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A CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE

Por:   •  10/10/2018  •  4.654 Palavras (19 Páginas)  •  304 Visualizações

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A Physalis é uma frutífera que possui elevado valor nutracêutico e econômico, e está se incorporando ao quadro das pequenas frutas no Brasil. Por ser uma planta rústica e de boa adaptação, o cultivo se torna uma excelente alternativa de economia agrícola para pequenos e médios produtores, e com boas perspectivas de comercialização no mercado brasileiro. (HOFFMANN, 2003).

Há indicações de que ela seja proveniente da Amazônia ou da Colômbia, a Colômbia que além de ser um dos locais apontados como de principio da fruteira, também é o de maior produção. (FRANCO et al., 2007). No Brasil, encontra-se principalmente no Norte e Nordeste, sendo conhecido como: camapu, camambu, camaru, joá-decapote,joá-poca, balão-rajado, saco-de-bode, bucho-de-rã e mata-fome (LORENZI; MATOS, 2002; CARRASCO; ZELADA, 2008).

O nome Physalis é de origem grega, onde “Physa” significa bolha ou bexiga, relacionando-se com a aparência do cálice que sustenta seus frutos. (TOMASSINI et al., 2000). Trata-se de uma planta herbácea, ereta, medindo 40-70 cm de comprimento (LORENZI & MATOS, 2008). Eles são pequenos e redondos, com coloração alaranjada quando maduros, (FREITAS & OSUÑA, 2006).

A espécie Physalis peruviana L., é da família das Solanáceas, a mesma do tomate, da batata, do pimentão e das pimentas. Contém compostos bioativos como os alcalóides, os flavonoides, os esteróides, bem como ácidos graxos de cadeia linear, carotenóides e ácido ascórbico (ARRUDA, 2008). Apresenta bom potencial farmacológico, pode ser utilizado na prevenção e, ou, na cura de diversas doenças tais como a malária, asma, hepatite, dermatite e reumatismo.

Além disso, tem ação anti-cancerígenas, anti-micobacterianos, antipirética, imuno-modulatória e diurética, estudos afirmam que possui níveis altos de fisalina, higrina, tropeína, substâncias que atuam no sistema imunológico humano evitando a rejeição de órgãos transplantados (SOARES et al. 2006).

Na medicina popular a physalis é conhecida por purificar o sangue, fortalecer o sistema imunológico, aliviar dores de garganta e ajudar a diminuir as taxas de colesterol. A população nativa da Amazônia utiliza os frutos, folhas e raízes no combate à diabete, reumatismo, doenças da pele, bexiga, rins e fígado.

Ela é açucarada, contém vitaminas A, C, fósforo e ferro além de flavonóides, alcalóides, fitoesteróides, carotenóides e compostos bioativos considerados funcionais. Pode apresentar capacidade antioxidante, ou seja, combater os radicais livres, moléculas instáveis de meia vida curta, altamente reativas que afetam com seus efeitos nocivos, as diversas manutenções das funções fisiológicas do corpo. (CHAVES et al., 2005; DALL’AGNOL, 2007).

Quando a produção de Radicais livres ultrapassa a capacidade antioxidante, ocorre um desequilíbrio, alterando o balanço oxidante-antioxidante, resultando no estresse oxidativo. A atividade antioxidante é capaz de amenizar o impacto em sistemas vivos. Os antioxidantes impedem que o oxigênio se combine com moléculas suscetíveis, ou neutralizam a formação de radicais livres e espécies reativas do metabolismo do oxigênio, formando compostos menos reativos. Eles podem ser compostos moleculares de origem exógena como as vitaminas, obtidos através da alimentação, ou enzimas endógenas do sistema de defesa antioxidante. (GOTTLIEB et al., 2010).

O sistema de defesa pode ser alcançado por diferentes mecanismos de ação, sistemas de prevenção: inibindo a formação de radicais livres ou espécies não radicais. Sistemas varredores: que impedem a ação dos mesmos. E sistemas de reparo: onde ocorre o reparo e a reconstituição das estruturas biologicas prejudicadas. (KOURY; DONANGELO, 2003).

São divididos em enzimático e não enzimatico. O não enzimático abrange uma grande variedade de substancias antioxidantes, que podem ser de origem endógena ou dietética.

O sistema de defesa não-enzimático compreende principalmente os antioxidantes obtidos pela dieta, como vitaminas, minerais, e compostos fenólicos. O ácido ascórbico (vitamina C), o α-tocoferol e β-caroteno, precursores das vitaminas E e A, respectivamente, são compostos vitamínicos potencialmente antioxidantes. Outros carotenóides sem atividade de vitamina A, como licopeno, luteína e zeaxan-tina, também o são. Entre os minerais destacam-se o zinco, cobre, selênio e magnésio. (BIANCHI; ANTUNES, 1999).

Em quantidades satisfatórias, as substâncias presentes nos frutos podem ser capazes de proteger as células contra processos degenerativos, atuando na possível prevenção de infecções e doenças, proporcionando a sustentabilidade e a manutenção de metabolismos reparatórios e compensadores, como a função antioxidante (NEVES, 2012).

METODOLOGIA

O fruto analisado no presente estudo foi o de Physalis peruviana L. Comprado em Super Mercado de Macapá/AP, os quais foram importados da Colômbia e comercializados em embalagem com 100g de frutos envoltos no cálice. Utilizou-se de toda a parte comestível do fruto (casca e polpa), onde os frutos inteiros e processados foram armazenados em freezer a -12ºC até o momento da análise. Os testes foram realizados no laboratório do Instituto de pesquisas ciêntificas e tecnológicas do Estado do Amapá (IEPA).

Foi determinado a composição centesimal do fruto: umidade, lipídios, proteínas, cinzas e carboidratos. Os compostos bioativos: Antocianina, Polifenol, Flavonoides, e Carotenoides, e também a atividade antioxidante pelos métodos β-Caroteno/Ácido Linolênico e DPPH. Para a análise dos dados utilizou-se o programa EXCEL.

Análise da composição química

Para as análises das composições químicas, realizadas em triplicata, foram utilizadas as metodologias do Instituto Adolfo Lutz (2008) que se trata de metodologias padrões para análises físico-químicas de alimentos. E Bligh; Dyer (1959) para a determinação de lipídeos a frio.

Determinação da Umidade por secagem (IAL, 2008):

A umidade foi determinada pela perda por secagem, onde uma quantidade definida das partes da fruta fresca previamente triturada foi colocada em cadinho previamente seco e tarado que foi levado a estufa de marca TECNAL, modelo TE-395 à 105°C até peso constante. O peso da água evaporada é igual à diferença entre o peso da amostra úmida e o peso da amostra seca. Para o calculo da % de umidade aplica-se a seguinte fórmula:

Massa Seca = (Massa Final – Massa Inicial) x 100

Massa

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