OS FUNDAMENTOS DAS LUTAS

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- Há alguma limitação de idade, ou idosos também podem praticá-la?

Resposta: Não existe uma limitação de idade, particularmente acredito que sob uma orientação médica, e acompanhamento feito por parte do profissional, realizando todo cronograma específico, não vai haver limitação alguma, lógico que vai haver limitação física decorrente da idade, mas nada que o impeça de aprender a teoria a técnica e absorver a essência do Taekwondo. Mesmo no caso do Taekwondo onde há algumas atividades explosivas, um uso de pernas a todo o momento, não vejo limitação, e sim uma atividade que pode trazer muitos benefícios, e uma deles em minha opinião, é o equilíbrio, que pra essa faixa etária é de suma importância.

- Qual é a faixa etária mais comum em sua modalidade?

Resposta: A necessidade, que hoje em dia, os pais têm de trazer certa disciplina, pra auxiliar na educação que vem de casa, mediante, “a luta” dos pais contra a tecnologia que prende as crianças e faz com que elas fiquem cada vez mais sedentárias, geralmente a faixa etária com que eu mais trabalho são crianças de quatro, cinco até onze anos.

- Você acha que sua modalidade poderia ser mais divulgada? Se, sim. Como?

Resposta: Não, pelo fato do Taekwondo ser um esporte olímpico, o Taekwondo tem uma grande vitrine, o que seria pra qualquer esporte, e com todos atuantes da área fazendo sua parte, da melhor forma possível, procurando sempre se atualizar perante as regras e normas da confederação mundial, acredito que seja o suficiente, lógico, vai muito do particular de cada profissional, mas, ele realizando um bom trabalho, com responsabilidade, fazendo o bom uso, seja ele com qualquer público isso já é sua própria vitrine. O fato das mulheres mulçumanas praticando a modalidade nas olimpíadas pra mim foi fantástico e particularmente não vejo uma vitrine maior que essa.

As perguntas foram confeccionadas pelo grupo e direcionadas ao professor Márcio Langer de 44 anos, praticante de Taekwondo e Capoeira há 25 anos e educador mais ou menos 15 anos, que gentilmente nos atendeu.

Texto crítico:

Após todos do grupo terem lido as perguntas e repostas, o assunto que mais veio em pauta foi sobre como aplicar a arte marcial para diversas faixas etárias, as outras respostas tiveram um consenso geral e não levantaram muitas duvidas ou indagações.

O assunto de aplicação da modalidade a diversas faixas etárias foi colocado como mais controverso e importante, já que em uma das perguntas o professor afirma conseguir trabalhar com crianças de dois aos treze anos e em outra, afirma trabalhar até com idosos. Sendo, crianças dos dois aos seis de forma totalmente lúdica e a partir dos seis consegue-se acrescentar conhecimentos da arte marcial em si, em cima disso foi levantado à questão do sistema energético, mas tudo fica muito vago, pois são inúmeras variáveis e acreditamos que tudo se resume a como o professor, que está à frente da turma conduz a atividade, pois o meio muda o contexto, no caso de uma competição de alto rendimento entre faixas-pretas as lutas têm três rounds de dois minutos, onde os embates são explosivos e curtos e podem ser usados os sistemas: anaeróbico alático, responsável por ações de alta intensidade, até o sistema aeróbico que nesse caso ajuda na recuperação entre as ações de alta intensidade, o que pode mudar se for uma condição de treinamento aonde, às vezes, o atleta vai à fadiga inúmeras vezes durante na sessão sobrecarregando o sistema aeróbico por ter um volume muito alto. Para crianças esse contexto não é menos complexo, pois não é recomendável expor a criança a atividades que vão exigir do metabolismo anaeróbico, sendo mais recomendáveis atividades motoras intermitentes (Farinnati 1995, p. 114 e 115), mesmo porque as atividades têm outros objetivos que são: melhorar ação motora apresentando um repertório novo de movimentos; melhorar a ação afetiva onde se faz necessário saber cair, saber perder, respeitar a as diferenças; ação cognitiva onde se realiza um processo de aquisição de conhecimento, autoavaliação e aumentar coordenação de movimentos sejam eles finos ou grossos. Quando se trata de idosos, geralmente a fadiga chega mais rápido, a mobilidade às vezes é comprometida, sua força é reduzida se não por patologia, por sarcopenia, então o treinamento para essa faixa etária visa reduzir todos esses efeitos nocivos à saúde do idoso, pois além de inseri-lo num meio de interação afetiva, num meio social, o que é uma reclamação constante desse público, através do treinamento pode se obter não só um retardamento dos efeitos causados pela idade e sim uma melhorais na condição física e psicológica do idoso.

Logo chegamos à conclusão de que não existe uma receita para aplicabilidade geral, e nós Profissionais de Educação Física, devemos colocar em pratica o principio da individualidade biológica e estudar cada caso, para não expor o aluno riscos, porque acredito que o nosso objetivo principal é promover saúde.