ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA: Corporeidade o Corpo Como Objeto de Consumo
Por: YdecRupolo • 18/2/2018 • 2.246 Palavras (9 Páginas) • 386 Visualizações
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e na Medicina. Para Platão deveria ocorrer a distinção entre mundo sensível (mundo dos sentidos, da fragilidade) e mundo inteligível (mundo das idéias) para a organização da sociedade. Platão separa o corpo da alma, o corpo foi tido como empecilho para a alma, a dor e a morte contida no corpo explicavam a superioridade da alma.
- Aristóteles: concordava que o conhecimento sensível era fragilizado, porém não concordava que o intelecto tinha uma existência superior. Acreditava que o pensar e os movimentos dos músculos eram ações recíprocas. Para Aristóteles o corpo só alcança seu sentido se for considerado em comunhão com a alma, onde um precisa do outro para interagir com o mundo.
Na Grécia o condicionamento físico era importante nas principais atividades gregas, como guerras, lutas, ginásticas e também os Jogos Olímpicos. Os gregos sempre cultivaram as ações relacionadas à Estética e ao intelecto, como a Metafísica, a Política e a Ética. Portanto mesmo com algumas divergências entre os filósofos da época, os gregos valorizavam a harmonia entre o corpo e a alma.
Com o domínio do Império Romano sobre a civilização grega, a utilização do corpo passou a ser apenas com visão militar. Para os gregos o homem deveria ter
harmonia nas formas e proporções do corpo, e para os romanos o homem deveria ser forte e robusto para a formação guerreira. (PERES, 2009)
Os Romanos criaram o “Panen et circesens” (pão e circo), espetáculo na forma de triunfos militares, de grandes jogos com gladiadores, tinham muito sadismo e brutalidades, o que caracterizou a decadência da cultura física. (PERES, 2009)
Figura 1: Discóbolo de Myron, um ideal olímpico da Grécia Antiga, o corpo nu é mais ágil, forte e próximo dos deuses.
Fonte: http://www.revistaescola.abril.com.br
2.2.2 O Corpo na Idade Média
Segundo Cassimiro (2012) o corpo foi extremamente reprimido e censurado pelos dogmas religiosos, a Igreja controlava o saber. A sociedade estava mais preocupada coma salvação da alma do que com os cuidados com o corpo.
A Igreja influenciava totalmente a sociedade, nos relacionamentos interpessoais, na moral, na vida familiar, na maneira de pensar e até como se vestir. O homem medieval passou a se preocupar apenas com a salvação eterna se sua alma. As práticas como o jejum, a abstinência e autoflagelações eram comuns, em busca de purificar a alma, onde qualquer manifestação corporal que não estivesse dentro dos preceitos da Igreja, era considerada pecado e degradação da alma. As
práticas corporais greco-romanas perderam prestígio, a santidade cristã era uma virtude, e o conhecimento do corpo um ato de pecado.
2.2.3 O Corpo na Modernidade
Na Idade Média o corpo era desprezado e condenado pela Igreja, a partir do século XVII com a consolidação da Modernidade, o corpo passou a ter um novo papel na história. Com o Renascimento (movimento ocorrido na Europa) ocorreu uma mudança na maneira de pensar, iniciando a libertação das amarras da Igreja.
O homem passou a cultuar a si próprio, a razão, os sentimentos, as emoções e sexualidade passaram a ditar as leis para a sociedade, que durante a Idade Média eram ações pecaminosas.
Com o Renascimento ocorreu a libertação do corpo em relação aos interesses da Igreja, gerando uma liberdade para as atividades comerciais da burguesia, que eram limitadas no período medieval, favorecendo o surgimento de um novo modo de produção: o Capitalismo. Foi nesse período que surgiram as indústrias e as fábricas, construídas a partir da utilização da tecnologia e avanços científicos.
O corpo também passou a ser controlado pela razão, onde o fazer, o agir e o ato de se movimentar, eram ações primeiramente pensadas, esquematizadas e depois realizadas.
A competitividade e o individualismo prevaleceram na Modernidade. O mundo começou a ser explicado segundo as leis da Física, da Matemática e da Biologia, com isso as pessoas mudaram o modo de pensar e de se organizar socialmente. Como a burguesia liderava a sociedade, ela manipulou o corpo com o intuito de gerar lucro, desenvolver as indústrias e consolidar o Capitalismo. (CASSIMIRO, 2012)
2.2.4 O Corpo na Contemporaneidade
O corpo humano passou a ter um papel importante na sociedade contemporânea. Ao longo do século XX o corpo se tornou evidente através de novas
tecnologias, através do marketing de produtos, de estilos de vida, e o desejo de obter o corpo perfeito exigido pelos padrões da Contemporaneidade.
A atual sociedade valoriza um padrão corporal, mesmo assim os corpos se diferenciam uns dos outros nas sociedades. O corpo passou a ser um produto comercializado, virando desejo de consumo das diferentes classes sociais, isso porque ao longo da história sempre ostentaram um padrão de corpo e de beleza, e essa supervalorização da aparência é em busca de formas corporais consideradas ideais para serem aceitas e admiradas na sociedade.
Os padrões corporais exigidos pela sociedade é uma imposição do consumismo, onde muitas vezes a pessoa nega suas próprias escolhas para ser inserida em um determinado grupo. (CASSIMIRO, 2012)
2.3 O CORPO COMO OBJETO DE CONSUMO
Dentre os objetos de consumo contemporâneo, como celulares, computadores, carros e cartões de crédito, há outro objeto que vem se destacando de forma especial, permeando e dando suporte aos demais: o Corpo. Considerado o mais belo objeto de consumo, possui uma implícita promessa de inclusão social, diferenciação, status, prazer, poder, amor e felicidade. Na hipermodernidade, o corpo ideal passou a ser sinônimo de salvação psíquica e social.
Diante disso são necessários muitos cuidados para a sua “construção”: da tecnologia à indústria publicitária, spas, clínicas estéticas, dietas lights, fitness, anabolizantes e até mesmo complexos procedimentos cirúrgicos. (SEVERIANO, 2010)
A mídia, tanto no Brasil como no exterior, exploram discursos e propagandas, que procuram induzir as pessoas à compra de produtos de beleza ou de instrumentos voltados à prática de exercícios físicos, com a promessa de obter corpos saudáveis e bonitos em pouco tempo. Tais anúncios e propagandas têm
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