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Resumo Paul Kennedy

Por:   •  4/10/2018  •  1.385 Palavras (6 Páginas)  •  329 Visualizações

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A Inglaterra aumentou muito seu endividamento público, mas foi possível para o país suportar este aumento devido ao cenário de crescimento interno. Ao mesmo tempo, a França crescia a uma taxa bem menor que a inglesa e a sua agricultura continuava ineficiente. O exército francês conseguiu se manter com os impostos e indenizações cobradas dos territórios conquistados, que deram um grande alívio às finanças do país. Uma série de batalhas foram travadas com várias reviravoltas diplomáticas, mas Napoleão perde a guerra em 1815 por uma coalizão entre Rússia, Prússia, Áustria, Suécia, Espanha, Portugal e Reino Unido; com um exército muito diferente do original, menos treinado e com menores recursos e com uma grande importância econômica inglesa, que ofereceu subsídios e armas para o exército de sua coalizão.

Concluindo o livro com o epílogo, o autor faz uma afirmação muito importante: “O Sistema Internacional muda constantemente, não apenas por causa de decisões de estadistas ou eventos políticos e militares, mas também por causa de transformações nas fundações do poder mundial, que cedo ou tarde aparecem na superfície”. Sendo assim, o futuro é incerto podendo ocorrer as mais diversas transformações, não sendo do interesse do ator tentar criar teorias ou regras gerais sobre a dinâmica internacional.

O autor diz ainda que a balança do sistema internacional sempre irá se alterar, nunca sendo a mesma, tendo em vista que a riqueza e o poder são sempre relativos e todas as sociedades são sujeitas a mudança. A história das relações internacionais é portanto uma história de guerra ou de preparação para a guerra, com os Estados consumindo recursos que poderiam ser utilizados para outros bens, sejam eles públicos ou privados.

O autor termina então seu livro falando sobre o padrão que a ordem mundial continuará a seguir a partir de 1987, tempo de sua escrita:

- Uma diminuição relativa dos gasto militares e na participação da produção mundial dos 5 grandes poderes da época da escrita (EUA, URSS, Japão, China e Europa).

- Alteração da balança produtiva mundial para Japão e China.

- Em termos militares o mundo ainda é bipolar, pois só os EUA e a URSS possuem poder para destruir a outra, porém este cenário está mudando:

- Devido ao aumento do arsenal nuclear de outras nações (China, França e Grã-Bretanha).

- O Fortalecimento Chinês.

- A possível união da Alemanha e França (ainda com Italia e Reino Unido) podem criar um grande poder mundial se essas nações descobrirem como trabalhar juntas.

- O possível surgimento de uma nova liderança japonesa que resolvesse traduzir a força econômica do país em força militar, mas com a impossibilidade do país virar um grande poder (na opinião do autor).

Assim, para o autor, os grandes poderes de sua época devem seguir os mesmos dilemas antigos: O crescimento econômico desigual, com o surgimento de diferentes inovações ao redor do mundo; e o equilíbrio entre o gasto militar necessário para defesa e o investimento em criação de riquezas.

É interessante notar que a dinâmica entre economia e poder estabelecidas pela tese do autor se confirmaram para a URSS: as despesas militares do país sobrecarregaram o orçamento e comprometeram a produtividade da economia soviética, prejudicando outros setores da atividade industrial do país.

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