ELEMENTOS DE SISTEMATICA, ANATOMIA E MORFOLOGIA ANIMAL

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O desenvolvimento embrionário termina com a eclosão da ninfa. Quando o embrião adquire completo desenvolvimento, rompe as membranas envolventes e, assim, ele abandona o ovo. O mecanismo de eclosão consiste no aparecimento de movimentos peristálticos na faringe indicando que o inseto está deglutindo o fluido amniótico. A deglutinação continua até que todo o liquido é absorvido, e o inseto aumenta, até encher totalmente o ovo. Ele rompe o cório e outras membranas do ovo por força muscular e, por meio de contínuos movimentos, o inseto deixa o ovo vagarosamente.

DESENVOLVIMENTO PÓS-EMBRIONÁRIO

Inicia-se com a eclosão da larva ou a ninfa e termina quando o inseto atinge a fase adulta. O crescimento do corpo de um animal é cíclico, com períodos de repousos alternados e com períodos de atividades. Mas em nenhum outro grupo animal isto é tão evidente, no qual o crescimento é descontínuo (fases) e caracterizados por uma série de troca de tegumentos. Dá-se o nome de metamorfose as mudanças que ocorrem na morfologia dos insetos.

De acordo com o desenvolvimento pós-embrionário, surgem os seguintes tipos de metamorfose:

Ametabolia – Desenvolvimento primitivo – não ocorre mudança de forma. Característico das traças dos livros (Apterigotas).

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Fonte:. Acesso em 15 de nov. 2015

Holometabolia – Metamorfose completa – Pterigotos – Abrange as fases de ovo, larva, pupa e adulto.

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Fonte: . Acesso em 15 nov. 2015

Hemimetabolia – Os insetos sofrem metamorfose parcial – característico dos Pterigotas. Desenvolvimento externo das asas visível – Exopterigotos compreendendo as fases de ova-ninfa e adulto.

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Fonte: . Acesso em 15 nov. 2015

2 – ORGANIZAÇÃO E SIMETRIA CORPORAL

A classe insecta constitui a mais diversificada e numerosa de todos os seres vivos. A Entomologia (entomon = insetos e logos = estudo) é a ciência que estuda os insetos, e foi empregada pela primeira vez por Aristóteles (384-322 a.C.). Pertencem ao filo Arthropoda (arthro = articulação e poda – perna), pernas articuladas em grego. O termo insecta tem origem latina, derivada de Insectum – animal de corpo sulcado ou separado por anéis.

São os responsáveis pela polinização de mais de 70% de todas as plantas fanerógamas da terra (plantas que possuem flores). Muitos estão diretamente relacionados com a transmissão de doenças para os seres humanos, como a malária (Anopheles gambiae), a doença de Chagas (Triatoma infestans), a dengue e a febre amarela (Aedes aegypti), e outras. A produção agrícola e a estocagem dos alimentos sofrem grandes perdas pela ação destruidora de muitas espécies de insetos que devoram lavouras inteiras, ou transmitem doenças para as plantações.

São adaptados para a vida terrestre, embora existam representantes aquáticos (dulcícola). Possuem uma espessa cutícula protetora, impermeável e resistente à dessecação. Não existem espécies de insetos que sobrevivem no habitat marinho.

As espécies dessa classe possuem simetria bilateral, e o corpo é dividido em três partes principais, que é a cabeça, o tórax e o abdome.

- Na cabeça, encontram-se um par de antenas e um par de olhos não-pedunculados, ou seja, diretamente colocados junto à superfície. Esses olhos são compostos, e formam uma imagem "em mosaico". Cada unidade visual chama-se omatídeo. Junto a boca está o aparelho bucal, são adaptados para cada tipo de alimentação dos insetos. Há quatro tipos diferentes de aparelhos bucais, mastigador triturador, sugador maxilar (espirotromba), picador sugador e lambedor.

- O tórax dos insetos é composto por três subsegmentos, o protórax, metatórax e o mesotórax, em cada um deles está um par de pernas articuladas. Nos dois últimos subsegmentos do tórax, geralmente encontram-se um par de asas em cada um. Em algumas ordens de insetos, um desses pares de asas é modificado, e não serve diretamente para o voo, embora possa auxiliá-lo.

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Fonte: Arquivo Pessoal

- O abdome é a terceira região do corpo dos insetos, se caracteriza pela segmentação típica, simplicidade de estrutura e ausência geral de apêndices locomotores. Nessa região do corpo existem vários segmentos, que são denominados segmentos abdominais ou urômeros, nunca ocorre mais que 12 segmentos. O primeiro segmento é ligado ao tórax, e nos segmentos de 1 a 8 estão localizados os espiráculos que são orifícios para a entrada de ar e perda de água, no 8º e 9º segmento, estão localizados a genitália das fêmeas, e nos machos a genitália está localizada no 10º segmento. Há três tipos de abdomes diferente, o séssil oderente, o livre e o pedunculado.

3 – SISTEMA DIGESTÓRIO

Os insetos possuem uma grande variedade de substratos alimentares, se alimentando de qualquer substancia orgânica na natureza, folhas, frutos, sangue, madeira etc.

E suas fontes de energia também são carboidratos, proteínas e gordura, e alguns deles possuem a digestão ajudada por simbiontes intestinais, bactérias e protozoários que são de grande importância na produção de vitaminas possibilitando a sobrevivência deles diante de uma alimentação pobre em vitaminas livres.

Os insetos não produzem esteróis (que são para ecdisônio) e carotenoides (para pigmentação deles) estes compostos são provenientes da alimentação ou ação de microrganismos.

Forma e complexidade do aparelho digestivo estão relacionadas com os hábitos alimentares dos insetos, os que possuem alimentação apenas de sólidos possuem um tubo digestivo largo, reto, estreito e com musculatura desenvolvida. Os que se alimentam de líquidos (sangue, néctar, seiva) tem um tubo digestivo longo, estreito e com dobras

Nos insetos há um canal chamado hemocele ou cavidade geral, dividido em três regiões: o estomodeu, o mesêntero e o proctodeu.

Estomodeu (ingestão, estoque, trituração e transporte)

Essa parte é constituída por faringe, esôfago, papo, proventrículo e válvula