Revisão de literatura - Morte Celular
Por: Ednelso245 • 25/10/2018 • 6.248 Palavras (25 Páginas) • 356 Visualizações
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Palavras-Chaves: apoptose, regulação, patologias.
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ABSTRACT
Apoptosis is a natural programmed cell death apparatus, being important for the elimination of damaged cells and tissue renewal. Apoptosis can be triggered by several factors: binding of molecules to membrane receptors, ionizing radiation, chemotherapeutic agents among others. In addition, it presents complex mechanisms of regulation, the caspaces being the most known proteins. When it changes, apoptosis can trigger numerous diseases, such as cancer and Alzheimer's, and these changes are of great importance. In this work, the main morphophysiological characteristics of apoptosis, control mechanisms and how this will interfere in the affected pathologies will be exposed.
Key words: apoptosis, regulation, pathologies.
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INTRODUÇÃO
A morte das células é um fenômeno comum durante o desenvolvimento embrionário, necessário para remover tecidos provisórios eliminar células supérfluas, originar ductos, formar orifícios etc. (DE ROBERTIS, 2006). A apoptose é um processo intrínseco à célula e geneticamente programado que é desencadeado por estímulos intrínsecos ou extrínsecos, no entanto, em condições morte celular programada e patologias associadas fisiológicas não se pode considerar que existe um qualquer sinal universal capaz de desencadear o processo de apoptose e, apesar de diversos estímulos poderem desencadear apoptose, o efeito de um dado estímulo num determinado tipo de células pode não ser sistemático. Assim, a apoptose surge como uma resposta celular entre várias respostas celulares possíveis. Esta concepção contém uma componente individual, a denominada “decisão celular”, mas também evidencia componentes circunstanciais. Por outras palavras, a célula integra vários sinais intrínsecos e extrínsecos, e dessa integração pode resultar a ativação do processo de execução apoptótica (Castro et al., 2008).
Na apoptose, a célula encolhe e se condensa, o citoesqueleto entra em colapso, o envelope nuclear se desmonta, e o DNA nuclear se reparte em fragmentos. Nesta morte não ocorre à liberação de conteúdo citoplasmático, não prejudicando células vizinhas. Durante a apoptose a célula exibe propriedades na sua superfície que está alterada, fazendo com que através disto ela seja fagocitada tanto por células vizinhas como por um macrófago, antes que pudesse ocorrer liberação de seu conteúdo. Esta morte permite que as células mortas tenham seus componentes orgânicos reciclados pelas células que as fagocitam (ALBERTS, 2010).
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REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
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MORTE CELULAR E APOPTOSE
Primeiramente, a morte celular pode ocorrer por mecanismos diferentes, dentre eles destacam-se a "necrose" e "apoptose" em conformidade a Kennedy e DeLEO (2009 apud CONEGLIAN SANTOS, 2015). Porém, iremos nos aprofundar no tipo de morte programa caracterizado como apoptose.
Segundo Alberts (ALBERTS, 2010), embora a apoptose seja apenas uma forma de morte celular programada, muitos biólogos utilizam esse termo como equivalentes. Assim, apoptose se caracteriza como uma morte da célula programada por diversos mecanismos reguladores que induzem a célula a sua autodestruição, além de ocorrer individualmente e sem levar a morte de outras células.
Segundo Alberts (ALBERTS, 2010), as células que morrem por apoptose sofrem modificações morfológicas muito características. As células se encolhem e condensam-se, o citoesqueleto se desmonta, o envelope nuclear é desfeito, a cromatina nuclear se condensa e se fragmenta. A superfície da célula também sofre uma modificação formando bolhas, sendo que se a célula é grande ela se fragmenta, envolvendo-se por uma membrana e passando a se chamar corpo apoptótico. O mais importante é que a membrana dos corpos apoptóticos é quimicamente alterada, expondo a fosfatidilserina, substância que é reconhecida pela presença de receptores (como o TIM-4), conforme Danial e Korsmeyer (2004 apud PARONETO MEDINA, 2011) e, dessa forma, a célula é fagocitada por células vizinhas ou macrófagos.
De acordo com De Robertis (DE ROBERTIS, 2006), as modificações que as células sofrem ocorrem devido às ativações de proteases citosólicas que são chamadas de caspases, ativando séries de mecanismos que resultam na autodestruição celular.
Cabe ressaltar ainda o outro processo de morte programada que são devido a acidentes (ALBERTS, 2010), que são caracterizadas como necrose celular, causadas muitas vezes por falta de suprimento sanguíneo, substâncias tóxicas e trauma.
Consequente a isso, as células necrosadas proliferam-se e explodem, liberando seu conteúdo, o que provoca uma resposta inflamatória.
- SINALIZAÇÃO E REGULAÇÃO DA MORTE POR APOPTOSE
No que concerne o reconhecimento bioquímico da célula em apoptose, segundo Alberts (ALBERTS, 2010), o fosfolipídeo fosfatidilserina (-) se desloca para a face externa da membrana plasmática e, assim, essa substância vai servir como marcador para as células vizinhas e macrófagos fagocitarem a célula, bloqueando ainda a inflamação, pois inibem a produção de citocinas que induzem a mesma. Além disso, as células que entram em apoptose normalmente perdem o potencial elétrico que normalmente existe através da membrana interna de suas mitocôndrias e proteínas como o citocromo c são liberadas do espaço intermembranar para o citosol.
De acordo ainda com Alberts (ALBERTS, 2010), a apoptose depende de uma família de proteases que têm uma cisteína no seu sítio ativo e clivam suas proteínas alvo em ácidos aspárticos específicos, que são chamadas de caspases. Essas proteínas proteolíticas são sintetizadas na forma de zimogênios chamados procaspases que são ativados por clivagem.
Assim, a morte celular acontece devido a uma cascata proteolítica mediada por caspases. Não obstante, é necessário especificar que nem todas as caspases estão relacionadas à morte
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