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Microrganismos no Processo de Decomposição

Por:   •  21/4/2018  •  1.943 Palavras (8 Páginas)  •  342 Visualizações

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Procedimento Metodológico

Primeiro dia: t = 0 h

O molho de tomate foi colocado no béquer, em temperatura ambiente, e em livre contato com a atmosfera. No primeiro dia o molho encontrava-se homogêneo, com a sua cor avermelhada característica e não apresentava maus odores, já que, estava em boas condições para consumo. Foi realizado um teste de DQO neste dia e obtido resultado.

Terceiro dia: t = 48 h

Após 48 horas do início do experimento, o molho continua com aparência homogêneas, sem apresentar nenhuma alteração visual.

[pic 3] [pic 4][pic 5][pic 6]

Sexto dia: t = 144 h

Após 144 horas foi feito outro teste de DQO, um para a parte superior do molho em decomposição e outro para a parte inferior.

Decimo dia: t = 216 h

Realizamos mais uma observação do molho, o mesmo encontrava-se heterogêneo e com odor forte. Era visível o aparecimento de uma camada esbranquiçada na superfície do mesmo, e a sua coloração estava mais escura e não uniforme no restante do recipiente.

[pic 7] [pic 8][pic 9][pic 10]

Foi retirada uma amostra da superfície do molho para observação em microscópio, onde se notou a presença de numerosos e pequenos filamentos esbranquiçados próximos uns dos outros.

[pic 11] [pic 12][pic 13]

Resultados e Interpretação

Tabela de resultados encontrados para DQO.

DQO

Local da amostra

mg/L

t = 0 h

-

13.430

t = 144 h

Superfície

5.000

t = 144 h

Fundo

7.000

No procedimento experimental feito entre os dias 19/09/2016 e 28/09/2016, ao se expor a amostra de molho de tomate ao ambiente, foi observada a sua aparência e feitos os cálculos da demanda química de oxigênio (DQO) inicial e final, a fim de se analisar o crescimento de colônias de microrganismos decompositores durante esse período. Como o objetivo da pratica experimental é analisar a presença e comportamento de microrganismos no molho de tomate, na observação dos valores da DQO a possível degradação química que ocorre na amostra foi desconsiderada, devido à falta de informações que nos permite identificar quando ela ocorre e quanto da demanda química de oxigênio corresponde a esse tipo de decomposição. Através da associação entre a observação visual da amostra e dos níveis de DQO, é possível chegar à conclusões sobre tamanho, composição e alterações com o tempo das colônias de microrganismos decompositores formadas.

No início do experimento não houve observação visual da amostra, porém anteriormente ela se encontrava embalada e dentro do prazo de validade estabelecido, indicando que ainda não estava em estágio de decomposição nem apresentava microrganismos em grandes quantidades, estando própria para consumo. O valor de DQO determinado em laboratório foi alto (13.430 mg/l), devido à grande concentração de material nutritivo oxidável distribuído uniformemente na amostra, havendo então necessidade de grandes concentrações de oxigênio dissolvido no molho para que a degradação dessa matéria ocorra. Como anteriormente a amostra estava em uma embalagem hermeticamente fechada e com concentração limitada de oxigênio dissolvido, é pouco provável que existam colônias de organismos aeróbios em número significante no molho neste momento, porém poderão aparecer posteriormente devido ao contato com o ambiente externo.

Após 48 horas de exposição, apesar da aparência homogênea, o meio apresenta leves alterações no odor provenientes da liberação de gases pelos microrganismos decompositores, o que indica o início do processo de degradação da matéria. Através da observação da composição nutricional, do pH do meio e da temperatura ambiente da amostra durante o período de exposição, pode-se inferir que os principais organismos a desenvolver colônias seriam predominantemente as bactérias heterotróficas. O meio apresenta abundância de proteínas e carboidratos que são fontes de nitrogênio e carbono, respectivamente, além de outros componentes que suprem as necessidades nutricionais das bactérias e as estimulam a se reproduzir, e a temperatura é favorável ao surgimento de bactérias mesófilas, que são abundantes no ambiente. O pH da amostra, por ser ácido, acaba sendo um fator limitante para o crescimento das colônias, selecionando apenas as espécies que sobrevivem à acidez do meio, conhecidas como acidófilas. Outro fator que inibe o seu crescimento é a presença de sal no molho, que devido à sensibilidade osmótica das bactérias em meio hipertônico causa sua morte. Devido à maior presença de oxigênio na superfície da amostra, é esperado que as bactérias aeróbias e aeróbias facultativas cresçam em maior concentração nessa região. Pois essa é sua região de conforto, enquanto no fundo do béquer o número de colônias seja menor, já que a concentração de oxigênio dissolvido presente é mais baixa que na superfície.

Além de bactérias, pode também ocorrer a presença de fungos na superfície do béquer, já que o material nutritivo, temperatura e pH ácido do meio são favoráveis ao desenvolvimento de suas colônias, onde elas encontram material necessário à sua nutrição e um meio propicio para seu crescimento, porém em quantidade muito menor, já que seu crescimento, além de lento, é inibido pela concentração das bactérias na região superficial, que são predominantes no meio e formam colônias mais rapidamente, mesmo com a interferência da presença de sais, onde os fungos são menos afetados por apresentarem menor sensibilidade à pressão osmótica. Dificilmente pode ocorrer a presença significativa de protozoários nesse meio, pois estes crescem em maior quantidade em meio básico, sendo o pH um fator limitante para seu desenvolvimento, além de que, naturalmente estes organismos não costumam predominar

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