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A busca de qualidade de vida através da dança

Por:   •  15/8/2018  •  1.833 Palavras (8 Páginas)  •  398 Visualizações

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Após esses períodos foram surgindo novas revoluções da dança, tais como: Dança moderna, que é a negação à formalidade do balé, pois trabalham mais livres, baseando-se principalmente nos sentimentos que qualquer som pode provocar e a Dança Contemporânea, que surgiu na década de 1960, como uma forma de protesto de rompimento com a cultura clássica. O corpo é dotado de maior autonomia. É uma circulação de energia: ora explosiva, ora recolhida.

Qualidade de vida e dança

A dança não é, para Martha Graham, um espelho da vida, mas sim uma participação na vida, uma libertação da vida pelo movimento (Roger Garaudy). Ela é uma atividade física e expressiva que permite aprofundar a percepção de cada um sobre si mesmo e sobre os outros. Utilizada como instrumento pedagógico, pode contribuir no desenvolvimento emocional e na estruturação da identidade, promovendo a formação do sujeito singular, com maneiras próprias de ser, sentir e agir. Este é um requisito básico para a construção da autonomia e da liberdade, condições que, em última instância, fundamentam a proposta de promoção de saúde, de acordo com suas diretrizes contidas na Carta de Ottawa (1986).

Na dança, o corpo torna-se um meio de interação do indivíduo com o mundo, facilitando o desenvolvimento da consciência corporal e das possibilidades de comunicação com o outro (Godoy et al., 2005), de forma lúdica e prazerosa. Facilita também a descoberta de limites e potencialidades individuais por meio de vivências corporais. Entre grupos populacionais mais vulneráveis, que muitas vezes sofrem com práticas de discriminação e preconceito, como os jovens pobres e moradores das periferias urbanas, ou os portadores de deficiências os benefícios trazidos por uma atividade que permite a elevação da autoestima e do autoconceito podem ser ainda mais significativos.

Nos últimos anos, tornou-se crescente o número de reportagens abordando diversas experiências no que diz respeito à dança. Ela vai além de movimentos, ela mexe com a mente, espírito, corpo e melhora a qualidade de vida dos participantes. Muitas Pessoas com Deficiência encontraram uma nova vontade de viver através da dança, como também pessoas com problemas psicológicos acharam uma forma de se libertar daquilo que estava preso dentro de si.

A Dança na Terceira Idade

A dança a dois, é uma atividade saudável que traz benefícios para o corpo, como a melhoria da capacidade física e redução dos estados depressivos. Em uma pesquisa baseados nos parâmetros avaliados pelo SF-36 foi constatados que idosos podem se beneficiar com a prática da Dança Sênior mesmo que uma vez por semana, podendo constituir num excelente recurso para auxiliar na melhora da qualidade de vida e mostrou-se eficiente como possibilidade terapêutica na vida dos idosos.

A dança para a terceira idade proporciona diversos benefícios, cognitivos e sociais. O contato com a dança nesta época inicia-se geralmente por indicação médica ou por lazer. Essas pessoas acabam encontrando nos exercício muito mais alívio para suas dores, fazem novas amizades, têm momentos de descontração, benefícios psicológicos, melhora da autoestima, entre outros. Ela é uma atividade muito bem aceita por esse público que reconhece que a idade não é um empecilho para a prática.

O conteúdo dança é utilizado para expressar a corporeidade das pessoas, vivenciando uma riqueza de movimentos que a dança proporciona para os idosos através dos movimentos do corpo, espírito e emoção. Para Shmiziuet al. (2004) a dança é capaz de seduzir os indivíduos dando-lhes oportunidade de se expressarem tornando as pessoas diferentes a cada instante, através do estímulo que lhe é proporcionado.

A Dança na Infância

As crianças precisam desenvolver as habilidades e conhecimentos necessários para criar, modelar e estruturar movimentos em forma de dança expressiva. Elas usam os movimentos espontaneamente, variando seus gestos e dinâmicas para expressar seus sentimentos e ideias. Com um pouco de encorajamento e assistência, brincarão e improvisarão com esses padrões básicos de movimento, assim, poderão ser encorajadas a reconhecer suas performances, tanto como realização pessoal como uma apresentação para uma audiência.

É um dos objetivos da Dança-Educação, promover e desenvolver todas as suas habilidades naturais, ou seja, oferecer oportunidades para as crianças criarem simples sequências, através da improvisação, interagindo uma com a outra, orientadas por um professor sensível. Com suas habilidades e conhecimentos desenvolvidos, elas poderão ser capazes de criar danças mais complexas, as quais terão uma estrutura clara, incluindo aspectos interessantes de composição, tal como desenvolvimento de tema e repetição.

O Trabalho com a dança pode favorecer o desenvolvimento corporal da criança tendo o objetivo de combinar movimento e ritmo adequado de acordo com a estrutura rítmica da música. Facilitar a socialização e contribuir para o relaxamento muscular e psicológico de cada uma delas é um dos fatores que formam essa prática muito importante.

A Dança na Adolescência

Atualmente muitos adolescentes têm feito escolhas erradas, se envolvendo com drogas, crimes e prostituição. A dança, assim como esportes e lutas, podem ser um meio de intervenção. Nesse caso ela pode ser vista como meio de interação, socialização e inclusão. Mas infelizmente, muitas vezes, o preconceito pode fazer com que essa intervenção não aconteça. É importante saber que a dança pode e deve ser usada com fonte de recuperação, reabilitação e tratamento para tais pessoas, pois seus benefícios não são apenas físicos, mas também psicológicos.

Um dos problemas que o professor de dança encontra é a “puberdade”, pois é quando eles estão se descobrindo e por diversas vezes, principalmente os meninos, tendem a ficar constrangidos com determinados movimentos. Cabe ao profissional saber lidar com essas situações e ter estratégias para que eles possam aproveitar os inúmeros benefícios que a dança exerce sobre a vida deles, pois assim como a dança trás benefícios na terceira idade e na infância trás também na adolescência.

Conclusão

Portanto, através do autoconhecimento e desenvolvimento de capacidades motoras, a dança pode contribuir para uma perspectiva de vida com mais qualidade. O potencial criativo da dança favorece a socialização, o lazer, o autoconhecimento, valorização

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