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A CONTRIBUIÇÃO DA EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA PARA A INCLUSÃO ESCOLAR

Por:   •  20/11/2018  •  5.330 Palavras (22 Páginas)  •  360 Visualizações

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Permitirá um mapeamento de quem já escreveu e o que já foi escrito sobre o tema e/ou problema da pesquisa”.

REFERENCIAL TEÓRICO

3.1 Educação Física

O termo Educação Física refere-se não somente a este aspecto, mas a promoção do desenvolvimento pleno da pessoa integrando corpo, mente e espírito.

Para Betti e Zuliani (2002) enquanto componente curricular a Educação Física cumpre relevante papel de integrar o indivíduo na cultural corporal, permitindo-lhe usufruir de atividades físicas, esportivas e rítmicas e ainda participar de atividades lúdicas como o jogo, além de manifestações artísticas como a dança, que ajudam a melhorar sua qualidade de vida.

Piccolo (1993) considera que o principal compromisso da Educação Física é com a formação integral do indivíduo, criando através de suas propostas condições dele se tornar independente, participativo, com autonomia de pensamento e ação. Por isso a importância de sua presença como componente curricular e na educação de crianças e jovens.

Segundo De Marco (2004, p. 77) a Educação Física é um espaço educativo privilegiado para “promover as relações interpessoais, a autoestima e a autoconfiança valorizando-se aquilo que cada indivíduo é capaz de fazer em função de suas possibilidades e limitações pessoais”.

De acordo com Kunz (2003, p. 17) ainda que persista uma tendência tradicional na prática educativa de muitos professores de Educação Física, felizmente nos últimos tempos tem sido observado um movimento de renovação com o desenvolvimento de projetos que demonstram o comprometimento da Educação Física não somente com o desenvolvimento da aptidão física, mas também com o desenvolvimento pleno do aluno, dos diversos aspectos que ultrapassam o físico e motor, alcançando também o cognitivo, a socialização, mostrando o compromisso dessa área de conhecimento com a formação humana e cidadã dos alunos. Suas finalidades são então mais amplas, visando à “consecução de metas sócio-educacionais como o fomento à saúde e a formação da personalidade, buscando se inserir nas propostas político-educacionais de tendência crítica brasileira”.

Guimarães et. al. (2001) ressaltam a importância da Lei de Diretrizes e Bases de 1996 na reformulação das propostas curriculares, tornando a Educação Física componente curricular da educação básica. Segundo os autores, a partir da nova concepção trazida por essa lei a Educação Física passou a explorar além dos esportes outras práticas corporais como a dança, a ginástica geral e os jogos, contribuindo então de forma mais eficaz na formação da criança.

3.2 Necessidades Educacionais Especiais

O conceito de necessidades educacionais especiais foi, definitivamente, consagrado no Relatório Warnock, em 1978, substituindo o termo deficiência, entendida então de forma pejorativa e errônea. Faz parte então da abordagem inovadora da educação especial (BRASIL, 2006).

Esse conceito abrange tanto pessoas com deficiência mental, física, visual, auditiva e múltipla como aquelas com altas habilidades e de condutas típicas, identificando ainda os problemas, dificuldades e limitações.

Conforme descrição dos Parâmetros Curriculares Nacionais Adaptações Curriculares (1998, p. 25-6)

Deficiência Mental – Caracteriza-se por registrar um funcionamento intelectual geral significativamente abaixo da média, oriundo do período de desenvolvimento, concomitante com limitações associadas a duas ou mais áreas da conduta adaptativa ou da capacidade do indivíduo em responder adequadamente às demandas da sociedade;

Deficiência visual – caracteriza-se redução ou perda total da capacidade de ver com o melhor olho e após a melhor conexão ótica;

Deficiência auditiva – é a perda total ou parcial, congênita ou adquirida, da capacidade de compreender a fala, através do ouvido;

Deficiência física – é uma variedade de condições não sensoriais que afetam o indivíduo em termos de mobilidade, de coordenação motora geral e da fala, como decorrências de lesões sejam neurológicas, neuromusculares, ortopédicas, ou ainda, de más formações congênitas ou adquiridas;

Deficiência Múltipla – é a associação, no mesmo indivíduo, de duas ou mais deficiências primárias (mental, visual, auditiva, física) com comprometimentos que acarretam atrasos no desenvolvimento global e na capacidade adaptativa;

Condutas típicas – manifestações comportamentais típicas de síndromes de quadros psicológicos, neurológicos ou psiquiátricos e que ocasionam atrasos no desenvolvimento e prejuízos no relacionamento social;

Altas Habilidades – notável desempenho e elevada potencialidade em qualquer dos seguintes aspectos isolados ou combinados: capacidade intelectual geral; aptidão acadêmica específica; pensamento criador ou produtivo; capacidade de liderança; talento especial para artes; capacidade psicomotora.

A substituição de termos como excepcional, deficiente, portador de deficiência, pessoa com deficiência e outros, pela expressão “necessidades especiais”, teve o objetivo de propor um novo modelo ampliado de considerar esta questão (BRASIL, 2006).

Sob o enfoque mais abrangente, então se pode dizer que as necessidades especiais traduzem as exigências experimentadas por qualquer indivíduo e que devem ser supridas pela sociedade.

A expressão necessidades especiais evidencia ainda a responsabilidade do Estado e da sociedade de prever e prover meios de satisfazê-las (BRASIL, 2005).

3.3 Inclusão escolar

Todas as pessoas em especial aquelas com necessidades educacionais especiais tem direito à educação, o que significa tanto o acesso como a permanência e o aproveitamento dessa oportunidade, sem discriminação.

Pires (2006) argumenta que a inclusão escolar implica em uma nova postura ética diante das pessoas com necessidades especiais, evidenciando não suas limitações e sim suas competências e capacidades e ainda a valorização dessa pessoa como plena de direitos. A inclusão escolar então implica em justiça tanto no acesso à educação, como também à sua permanência e aproveitamento satisfatórios.

Soler (2005) salienta que a inclusão escolar é um processo cooperativo e participativo, requerendo então a criação de uma rede de relacionamentos e parcerias, por meio do qual se visa aprimorar as capacidades, habilidades

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