Projeto Bioquímica Doenças Metabólicas e Atividade Física
Por: Sara • 30/11/2018 • 2.033 Palavras (9 Páginas) • 301 Visualizações
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A) Dislipidemia
É uma doença metabólica caracterizada pelas concentrações anormais de lipídios (gorduras) e lipoproteínas no sangue, fazendo com que haja alterações do colesterol total, do colesterol LDL, do colesterol HDL e do triglicérides. Ressalta-se que as alterações provocadas por tais concentrações anormais podem promover o surgimento de doenças cardiovasculares, como a hipertensão arterial, o infarto, o derrame e a aterosclerose, por exemplo.
Salienta-se que os índices elevados de triglicérides sanguíneos estão relacionados à incidência de um mal metabolismo do pâncreas. A alteração no metabolismo pode ocorrer devido a alterações nas concentrações dos lipídios sanguíneos, como o aumento de peso, dieta inadequada (rica em colesterol, gorduras saturadas e gorduras trans), sedentarismo, por meio do uso de alguns medicamentos e a presença de algumas doenças que interferem no metabolismo, como a diabetes e o hipotireoidismo. No entanto, a dislipidemia pode surgir também proveniente de fatores genéticos que, em alguns casos, só se manifestam quando há influência ambiental. Seu diagnóstico pode ser feito através de um exame de sangue para verificação dos níveis plasmáticos de colesterol total, LDL, HDL e triglicérides.
Outro ponto importante que deve ser ressaltado é que a dislipidemia é uma doença metabólica que pode desenvolver doença cardíaca quando estão associadas a:
- Aumento de LDL (colesterol ruim);
- Pressão alta (tratada ou não tratada);
- Baixo HDL (colesterol bom);
- Sedentarismo;
- Sobrepeso e obesidade;
- Diabetes mellitus;
- Idade – homens ≥ 45 anos ou mulheres ≥ 55 anos;
- Hereditariedade – história familiar de irmão e/ou pai com doença coronariana
A atividade física recomendada para quem possui a dislipidemia é a aeróbica de 3 a 6 vezes por semana com sessões de 30 a 60 minutos com o intuito de melhorar o condicionamento físico e promover perda de peso, especialmente para aqueles que são sedentários e estão acima do peso adequado.
B) Diabetes
A Diabetes Mellitus (ou simplesmente diabetes) está entre as 5 doenças que mais matam, chegando cada vez mais ao topo da lista segundo dados do Ministério da Saúde. É uma doença metabólica que se caracteriza pela hiperglicemia (aumento do nível de açúcar no sangue) desencadeada por secreção deficiente de insulina pelas células do pâncreas e/ou aumento da resistência periférica à ação desta. Ressalta-se que essa doença pode ser herdada (congênita) ou adquirida.
A hiperglicemia crônica está associada com dano e insuficiência de vários órgãos. Salienta-se que a evolução da diabetes é a causa mais comum de cegueira, amputações e insuficiência renal em adultos no ocidente e, também é o causador de fator de risco coronariano, aumenta a incidência de infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral.
A atividade física é recomendada para quem possui diabetes ou para prevenção já que o exercício físico diminui imediatamente a taxa de glicose (resultado imediato) e melhora o controle do diabetes a longo prazo. Assim, a atividade física tem função parecida com a insulina no tocante ao aumento da utilização de glicose pela célula. Atividades como caminhada e natação são excelentes para quem possui diabetes, sendo estas serem freqüentes, pelo menos três vezes por semana.
Alguns cuidados devem ser tomados para conciliar atividades físicas e diabetes, por isso, o teste ergométrico é o primeiro passo para se avaliar a condição cardiovascular. Assim, caso o teste ergométrico apresente normalidade, não é necessário nenhuma outra avaliação. Entretanto, se a pessoa tiver diabetes do tipo 2, porque além de avaliação cardiovascular, é importante avaliar a presença de doença arterial periférica, doença renal e etc. Ressalta-se que nenhuma dessas doenças impede a atividade física, que deve ser feita moderadamente e sempre prescrita de acordo com o individuo. Além disso, a pessoa diabética deve ser orientada a ficar atenta ao aparecimento de bolhas nos pés, nas mãos, bem como a importância da hidratação.
C) Síndrome metabólica
A síndrome metabólica ou plurimetabólica é caracterizada pela associação de fatores de risco para as doenças cardiovasculares (ataques cardíacos e derrames cerebrais) bem como doenças vasculares periféricas e diabetes. Esta síndrome tem como base a resistência à ação da insulina, o que obriga o pâncreas a produzir mais esse hormônio, causando uma série de complicações, como foi exposto.
Conforme a literatura, a Síndrome Metabólica é uma doença da civilização moderna, associada à obesidade, como resultado da alimentação inadequada e do sedentarismo, ou seja, é fruto de alteração do metabolismo oriundo de uma série de fatores de risco tais como:
- Intolerância à glicose, caracterizada por glicemia em jejum na faixa de 100 a 125, ou por glicemia entre 140 e 200 após administração de glicose;
- Hipertensão arterial;
- Níveis altos de colesterol ruim (LDL) e baixos do colesterol bom (HDL);
- Aumento dos níveis de triglicérides;
- Obesidade, especialmente obesidade central ou periférica que deixa o corpo com o formato de maçã e está associada à presença de gordura visceral;
- Ácido úrico elevado;
- Microalbuminúria, isto é, eliminação de proteína pela urina;
- Fatores pró-trombóticos que favorecem a coagulação do sangue;
- Processos inflamatórios (a inflamação da camada interna dos vasos sanguíneos favorece a instalação de doenças cardiovasculares);
- Resistência à insulina por causas genéticas.
No que tange a atividade física, a recomendação de exercícios físicos para quem possui a síndrome metabólica a recomendação é uma média de 3 a 5 dias por semana de atividades aeróbicas com cerca de 30 a 60 minutos de duração. Os exercícios físicos poderá ajudar diminuir os fatores de risco cardiovascular, além de melhorar a capacidade funcional e o bem-estar e aumentar a
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