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Atps Biologia

Por:   •  24/12/2017  •  1.530 Palavras (7 Páginas)  •  489 Visualizações

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No filme inteiro, podemos notar a luta de Rocky para ser aceito por seus amigos da escola, por tentar fazer a mãe largar do seu vício, e tentar viver uma vida normal, buscando realizar seus sonhos como todo mundo, mesmo com todas as limitações que ele possa ter.

2.1 – Aspectos Biológicos

A displasia crânio diafisária, uma doença óssea extremamente rara, essa doença se dá através do acumulo excessivo de cálcio no crânio. Devido a isso, causa deformação facial e a redução da expectativa de vida. Geralmente, os portadores dessa doença morrem ainda na infância.

No filme o Jovem Rocky Dennis, possui essa doença óssea, na qual sofre muito preconceito, como no caso com a diretora e com os pais de Diana, pois é difícil de se compreender que essa doença abala especificamente a estrutura óssea, e também há o preconceito em frente a características físicas de Rocky.

Segundo o artigo DISPLASIA CRANIOMETAFISÁRIA - RELATO DE CASO (Sizenildo da Silva Figueirêdo, Luiza Helena Vilela Ribeiro, Bruno Barcelos da Nóbrega, Kim-Ir-Sen Santos Teixeira, São Paulo jul./ago. 2002), “Displasia craniometafisária (DCM) é uma expressão criada por Jackson, em 1954, para uma doença óssea hereditária caracterizada por alargamento metafisário dos ossos tubulares associado a esclerose e hiperostose craniofaciais (leontíase óssea). A DCM representa uma desordem geneticamente heterogênea, apresentando transmissão autossômica dominante na maioria dos casos, embora a forma recessiva tenha sido observada. Há poucos relatos de herança autossômica recessiva, e esta comumente apresenta achados clínico-radiológicos mais severos. Os sintomas iniciais freqüentemente decorrem da obstrução nasal gradativa e distorção facial, bem como de alterações nos ossos temporais, geralmente levando a um tipo misto de surdez progressiva.”

Causas

Esta patologia foi recentemente atribuída a mutações no gene proteína TGFb1.

Sinais e Sintomas:

- Dores nas Extremidades

- Dor Óssea, especialmente nas pernas

- Alteração da Deambulação

- Fadiga e Fraqueza Muscular

- Atrofia Muscular

- Cefaléia

- Atraso da Puberdade

- Défice dos Nervos Cranianos

- Fenômeno de Raynaud

- Anemia

- Leucopenia

- Aumento da taxa de sedimentação de eritrócitos.

Diagnóstico

O diagnóstico é estabelecido após avaliação clínica com exames radiológicos. Radiograficamente, o eixo dos ossos longos mostra espessamento fusiforme simétrico do córtex e alargamento da cavidade medular.

Existem casos em que os indivíduos que apresentam a mutação genética que causa a doença, nunca vêm a desenvolver as características da mesma. Em outros, as características estão presentes, mas a mutação não se consegue identificar.Estes casos são chamados de Camurati-Engelmann Doença do Tipo II.

Tratamento

Não existe uma cura efetiva. O tratamento é apenas sintomático, usam-se corticóides e anti-inflamatórios não esteróides, atuando na dor e na fadiga dos pacientes.

2.2 – Abordagem Teórica

No final do filme é mostrada uma cena dentro da casa, em que a família de Rocky (um grupo de motoqueiros), em mais um de seus momentos festivos, muita animação com música estilo “rock and roll”, bebida alcoólica e drogas. A cena nos chama atenção pela responsabilidade e o sentimento de ser mãe, o que aqui talvez seria muito mais difícil diante de tantos desafios para lidar com uma doença rara, deformidade de crânio. A figura materna aqui, na maioria das vezes manifesta paciência, carinho, atenção, demonstrando mais preocupação com o filho que com ela própria. É mais um trecho do filme em que fica claro que o filho é peça fundamental na sua vida, assim, interrompe a festa dando um espaço de tranqüilidade e acolhimento a dor de cabeça de Rock, dores que eram constantes e intensas. Com seu jeito doce e suave vai acolhendo toda aquela intensa dor e transformando em pensamentos e lembranças, trocando-a por algo bom que desejam ou por algo que já haviam vivido, assim, Rock com a cabeça repousada no colo materno encontra alívio para dor, técnica desenvolvida pela mãe. E, é ela que vai ensinando-o a encontrar um jeito para lidar e superar a dor crônica, o que para a medicina não tinha remédio.

Diante dessa cena podemos citar, dentro da psicanálise contemporânea, Bion que denomina de “Continente e Conteúdo”, que está fundamentalmente dentro do conceito de relação e vínculo (interação da mãe/bebê).

Tal como foi concebido por Bion, “conteúdo” é uma massa de necessidades, emoções, sentimentos e experiências (angústias, desejos, objetos ameaçadores, medos, frustrações) que necessita ser projetado (Zimerman, p. 68). O conceito “continente” é tudo aquilo que pode deter uma emoção, refere-se ao processo ativo da mãe/cuidador, em que ela “acolhe”, “transforma”, e “devolve” devidamente nomeados e significando os “conteúdos” da identificações projetivas da criança. Na hipótese de que a mãe/cuidador não exercer essa função, a criança se vê obrigada a incrementar o uso das identificações projetivas, “evacuadas” para fora como um apelo desesperado para ser compreendido e contido, e isso acarreta serias conseqüências, as quais podem ser sintetizadas naquilo que Bion denomina como sendo “a parte psicótica” da personalidade (zimermanm p.109). Esse continente materno Bion também nomina de capacidade de réverie e sendo de fundamental importância na relação mãe-bebe (Zimerman, p. 100).

Mais do que nunca, nos primeiros anos de vida, é necessário uma mãe acolhedora que esteja disponível para acolher o “conteúdo projetado”, que faça o papel de “continente suficiente” o tempo em que a criança necessitar. E, que saiba exercer a função da Revirie, transformando e resignificando tudo aquilo que o prejudica, que o angustia, que o amedronta, devolvendo

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