Produtos naturais de origem marinha
Por: Carolina234 • 11/7/2018 • 979 Palavras (4 Páginas) • 446 Visualizações
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Nos últimos anos algumas companhias foram fundadas com o objetivo de desenvolver novos fármacos com protótipos de origem marinha. É o caso da PharmaMar, fundada em 1986 e, hoje, uma divisão do grupo Zeltia, que nos últimos 20 anos investiu mais de 1,2 bilhão de reais (420 milhões de euros) na pesquisa em fármacos de origem marinha com potencial para tratamento do câncer. A PharmaMar conta com uma coleção de mais de 65.000 organismos marinhos, de onde já foram isoladas 700 novas entidades químicas e 30 novas famílias de substâncias já foram descritas. Vale ressaltar que atualmente existem 3 substâncias em fase pré-clínica e 5 em fase clínica de testes, sendo que a trabectedina (ET-743, Yondelis®) foi recentemente aprovada pela Comissão Européia para o tratamento de sarcomas de tecidos moles em pacientes refratários a antraciclinas e ifosfamida.
Outra companhia fundada sob a inovadora prerrogativa de prospecção de fármacos a partir de micro-organismos marinhos é a Nereus Pharmaceuticals. Fundada em 1998, já possui 2 protótipos em fase 1 de testes clínicos para o tratamento de câncer, incluindo a salinosporamida A que carrega o trunfo de ter sido a substância a percorrer mais rapidamente a fase de testes pré-clínicos: desde a sua descoberta até o início dos testes clínicos contam-se apenas 3 anos.
Atualmente já existem 4 fármacos relacionados a substâncias de origem marinha em uso clínico - como anticâncer [ara-C (Citarabina®) e trabectedina (Yondelis®)], antiviral [ara-A (Vidarabina®)] e analgésico neuropático [ziconotídeo (Prialt®)].
4 – Referências
Farmacognosia: da planta ao medicamento. Organizado por Cláudia Maria Oliveira Simões [et al.]. 6ª edição. Porto Alegre: Editora da UFRGS; Florianópolis: Editora da UFSC, 2007.
Organismos marinhos como fonte de novos fármacos: histórico & perspectivas. Letícia Veras Costa-Lotufo; Diego Veras Wilke; Paula Christine Jimenez; Rosângela de A. Epifanio. Quím. Nova vol.32 no.3 São Paulo 2009
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