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ALTERAÇÕES DE HÁBITOS ALIMENTARES NO MUNDO MODERNO E SUAS CONSEQUÊNCIAS

Por:   •  9/2/2018  •  1.119 Palavras (5 Páginas)  •  451 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

As mudanças no padrão de consumo de alimentos ocorreram em vários estágios, desde o início da humanidade. Tanto a fome quanto a obesidade ocorrem por diversas formas, em termos de falta de nutrientes, vitaminas e proteínas necessárias para a função do corpo humano. Justamente por envolver uma série de temas importantes para a sobrevivência humana esse tema é de grande importância para o mundo em geral. Entre os fatores que alteram os padrões de consumo foram identificadas a urbanização, a globalização e a renda. Os resultados indicam que uma renda mais elevada não necessariamente contribui para o consumo saudável de alimentos, e que, embora a globalização e a urbanização possam distribuir uma grande variedade de itens alimentares para a sociedade, uma vida mais saudável não é garantida. A industrialização, portanto, não garante uma dieta adequada. Na classificação dos três alimentos mais consumidos no mundo, os cereais ficam em primeiro lugar, os vegetais em segundo, e o leite em terceiro.

O consumo alimentar tem sofrido uma mudança na qualidade e quantidade dos produtos que são disponíveis, ocasionando um consumo desenfreado de alimentos com alto valor calórico, que, aliado ao sedentarismo, está produzindo uma geração com sobrepeso. Foram identificados, porém, fatores que contribuem de certa forma aos hábitos de consumo – a renda e demanda, e a urbanização e globalização. As mudanças da dieta e da prática de atividades físicas podem ser atribuídas às mudanças demográficas e socioeconômicas.

É importante que a sociedade entenda e visualize o problema, existente hoje, causado pelas escolhas feitas no consumo visto que essas escolhas acabam refletindo em sua própria saúde e bem-estar.

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2.1 Alimentação Na Pré–História E Idade Antiga

Desde o princípio, por milênios, vagaram os predecessores do homem, o próprio homem e seus descendentes, perscrutando a face da terra, em busca de alimento. Deixaram-nos um legado filogenético de experiências, em que se fundamentaram nossos se ao cultivo de cereais e condimentos.

Os condimentos também têm sua significação na história da alimentação humana. O homem primitivo, como o atual, desejava alguma coisa além do alimento em si; foi o sabor que desenvolveu a arte de comer e a de beber. Durante alguns milhões de anos, frutas, folhas ou grãos parecem ter fornecido ao homem pré-histórico o essencial das calorias de que necessitava.

No período quaternário paleolítico superior, segundo Mezono (2002), o homem vivia em cavernas e dedicava-se à caça enquanto a mulher colhia frutas, nozes, raízes e cereais silvestres, para completar a ração alimentar.

No período paleolítico superior (40.000 – 10.000 a.C.), desenvolveu-se uma caça especializada de manadas de renas, cavalos, bisões, auroques ou mamutes, dependendo das regiões e dos recursos locais (FLANDRIN E MONTARI, 1998).

No período mesolítico 5000 a.C., os habitantes deixaram de alimentar-se, principalmente de carnes vermelhas, devido ao desaparecimento ou migração dos animais das tundras (MEZONO, 2002). A mesma autora diz que, em decorrência do raio e das lavas dos vulcões, o homem já conhecia o fogo; na o sabia, contudo, produzi-lo.

2.2 Alimentação Na Antiguidade Clássica E Idade Média

A disseminação do uso de diferentes tipos de alimentos entre os continentes se deve muito ao comércio e à introdução de plantas e animais domésticos em novas áreas. Os gregos e os romanos tinham um comércio de grande porte, envolvendo plantas comestíveis, azeite de oliva e ainda importavam especiarias no Extremo Oriente em 1000 a.C.

Durante os séculos tormentosos da Idade Média, houve um aperfeiçoamento lento dos modos de produção de alimentos. A alimentação não se desenvolveu, ocorrendo, ainda, um recuo às práticas primitivas, principalmente relacionadas às épocas de penúria e fome.

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Um influxo de plantas comestíveis importantes para a Europa ocorreu quando os árabes invadiram a Espanha em 711. Nesse tempo os invasores sarracenos levaram arroz para o sul da Europa, além de outros alimentos vegetais, frutas, condimentos e a cana de açúcar. O domínio árabe do Mediterrâneo abalou drasticamente a estrutura da região, o que trouxe quinhentos anos de caos principalmente no comércio. Somente no século XII o Mediterrâneo reconquistou posição destacada no sistema comercial europeu e as especiarias voltaram a ter importância em toda a Europa.

Com as cruzadas, que tiveram início em 1096, milhares de peregrinos entraram em contato com o Oriente Médio, estabelecendo-se um intenso comércio. Na a Idade Média, as especiarias e ervas aromáticas eram usadas em banquetes para ostentar riqueza. Durante os séculos XV e XVI, Portugal, Espanha e Veneza competiram no financiamento de viagens marítimas visando descobrir centros produtores de especiarias e apoderar-se deles. Essas viagens foram de grande importância para a descoberta de novos alimentos e especiarias, além de expressar o domínio econômico dos países que a realizavam. Durante a história, o poder econômico e o monopólio do comércio passaram por vários povos e nessas conquistas e descobertas houve um intercâmbio de cultura, hábitos, culinária e conhecimentos.

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