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AGROECOLOGIA COMO FORMA DE PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL PARA ALIMENTAÇÃO SAÚDAVEL

Por:   •  10/6/2018  •  1.290 Palavras (6 Páginas)  •  432 Visualizações

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Para que haja o equilíbrio ambiental, os meios de produção nos sistemas de agricultura, seja ela orgânica, natural ou agroecológica, devem ser cultivados a partir de seus necessários cuidados, como por exemplo, evitar ou extinguir o uso de fertilizantes, agrotóxicos, aditivos e mudas alteradas geneticamente.

A prática agroecológica beneficia as diversas formas da agricultura, isto é:

- Aumenta a resistência ecológica;

- Melhoramento da saúde e consequente da nutrição humana, já que alimentos saudáveis ajudam o metabolismo humano;

- Reduz a incidência de doenças e alergias devido a eliminação de pesticidas e agrotóxicos nos alimentos e plantas/ervas comestíveis;

- Conserva a biodiversidade dos recursos naturais do meio ambiente, como o próprio solo, lençol freático, matéria orgânica e plantas;

- Amplia o conhecimento social a respeito da sustentabilidade em recursos da própria subsistência alimentar;

Por essas práticas do processo manutenção agroecológica entende sua importância conforme Weid (2012, p.10) afirma que:

Muito embora princípios da Agroecologia possam ser empregados por grandes produtores empresariais, o nível de eficiência econômica e ecológica nessas unidades de produção tende a ser muito menor do que quando aplicados em pequenas unidades de gestão familiar.

A agricultura familiar é mais apropriada para o estabelecimento de estilos de agricultura sustentável, uma vez que ocupa maior mão de obra, produz uma diversidade de culturas, que são próprias desta forma de organização da produção e assim, possui maior capacidade de proceder ao redesenho de agroecossistemas de maneira mais adequado aos ideais de sustentabilidade (CAPORAL; COSTABEBER, 2004).

Atualmente, a discussão sobre a agricultura familiar vem ganhando força social, no Brasil, passando a ser utilizada com mais frequência nos discursos dos movimentos sociais rurais, pelos órgãos governamentais e por segmentos do pensamento acadêmico, especialmente pelos biólogos, agrônomos e geógrafos. Por sua importância aqui no Brasil o quintal é o termo utilizado para se referir ao terreno situado ao redor da casa, definido, na maioria das vezes, como a porção de terra próxima à residência, de acesso fácil e cômodo, na qual se cultivam ou se mantêm múltiplas espécies que fornecem parte das necessidades nutricionais da família, bem como outros produtos, como lenha e plantas medicinais. Neles, por sua vez, encontram-se adaptadas espécies subutilizadas, muitas vezes oriundas da tradição popular nacional e, sobretudo, regional, isto é, uma variedade de espécies locais. Essa diversidade contribui não somente para a segurança alimentar e estabilidade econômica dos agricultores familiares, mas para o equilíbrio do sistema agroecológico como um todo. Já que as espécies selecionadas pelos agricultores para esses espaços são espécies nativas, elas apresentam um alto índice de produtividade e uma baixa necessidade de utilização de agroquímicos.

A ausência do quintal pode ser um fator de restrição da dieta, em especial dos alimentos fonte de vitaminas, minerais e fibras, como hortaliças e frutas. Outros aspectos relevantes referentes aos quintais referem-se à conservação das espécies cultivadas, a introdução de novas espécies conservando-se o germoplasma e a produção de plantas medicinais por populações rurais.

Considerações finais

A agricultura sob perspectiva de um sistema ecológico requer novos embasamentos que envolvem a compreensão dos atuais cenários e configurações da agricultura orgânica que têm como meta os aspectos socioculturais e os princípios da dignidade humana. Neste sentido, a agricultura orgânica apresenta-se como uma opção viável para inserção dos agricultores familiares no mercado e viabilizando a prática das bases do Desenvolvimento Sustentável, visto que esta pode resgatar antigas e construir novas formas de relação socioambiental, baseadas na cooperação, na solidariedade e no respeito à vida ambiental. Por conseguinte, a realização da agricultura em seu próprio quintal auxilia não apenas o desenvolvimento da sua subsistência, como também a alimentação destes que a utilizam.

Referências

CAPORAL, F. R. Em defesa de um plano nacional de transição ecológica: compromisso com as atuais e nosso legado para as futuras gerações. In: SAUER. S.; BALESTRO, M. V. (Orgs.) Agroecologia e os desafios da transição agroecológica. São Paulo: Expressão Popular, 2004/2009.

WEID, Jean Marc von der. Alimentando o mundo no século XXI. In: Agriculturas: experiências em Agroecologia.

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