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Aplicação da Radioatividade na Radioterapia

Por:   •  4/2/2018  •  1.933 Palavras (8 Páginas)  •  290 Visualizações

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- PROCEDIMENTOS

Segundo Dias e Segreto, (2013, p.74) “a finalidade do tratamento pode ser curativa, quando há possibilidade de sobrevida em longo prazo do paciente após o tratamento, (...) ou paliativa, quando usado para o alívio de algum sintoma especifico, como dor, obstrução ou sangramento, em um paciente com prognostico desfavorável”.

A radioterapia pode ser realizada de forma isolada, junto a quimioterapia, de forma pré-operatória ou neoadjuvante. Tudo dependendo do tipo histológico, do estadiamento e as condições clínicas em que o paciente se encontra. Logo após a definição da finalidade e a forma que a radioterapia será realizada, determina-se o volume e a técnica que mais se adequa com o caso (DIAS e SEGRETO, 2013).

O ICRU (International commission on radiation Units and Measurements) definiu alguns termos e regras para prescrição da dose, permitindo assim a uniformização da metodologia empregada. Os principais termos são GTV (Gross tumor volume), que se refere a área do tumor, o CTV (Clinical Target Volume), que engloba o GTV e os possíveis locais da doença subclínica, e o PTV (Planning Target Volume), que consiste no CTV com margens de segurança para que a dose de radiação seja realmente administrada ao tumor, sem comprometer os tecidos adjacentes (DIAS e SEGRETO, 2013). .

A dose de radiação a ser utilizada depende de alguns fatores como, a finalidade do tratamento, a radiossensibilidade do tumor, a dimensão da lesão a proximidade dos tecidos adjacentes e a tolerância dos mesmos (DIAS e SEGRETO, 2013).

Quanto a radiossensibilidade do tumor, os mais radiossensiveis são os tumores de células germinativas e linfomas, já os sarcomas e melanomas são considerados menos radiossensíveis. Mas, independente da radiossenssibilidade de um tumor, a dose necessária para sua erradicação esta diretamente relacionada com o numero de células clonogênicas (DIAS e SEGRETO, 2013).

A proximidade dos tecidos adjacentes, também é outro fator importante para definição da dose, devido a radiossensibilidades de tais tecidos, que é uma constante preocupação da radioterapia (DIAS e SEGRETO, 2013).

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- TÉCNICAS DE RADIOTERAPIA

3.1.1. Teleterapia

A teleterapia ou radioterapia externa se baseia no uso de uma radiação proveniente de um aparelho com uma unidade de cobalto ou acelerador linear, colocada a uma distancia de 60 a 100 cm longe do paciente (INCA, 2000).

Antigamente, a radioterapia era realizada utilizando aparelhos 2D, onde a zona a ser irradiada era baseada em referencias ósseas e anatômicas, consequentemente um grande volume de tecido normal sofria com a radiação gerando assim, complicações imediatas ou tardias. O surgimento da tomografia computadorizada possibilitou um avanço na radioterapia 3D, permitindo a utilização BEV (Beam’s Eye View), possibilitando verificar o volume irradiado do ponto de vista do feixe de radiação, visualizar radiografias digitalmente reconstruídas (DRR), além de delinear o tumor e os tecidos que se encontram ao redor (DIAS e SEGRETO, 2013).

A maior limitação da radioterapia externa é a necessidade de aplicar margens de segurança generosas devido a incerteza geométrica. Essas margens geralmente se sobrepõem aos órgãos de risco, fazendo com que aconteça a limitação e o escaloamento da dose. Tem por objetivo de melhorar a acurácia reduzindo as margens ao redor do alvo (DIAS e SEGRETO, 2013).

Outra forma de teleterapia externa é a radiocirurgia, que é uma técnica de tratamento que inicialmente foi criada para lesões intracranianas, onde uma alta dose de radiação ionizante é aplicada usualmente em fração única com ajuda de um aparato para imobilizar o paciente com extrema acurácia na localização. e a Radioterapia Estereotáxica Extracranio(SBRT), foi desenvolvida a partir da radiocirurgia, com objetivo de irradiar com precisão a lesão extracranial com doses altas. Essa prática vem sendo muito utilizada nos últimos anos em inúmeras patologias, como tumores primários e secundários pulmonares e hepáticos, tumores de pâncreas, rim e próstata, e também e matastáses em coluna vertebral (DIAS e SEGRETO, 2013).

A Teleterapia externa possui várias técnicas de tratamento, e todas elas necessitam de um posicionamento adequado com o auxilio dos acessórios de imobilização e fixação do paciente. É de extrema importância que o posicionamento e a imobilização sejam realizados nas sessões de radioterapia, para que o paciente não se movimente durante a aplicação produzindo doses diferentes no alvo e nos órgãos de risco. A posição deve ser reproduzida durante todas as sessões de tratamento (DIAS e SEGRETO, 2013).

Os imobilizadores utilizados são fabricados com diversos tipos de materiais, possuindo uma infinidade de modelos à disposição do usuário. Esses acessórios não podem afetar o feixe de radiação, por isso não se utiliza metal. O material adequado é o plástico, pois além de forte é durável e leve. Prefere-se também dispositivos transparentes devido a facilidade de fazer marcações dos campos de tratamento e dos lasers (DIAS e SEGRETO, 2013).

- Braquiterapia

O objetivo da braquiterapia é tratar o volume tumoral ou o local onde este se encontra, preservando ao máximo os tecidos normais vizinhos. É conhecido como terapia de curta distancia, onde uma fonte encapsulada é colocada diretamente a uma distância de poucos centímetros do volume tumoral, sendo possível a irradiação de alvos muito pequenos com uma alta dose (OLIVEIRA, ca.2000).

A braquiterapia pode ser dividida em: intersticial, intracavitária ou endoluminal. Na intersticial a fonte de radiação é colocada diretamente no tecido a ser tratado, como exemplo da próstata ou mama. Na intracavitária a fonte é colocada dentro de uma cavidade como o útero, e a endoluminal a fonte é colocada dentro do lúmen do órgão como esôfago ou brônquio. Estes implantes são classificados em temporários ou permanentes. Quando temporário a fonte de radiação é deixada por um determinado período de tempo, variando de 24 a 168 hs, até que se atinge a dose prescrita. Nos implantes definitivos a fonte permanece no local definitivamente, para que a dose prescrita seja totalmente entregue até que sua radioatividade decaia a níveis negligíveis (DIAS e SEGRETO, 2013).

As vantagens deste tratamento são: as altas doses que atingem o tumor com menor incidência

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