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A Diversidade Funcional

Por:   •  22/5/2018  •  2.263 Palavras (10 Páginas)  •  287 Visualizações

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Específicos

Avaliar o índice de diversidade funcional de aves associadas a Floresta Atlântica litorânea bem como as associada à Caatinga no nordeste do Brasil;

Verificar se a quantidade e variedade de grupos funcionais podem estar relacionados com a riqueza de espécies em diferentes formações vegetacionais e a disponibilidade de recursos.

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Justificativa da pesquisa e Relevância do projeto

A diversidade funcional pode nos auxiliar a entender o funcionamento das comunidades relacionando os organismos e seus ambientes, com base na complementaridade no uso de recursos. Além disso, testaremos se a organização das comunidades pode ser determinada por filtros ambientais ou competição.

Nesse contexto, estudos que caracterizem a diversidade funcional das comunidades biológicas, associados às características do ambiente podem contribuir para com o esclarecimento sobre aspectos relacionados à ecologia dos organismos. Verificando se os fatores ecológicos revelam mais informações sobre as características das comunidades de aves que poderiam não estar implícitas quando são utilizados os índices clássicos de diversidade, ex. Shannon e Simpson.

Diante disso, analisando como estes grupos distribuem-se e respondem a variáveis ambientais, é possível analisar as consequências ecológicas e evolutivas que a perda da biodiversidade poderia causar, sendo possível monitorar os impactos ambientais decorrentes da perda de determinados grupos funcionais e não apenas da extinção de uma única espécie. Deste modo, esses aspectos se tornam relevantes do ponto de vista da conservação, auxiliando na formulação de planos de manejo efetivos e abrangentes.

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Estado da Arte/Referencial Teórico

Historicamente, os brejos de altitude são tratados como “ilhas” de floresta úmida associada a floresta Atlântica brasileira (Andrade-Lima 1982) que se estabeleceram como “áreas de exceção” dentro do domínio da Caatinga (Lins 1989). A existência destas ilhas de floresta está associada à ocorrência de planaltos e chapadas entre 500—1000m de altitude, onde as chuvas orográficas garantem níveis de precipitação superiores a 1200 mm/ano (Tabarelli & Santos 2004).

A hipótese mais aceita em relação à penetração da floresta atlântica nos domínios da Caatinga, está associada à variações climáticas ocorridas durante o Pleistoceno (últimos dois milhões - 10.000 anos). Andrade-Lima (1982), considera esses enclaves úmidos como refúgios atuais para espécies de floresta atlântica nordestina, dentro dos domínios da caatinga.

Como já citado, Rodal et al.(2008) demonstraram que florestas estacionais no nordeste brasileiro, incluindo florestas de altitude, compõem dois grupos florísticos, um associado com a Floresta Atlântica costeira e outro com o domínio das caatingas, e fornecem a hipótese que o Planalto da Borborema funcionaria como uma barreira geográfica que separa as duas floras. Como já citado, esse padrão também é similar ao de distribuição de aves (Mariano 2014). o interesse pela diversidade funcional está crescendo muito nos últimos anos, em diversos campos da Ecologia e em estudos com diversos grupos taxonômicos, sugerindo que o conceito está ganhando importância (Cianciaruso et al. 2009). devido a potencial relação entre a diversidade funcional e o funcionamento e manutenção dos processos das comunidades é necessário definir precisamente o conceito de diversidade funcional (Petchey& Gaston 2006).o conceito que de fato tem se mostrado mais aceito define diversidade funcional como sendo ‘o valor e a variação das espécies e de suas características que podem vir a influenciar o funcionamento das comunidades’ (Tilman 2001).

Dessa forma, medir a diversidade funcional significa medir a diversidade de características funcionais, que são componentes dos fenótipos dos organismos e influenciam os processos na comunidade independentemente da filogenia dos organismos (Cianciarusoet al. 2009). Com o crescente interesse por essa abordagem, várias medidas de diversidade funcional estão aparecendo na literatura (Cianciarusoet al. 2009). Por sua vez, essas métricas diferem na informação que contêm e na maneira com que quantificam a diversidade (Ricotta 2005, Petchey& Gaston 2006), podendo ser divididas em medidas categóricas ou contínuas.As medidas categóricas, são consideradas as mais comuns e mais antigas, ela estima a diversidade funcional de acordo com a riqueza de grupos presentes em uma determinado comunidade (e.g., Tilmanet al. 1997, Díaz & Cabido 2001), este método agrupa as espécies de modo que as espécies dentro de um mesmo grupo sejam mais similares entre si do que com espécies de diferentes grupos (Cienciaruso et al. 2009)., as características funcionais tem considerável influência na distribuição das espécies ao longo de gradientes ambientais (Ackerly & Cornwell 2007) e a perturbação ou variação dessas características, assim como a partilha de recursos entre as espécies concorrentes podem compreender a manutenção da diversidade (Tilman 1994).Sendo assim, modificações de habitat que causam alterações na diversidade e composição funcional são susceptíveis a ter grandes impactos sobres os processos do ecossistema (Tilman et al. 1997) sugerindo que o número de espécies que difere funcionalmente podem ser mais determinantes na manutenção das comunidades do que o número de espécies , por si só.

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Metodologia e viabilidade

- Área de Estudo

Serão usados dados de levantamento avifaunístico de 12 localidades dos estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará (Tabela 1).

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Comunidade

Localidade

Município

UF

Dom

Precipitação

Temp

Altitude

Latitude

Longitude

Referência

BETA

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