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A realidade da Educação Física No Brasil

Por:   •  14/6/2018  •  2.154 Palavras (9 Páginas)  •  370 Visualizações

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Para Tani (1992), os professores não têm um modelo conceitual e um instrumento de análise cientificamente fundamentado e isso é uma das prováveis causas de sua insegurança didático-pedagógico.

Uma aula de educação física sem um objetivo certo se torna apenas uma atividade de ocupação da carga horária da escola. Algumas vezes a qualidade das aulas não grande, devido má vontade ou desmotivação do próprio professor. Muitos acham mais favoráveis entrar em quadra e jogar a bola aos alunos, do que perder seu tempo programando aula, pois de qualquer forma no fim do mês seu salário cai em sua conta. E por falar em salário, este também é um dos grandes desmotivadores dos professores.

Ao ministrarem suas aulas, em media no Brasil, um professor de educação física ganha entre R$ 1000,00 á R$ 3000,00, enquanto outras profissões que não deixam de ser menos importantes chegam a pagar R$ 8000,00 á seus funcionários. Levando em conta que sem um professor como base ninguém se forma em área nenhuma, percebemos que há algo de errado nessa divisão salarial.

Outro fator que é muito desmotivante aos professores são as atitudes dos alunos em sala de aula. Pais acham que os professores alem de ensinar, devem educar seus filhos que não têm o mínimo de respeito com o professor ou seus colegas de classe.

Atualmente vemos muita discussão relacionada à educação física escolar. Quem nunca ouviu da boca de alguém que “educação física é só jogar bola”? Isso acontece por causa de professores sem o mínimo de didática que não ensinaram á eles o verdadeiro significado da educação física na escola. Devido a diversas dificuldades encontradas na educação física escolar, foram levantados alguns problemas mais comuns encontrados na pratica desta disciplina durante o ensino fundamental e o ensino médio, dentre esses problemas podemos citar a auto exclusão de alunas do ensino médio.

Um estudo realizado por Andrade e Devide (2006) com alunos no ensino médio mostra alguns dos motivos pelos quais há esse tio de auto- exclusão, como: qualidade da quadra, a falta de vestiários, aulas repetitivas e desorganizadas, brutalidade masculina, desigualdade de habilidades e gêneros e preferência de bola para os meninos.

O esporte é um fenômeno de relevância da cultura corporal, sendo inviável o tolhimento desde conteúdo aos alunos. Então, a preocupação deve ser com a maneira que ele é trabalhado nas aulas, portanto, falta repensar cuidadosamente os procedimentos didáticos dos professores.

Os ciclos na área de Educação como Ensino Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio são realizados em prol do desenvolvimento do educando preparando a formação de um aluno participativo, reflexivo, autônomo e conhecedor de seus direito e deveres para com uma sociedade.

O ensino Médio é a última etapa do Ensino Básico e, portanto, uma fase onde esses estudantes estão sendo preparados para o ingresso nas universidades, através de conhecimentos que são cobrados em vestibulares e preparando esses jovens para o mercado de trabalho, para a própria vida, ensinamentos que até o momento atual são desenvolvidos em três anos.

Baseado primeiramente nos Parâmetros Curriculares Nacionais onde evidenciamos que a disciplina de Educação Física tem como objetivo que a criança consiga dominar os conhecimentos de que necessitam para crescerem como cidadãos plenamente reconhecidos e conscientes de seu papel em nossa sociedade.

Segundo PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS (ENSINO MÉDIO) A consolidação do Estado democrático, as novas tecnologias e as mudanças na produção de bens, serviços e conhecimentos exigem que a escola possibilite aos alunos integrarem-se ao mundo contemporâneo nas dimensões fundamentais da cidadania e do trabalho. (p.04).

A reforma no currículo do Ensino Médio que primeiro foi anunciada, mas que depois ocorreu uma reviravolta, questionamentos realizados por estudantes, professores, e sujeitos que discordavam da reforma, fez com que o governo usasse uma medida provisória para fazer valer a decisão.

Segundo a Câmara dos Deputados medida provisória é um instrumento com força de lei, adotado pelo presidente da República, em casos de relevância e urgência, cujo prazo de vigência é de sessenta dias, prorrogáveis uma vez por igual período. Produz efeitos imediatos, mas depende de aprovação do Congresso Nacional para transformação definitiva em lei.

Essa medida provisória fez com que a reforma fosse cuidadosamente analisada e repensada. Até o presente momento não temos nada a declarar sobre a decisão de exclusão de algumas disciplinas que pelo informativo em redes sociais e telejornal estão sendo questionadas se continuaram fazendo parte do currículo do ensino Médio. Fato que indica que os alunos poderão escolher qual será a disciplina que gostariam de estudar durante nesses três anos finais.

Segundo “Michel Temer Presidente do Brasil, em discurso no Palácio do Planalto “Os jovens poderão escolher o currículo mais adaptado à vocação”. Serão oferecidas opções curriculares e não mais imposições.”.

Contradizendo sujeitos que defendem a proposta de exclusão da disciplina de Educação Física entre outras que estão sendo questionadas se fica ou se sai da grade curricular no Ensino Médio, mas que não é o foco do trabalho, é preciso ressaltar em defesa da disciplina de Educação Física a importância da continuidade no processo de desenvolvimento desses educandos.

O que infelizmente temos reparado nas aulas de Educação Física é profissionais desmotivados, enraizados em métodos repetitivos, deixando de aplicar todo o conhecimento aprendido em sua longa jornada de aprendizado em seu curso superior, talvez por falta de material, talvez por medo, talvez por falta de interesse na profissão escolhida, esses são questionamentos prováveis que os sujeitos que querem reformular a grade curricular no Ensino médio tenham feito em relação à disciplina de Educação Física, se realmente a mesma tem a importância que teve nos ciclos anteriores.

“Os professores, a partir da reflexão sobre suas práticas, podem consolidar-se como produtores de conhecimentos, estabelecendo uma nova relação teórica-prática entre as atividades empreendidas no exercício profissional, os saberes docentes e os conhecimentos teóricos. Nestes termos, com a competência reflexiva, os professores podem se tornar mais autônomos em relação à gestão de suas próprias atividades e da vida escolar, além de se tornarem mais eficazes no enfrentamento de situações singulares da prática profissional” (BETTI,

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