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CUIDADOS PREVENTIVOS NA INFECÇÃO HOSPITALAR EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL

Por:   •  17/5/2018  •  3.687 Palavras (15 Páginas)  •  434 Visualizações

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Pinto (2011, p. 1), relata que a partir desta perspectiva podemos trazer ao contexto da Unidade de Terapia Intensiva a importância do desenvolvimento de mecanismos de prevenção e controle da infecção e a minimização de ocorrências iatrogênicas.

A vigilância das infecções hospitalares identifica problemas e oferece dados que, ao serem divulgados, pode levar aos profissionais da instituição o estabelecimento de novas medidas de prevenção e controle, pois é através de suas conclusões que procedimentos, rotinas e padronizações podem ser implementados ou implantados. Estas mudanças podem ocorrer de forma participativa, com motivação dos profissionais, sem precisar de intervenções autoritárias e punitivas. (MS, 2000, p. 45)

Por intermédio de diversos questionamentos abordando o tema, este estudo tem como foco principal a revisão bibliográfica de literaturas com o intuito de analisar os principais cuidados preventivos utilizados nas IH observadas em UTI-Neonatais.

2 METODOLOGIA

Este estudo foi estabelecido por intermédio de pesquisa do tipo Bibliográfico através da utilização de Literatura Conceitual, Teórica e Intervenções estabelecidos por diversos autores e instituições, tendo como questionamento básico a inter-relação entre os processos de infecções hospitalares, as unidades de terapia intensiva neonatal e os métodos de prevenção questionados e implantados em outros estudos bibliográficos.

O presente artigo teve como embasamento a realização de Revisões Bibliográficas relacionadas ao tema, instituído por intermédio de pesquisa em fontes Bibliográficas (conceituais) e em banco de dados on-line para armazenamento de publicações científicas da área da saúde, tais como: SCIELO (Scientific Eletronic Library Online), Base de Dados de Enfermagem (BDENF), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e LILACS (Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde).

Os critérios estabelecidos para inclusão dos descritores básicos foram os estudos que falavam sobre: Infecção Hospitalar, UTI-Neonatal e Prevenção; estabelecidos pelos diversos autores dos estudos, bem como a correlação destes com manuais de prevenção de IH publicados pela ANVISA e MS.

A seleção dos artigos foi estabelecido em múltiplos estágios. Utilizando-se da leitura do título do trabalho, para analisar critérios de elegibilidade e aceitação pré-estabelecida, referente ao tema. Após essa primeira parte, foram verificados os resumos dos artigos eleitos, buscando informações que pudessem associar os descritores objetivados no presente estudo. Em todos os casos onde o título /resumo não continham informações relevantes para a pesquisa, foram desconsiderados.

Os resultados foram obtidos através da utilização dos descritores, sendo ao final da pesquisa coletado um total de 14 artigos, publicados no período de 2001 a 2014. A coleta e análise desses dados possibilitou a categorização dos principais cuidados preventivos relacionadas a Prevenção de Infecções Hospitalares em UTI’s Neonatais.

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES

O CDC (Center for Disease Control), órgão responsável nos Estados Unidos pelo controle de Doenças Infecciosas, segundo Lichy (2002, p. 43) define Infecção Hospitalar como qualquer infecção adquirida durante a hospitalização, que não esteve presente, nem se incubou por ocasião da internação e não esteve relacionado com uma hospitalização anterior.

Estima-se que no Brasil exista um percentual de 5 a 15% dos pacientes internados desenvolvem alguma IH, responsável em média pelo acréscimo de 5 a 10 dias no período de internação Machado (2001, p. 3), encarecendo os custos relacionados aos processos de diagnósticos e tratamento envolvido aos cuidados do paciente e principalmente da exposição a risco de morte e morbidade dos mesmos.

Os primeiros processos de conscientização e início das preocupações com a IH em nosso país se iniciaram no governo de Juscelino Kubischek advindos de relatos de surtos por estafilococo resistentes a penicilina em outros países e do surgimento das primeiras Comissões de Infecção Hospitalar (CCIH na década de 70) e criação de portaria específica (196/83), responsável pela recomendação aos hospitais brasileiros a criação da CCIH.

No Brasil em 1994, o Ministério da Saúde avaliou a magnitude das infecções hospitalares e a qualidade das ações de controle em 99 hospitais terciários localizados nas capitais brasileiras vinculados ao Sistema Único de Saúde (SUS). A taxa de pacientes com IH foi 13,0% e a taxa de infecção 15,5%. Os maiores índices foram obtidos nas unidades de terapia intensiva e queimados. (MS, 2000, p. 10)

Segundo Lichy (2002, p. 43), as Infecções Hospitalares são as complicações mais frequentes em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Os índices de infecção hospitalar em UTI apresentam porcentagem de 25% a 30% comparado com 5% a 10% dos pacientes de outras unidades de internação.

Pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) apresentam maior risco em adquirir infecção hospitalar (IH), devido aos seguintes fatores: severidade da doença de base, muitas vezes ocasionando deficiência da imunidade humoral, celular e/ou inespecífica; procedimentos invasivos a que são submetidos, como cateteres venosos centrais, cateterismo vesical e ventilação mecânica, com quebra das barreiras naturais de defesa; tempo de internação prolongado; uso de antibioticoterapia de amplo espectro; faixa etária menor de dois anos; PRISM (“Preditory Risk of Mortality”) maior de 10; densidade populacional e relação paciente-enfermeiro (BRASIL, 2006, p. 29).

Diversos fatores estão associados aos números elevados e recorrentes de IH em ambientes de UTI, tais como transplantes, Imunossupressão, cirurgias, etc. Ao compararmos esta mesma recorrências em unidades de UTI-Neonatal, pode-se observar que a mortalidade neonatal está associada a fatores Araújo (2011) apud León (2006, p. 1925):

- Intrínsecos: lenta maturação do seu sistema imunológico, baixo peso ao nascer, gemelaridade, grande para idade gestacional, filho de mãe diabética ou de mãe toxicômana, pré-termo, malformação e pneumopatias;

- Extrínsecos: dispositivos intravasculares, intubação, desequilíbrio da flora induzido por antibióticos e exposição contínua às infecções hospitalares.

Em UTI-Neonatal, diferente do que ocorre em outras unidades de atenção a adultos, os principais sítios de infecção hospitalar estão relacionados as pneumonias e as infecções da corrente

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