permanece internando 11 dias em enfermarias na clínica médica e por cerca de 28 dias em enfermarias geriátricas. Além disso, os pacientes com ICC estão sob risco de apresentar outros problemas relacionados à patologia subjacente. Possuem cerca de 2,5 a 5 vezes maior de infarto do miocárdio e risco quatro vezes maior de acidente vascular cerebral (AVC) do que a população em geral
A ICC é o motivo mais comum de hospitalização de pessoas com mais de 65 anos de idade e o segundo motivo mais comum de consultas médicas em consultório. O aumento na incidência dessa patologia reflete o aumento no número de pessoas idosas. Muitas hospitalizações poderiam ser evitadas ser evitadas pelo cuidado ambulatorial apropriado.
Etiologia e Fisiopatologia
A disfunção miocárdica é mais freqüentemente causa por doenças da artéria coronária, miocardiopatia, hipertensão ou distúrbios valvulares. Os pacientes com diabetes melito também estão em alto risco para a ICC. A aterosclerose das artérias coronárias é a sua a causa primária da ICC e a doença da artéria coronária encontrada em mais da metade dos casos.
Várias condições sistêmicas contribuem para o desenvolvimento e para a gravidade da IC, inclusive a taxa metabólica aumentada (ex: febre, tireotoxicose), sobrecarga de ferro, hipóxia e anemia grave. Todas essas condições requerem um aumento no débito cardíaco para satisfazer a demanda de oxigênio sistêmica. (Brunner e Suddarth, 2009, p. 802).
Essa patologia resulta de várias condições cardiovasculares que podem causar contração diminuída e/ou enchimento diminuído. Mais adiante, a disfunção miocárdica significativa ocorre antes que o paciente experiente os sinais e sintomas da IC. À medida que a doença se desenvolve, o corpo ativa os mecanismos compensatórios neuro-hormonais. Esses mecanismos representam as tentativas do organismo para lidar com a ICC.
A IC sistólica resulta em volume sangüíneo diminuído que é ejetado do ventrículo. O estiramento ventricular diminuído é sentido por barorreceptores nos corpos aórticos e carotídeo. Então o sistema nervoso simpático estimula a liberação de epinefrina e norepinefrina, tentando aumentar a freqüência cardíaca e a contratilidade e sustentar o miocárdio decrescente, mas a resposta continua apresentando múltiplos efeitos negativos. A estimulação simpática causa vasoconstrição da pele, do trato gastrointestinal e dos rins. Uma diminuição na perfusão renal decorrente do baixo debito cardíaco e da vasoconstrição provoca, então, a liberação de renina pelo rim.
A renina promove a formação de angiotensina I, que na presença da enzima conversora de angiotensina (ECA) presente na luz doa vasos pulmonares, é convertida em angiotensina II, um potente vasoconstritor. A IC é caracterizada por concentrações teciduais e circulantes elevadas de angiotensina II, que promove o aumento da pressão rterial e da pós –carga. Ela estimula a liberação de aldosterona do córtex supra-renal,
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