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A Radioatividade

Por:   •  26/12/2018  •  3.919 Palavras (16 Páginas)  •  491 Visualizações

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O universo que nos cerca é constituído por substâncias diferentes, algumas com vida, outras não, que mudam de determinada forma química para outra. Com o intuito de explicar estas observações, vários cientistas conseguiram descobrir a menor partícula indivisível da matéria e foram além, mostraram que esta é composta por partículas ainda menores denominadas prótons, nêutrons e elétrons. O núcleo atômico, até então é tratado com pouca atenção, exceto quando ele sofre alterações. Russell (1994. p. 1237) diz que, “a carga nuclear afeta as propriedades atômicas, tal como o raio atômico, a eletronegatividade, a energia de ionização etc. O núcleo em si permanece inalterado durante uma reação química. Profundamente enterrado no centro do átomo, ele parece alheio a todo o tumulto e mudanças que ocorrem na região extranuclear. Mas o núcleo atômico pode certamente sofrer mudanças.” É importante ressaltar que, todos os átomos de determinado elemento químico apresentam o mesmo número de prótons; esse número é o número atômico do elemento. Entretanto, átomos de certo elemento podem conter diferentes números de nêutrons, que passam então a modificar o número de massa. “O número de massa de um átomo é a soma dos prótons e nêutrons presentes no núcleo” (PERUZZO e CANTO, 2010, p. 85). Há, portanto, átomos do mesmo elemento químico com mesmo número atômico, porem, com diferentes números de massa, os quais são conhecidos como isótopos. Isto acontece devido às modificações no núcleo do átomo onde o número de nêutrons é alterado.

Segundo Peruzzo e Canto (2010, p. 86), “isótopos são dois ou mais átomos que possuem mesmo número atômico.”, portanto, são representados pelo mesmo símbolo, o qual representa um determinado elemento químico. A diferença é determinada pela existência de outros isótopos, presentes no universo e que se apresentam em diferentes quantidades.

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Muitos elementos que possuem um ou mais isótopos tem seus núcleos instáveis podendo ter ao mesmo tempo propriedades úteis e perigosas. Um exemplo de isótopos naturais são os três isótopos de Urânio, que são Urânio-234, Urânio- 235 e Urânio-238, onde, os sufixos numéricos representam o número de massa de cada um. Geralmente serão usados os símbolos químicos que representam o elemento, neste caso, o índice superior representa o número de massa e o inferior, o número atômico.

A crescente busca de novas fontes de energia levou o homem a construir usinas nucleares, com a finalidade de aproveitar essa energia, utilizada para fabricar a bomba atômica, também para fins pacíficos. Essas substâncias contaminam plantas, rios, os animais e as pessoas em volta. Os dois elementos mais perigosos são o iodo radioativo e o césio, subproduto da fissão nuclear do urânio. Os níveis de radioatividade podem permanecer altos por décadas. Chama-se decaimento radioativo o processo pelo qual um isótopo radioativo, instável, perde energia espontaneamente e se transforma em átomo mais estável, não radioativo. Esse processo pode levar dias, como é o caso do iodo radioativo, ou décadas, no caso do césio radioativo. Apesar de ser eliminado em até 30 dias pelo corpo humano, o césio pode durar 60 anos no ambiente, até desaparecer completamente.

No solo a radiação contamina tudo que crescer nesse solo contaminado; na água a radiação pode depositar césio nos lençóis freáticos e contaminar quem entrar em contato com essa água, no ar grande parte dos elementos radioativos não ficam suspensos, mas alguns como o iodo radioativo continuam na atmosfera por um tempo e pode ser inspirado por animais e seres humanos, e dependendo do nível de radiação, o contato pode causar queimaduras na pele. Algumas substâncias radioativas produzidas nas usinas e nas explosões nucleares têm uma duração extremamente longa. Uma vez lançadas no ambiente, seus efeitos persistem até que a substância se desintegre, transformando-se em outra substância estável.

Além da morte imediata de inúmeros seres humanos e dos efeitos da radiação ao longo das gerações, uma guerra nuclear teria mais uma trágica conseqüência, conhecida como inverso nuclear. A poeira levantada pelas explosões atômicas, aliada a fuligem e a fumaça dos incêndios, impediria a penetração de luz na atmosfera, bloqueando por alguns anos a fotossíntese e fazendo cair vários graus a temperatura. Com isso, poderia ocorrer a extinção de numerosas espécies, inclusive o homem, que poderia ter um fim semelhante ao dos dinossauros, os quais, provavelmente, tiveram seu “inverso nuclear” provocado pelo impacto de um asteróide no planeta. Em nosso planeta, há uma pequena quantidade de radioatividade natural emitida por alguns elementos químicos, como urânio, rádio entre outros, que espontaneamente liberam radiações de seu núcleo, como partículas alfa e beta, raios gama e outros. Nesse processo, eles se transformam gradativamente em outros elementos, até produzirem átomos não radioativos, como o chumbo.

Surgem então novas fontes de perigo: a água usada na refrigeração dos reatores pode apresentar ligeira radioatividade ao ser devolvida ao ambiente. O uso de raios x e de mostradores luminosos em relógios e outros instrumentos que usam tinta com pequena quantidade de material radioativo, e mesmo a televisão em cores, contribuem para aumentar a taxa de radiação no ambiente. A poluição radioativa tem como fontes:

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• Substâncias radioativas naturais; são as substancias que encontramos no subsolo, e que acompanham alguns materiais de interesse econômico, como o petróleo e o carvão, que são trazidas para a superfície e espalhadas no meio ambiente por meio de atividades minerárias.

• Substâncias radioativas artificiais; substancias que não são radioativas, mas que nos reatores ou aceleradores de partículas são “provocadas”.

A fonte de poluição radioativa predominante é a natural, pois a poluição natural da terra é muito grande, decorrente do decaimento radioativo do urânio, do tório e outros radionuclídeos naturais. Finalmente, devemos lembrar que a poluição radioativa provém principalmente de; indústrias, medicina, testes nucleares, carvão, radônio, fosfato, petróleo, minerações, energia nuclear, acidentes radiológicos e acidentes nucleares. Por último podemos observar que em qualquer dos tipos acima expostos, a poluição pode ocorrer principalmente por meio de: Agentes bacteriológicos; tendo como causas esgotos e adubos, e consistindo na contaminação por bactérias, vírus e outros micróbios portadores de doenças.

Agentes químicos; tendo

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