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A Dança na Educação Física Escolar

Por:   •  23/3/2018  •  5.145 Palavras (21 Páginas)  •  359 Visualizações

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É importante, contudo, que a prática da dança com objetivos educacionais tenha início na escola, como pode se verificar em Steinhilber (2000, p.8): "Uma criança que participa de aulas de dança (...) se adapta melhor aos colegas e encontra mais facilidade no processo de alfabetização”. Nesta perspectiva, Pereira et al (2001, p.61) coloca que:

(... a dança é um conteúdo fundamental a ser trabalhado na escola: com ela, podem-se levar os alunos a conhecerem a si próprios e/com os outros; a explorarem o mundo da emoção e da imaginação; a criarem; a explorarem novos sentidos, movimentos livres. Verifica-se assim, as infinitas possibilidades de trabalho do/para o aluno com sua corporeidade por meio dessa atividade).

1.4 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO

O presente estudo delimita-se a investigar professores de Educação Física e alunos do ensino médio na faixa etária de 17 a 18 anos de idade de ambos os gêneros da Escola Estadual Nossa Senhora de Aparecida, escola da rede publica localizada no centro da cidade de Manaus\Am.

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2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 Conceito de Dança e seus significados

A dança é uma expressão representativa de diversos aspectos na vida do homem. Pode ser considerada como linguagem social que permite a transmissão de sentimentos, emoções da afetividade vivida nas esferas da religiosidade, do trabalho, dos costumes, hábitos, da saúde, da guerra, etc.(COLETIVO DE AUTORES, 1992, p.82).

Já para outros autores, o conceito de dança só poderá ser descrito e compreendido pela experiência estética em dança, ou seja, o próprio ato de dançar, não negligenciando o histórico da dança, mas sim querendo dar o significado de dançar, como forma de expressão humana.

(... do mesmo modo que na pintura, a concretude da imagem, é o caso da dança. Mas enquanto que na pintura o produto final permanece, seja numa tela, num mural ou em qualquer outro objeto, dando a oportunidade de retornar a ele sempre que se tem vontade, o produto da dança é momentâneo e passageiro e, para retornar a ele, é aze-lo novamente, recuperando-o num novo tempo-espaco... Em dança não existe o antes nem o depois: só o durante (GERALDI, 1997).

A dança é tão antiga como a própria vida humana. Nasceu na expressão das emoções primitivas, nas manifestações, na comunhão mística do homem com a natureza. Segundo os estudos de Hannelore FAHLBUSCH (1990), os primeiros documentos sobre a origem pré-histórica dos passos de dança, são provenientes de descobertas das pinturas e esculturas gravadas nas pedras lascadas e polidas das cavernas.

O homem que ainda nem falava, se utilizou do gesto rudimentar para expressar suas emoções num ritmo natural. A dança na vida do homem primitivo tinha muito significado, porque fazia parte de todos os acontecimentos de sua vida: nascimento, casamento, mortes, caça, guerras, iniciação da adolescência, fertilidade e acasalamento, doenças, cerimônias, colheitas.

Paulina OSSONA (1988) deixa claro os significados e os movimentos realizados dentro das danças primitivas, que de alguma forma sempre queriam dizer alguma coisa:

A dança da chuva - realizada para chamar a chuva necessária para saciar a sede e a própria plantação, os movimentos realizados imitavam o trovão mediante girar no solo acompanhado do rufar de tambores e dando golpes na terra. E se necessitava da parada de chuva, procurava distancia-la provocando ventos criados por meio do balanceio rítmico de leques de folhas de palmeiras.

A dança do sol – Se o desejo era que brilhasse o sol por mais tempo, para que lhe desse maior margem para a colheita, realizava danças ao redor de uma fogueira e saltava ou caminhava sobre ela.

A dança da lua – Nessa dança imitavam-se as fases da lua, para que esta influenciasse as mulheres grávidas, fêmeas prenhas e ainda as sementes.

A dança imitava os passos dos animais com o fim de atraí-los a miragem do tiro e imitava também o seu acasalamento, para que se multiplicassem as espécies. Na dança fazia mímica do combate e vitória.

Dançava-se nos casamentos, raptando a noiva. E nos sacrifícios, dançava-se para satisfazer os deuses, ao redor dos enfermos para afugentar seu mal e ao redor dos mortos para que seus espíritos se afastassem.

Sabemos que no império romano a dança teatral se dava através de espetáculos variados que se apresentavam dançarinos que se considerarmos hoje seriam apresentações circenses com acrobatas e saltimbancos. Já na Índia e China a corte contava com os serviços dos escravos bailarinos para distrair a nobreza.

Durante vários séculos, essas manifestações artísticas, eram apresentadas apenas para as nobrezas de cada sociedade, apenas com o passar dos anos o povo foi tendo acesso ás exibições, transformando-se assim em teatro popular aquilo que até então era privilégio de uma pequena minoria. (MOURA, 2007).

2.2 A dança no Brasil: algumas reflexões

A dança no Brasil originou-se dos mais variados lugares. Há uma mistura de ritmo e som que faz as pessoas criarem cada vez mais passos e modos diferentes de dançar. Por exemplo, os índios do Brasil, segundo Bogêa (2002), têm seus rituais dançados ao som dos atabaques. Alguns aspectos de suas danças são preservados até hoje.

No Brasil, a dança ligada à Educação Física surge na década de 1920 por agregação de movimentos ginásticos em suas bases elementares. Já em 1940, foi incluída na formação, de professores de educação física, e gerou um núcleo que liderou a disseminação da dança em diferentes modalidades, posteriormente tornando-se parte dos currículos de licenciatura. Continuou a passar por transformações e em 1980 foi reformulado a licenciatura e o bacharel, confirmando a necessidade dos professores de educação física desenvolverem saberes e competências em relação à dança e suas diferentes manifestações.

Para Marques (2007), nas décadas de 1980 e 1990, propostas de dança foram contestadas por filósofos do minimalismo. Este se refere a uma série de movimentos artísticos e culturais que percorreram diversos momentos do século XX. Preocuparam-se em exprimir através de seus mais fundamentais elementos, especialmente nas artes visuais, no design, na música e na própria tecnologia, o formalismo que descreve uma ênfase da forma sobre o conteúdo, atestada

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