Os filmes “Que Horas Ela Volta? E “Tudo Sobre Minha Mãe”
Por: Carolina234 • 10/4/2018 • 3.299 Palavras (14 Páginas) • 386 Visualizações
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Sufragista: esse filme mostra o contexto histórico e social de uma época, em que as mulheres quase não tinham voz perante a sociedade, sendo submissos e trabalhando muito numa fábrica em condições precárias com longas jornadas de trabalho e sem direitos trabalhistas. A historia é baseada em fatos reais, e se passa na Inglaterra no século XiX nos anos de 1912.
O foco principal do filme é a luta por direitos iguais ao voto, mas também são retratadas outras situações como o trabalho exaustivo, a família patriarcal, a dupla jornada da mulher (funcionária e dona de casa, mãe), a falta de direitos trabalhistas como jornadas de trabalho excessivo, condições degradante, algumas mães levavam filhos para a fábrica, temperaturas altíssimas, falta de segurança no trabalho entre outros. Por isso esse filme é também sobre a luta de direitos sociais e de melhorias nas condições de trabalho da mulher.
Nessa época a mulher não era ouvida em suas reivindicações porque a sociedade elitizada é machista, subjugava a mulher excluindo-a de tomar partido nos acontecimentos em especial na política.
A relação entre os filmes: Persépolis, miss Simone e as sufragistas é o feminismo, a luta contra a opressão e o machismo e a busca por direitos sociais, políticos.
É importante lembrar que essas lutas feministas retratada nos filmes se passam em épocas e sociedade diferentes, com mulheres de idades e classes sócias diferentes, mas que almejam os mesmos objetivos.
Também é importante fazer um parâmetro sobre a condição da mulher no Brasil e quica no mundo onde ainda há muita opressão, machismo e falta de voz feminina no Brasil, por exemplo, a mulher também não tinha participação na política. No século XIX (como filme sufragista) a primeira constituição 1824 tinha caráter elitista e era exigida a comprovação de renda para votar e ser votada e exercer cargos públicos, fato que já excluía a participação das mulheres.
Essa constituição era omissa em relação as mulheres e indígenas. No caso das mulheres o que prevalecia era o costume. Não havia impedimento legal ao voto feminino, mas como as mulheres eram vistas como intelectuais inferiores aos homens, elas também estavam impedidas de votar e de se candidatar a cargos políticos, na versão patriarcal da época o papel das mulheres era cuidar dos filhos e de fazeres domésticos, cabia ao homem exercer a função da vida publica.
Até hoje a participação da mulher é ainda muito restrita em alguns setores considerados pela sociedade como exclusivo masculino, é o caso da política, que são necessárias leis com cotas para a participação obrigatória da mulher na política. Também nos setores militares - exercito marinha, e aeronáutica, é facultativa a participação e quando exerce cargos altos, muitas vezes não são bem vistos pelos homens que são seus subordinados. Tem também a questão do salário inferior a dos homens em cargos iguais. Sem falar em outros setores como no esporte por exemplo que são ainda considerados exclusivos para homens, basta ver o futebol feminino do Brasil.
Há ainda países onde as mulheres não possuem direitos, nem sobre si mesmos e são meros objetos de interesses econômicos e sociais, como na Índia e no Oriente Médio, são trocados por dotes de casamento e são submetidas a uma serie de restrições sociais, e há um conceito superior ao sexo masculino. Também devem ser castas/virgens para pudessem se casar no Brasil também ocorreu, havia um pensamento legitimo sobre a honra masculina, se a mulher não fosse virgem era devolvida aos pais e era excomungada por vergonha a família. Muitas mulheres mães solteiras criavam seus filhos m lugares considerados prostíbulos por não terem pra ode vir e nem como sobreviver numa sociedade que as excluíam.
A luta por mais participação política, social e de direitos iguais do movimento feminista, no mundo não acabou, ainda há muito a conquistar e sesse movimento feminista tem ganhado força no mundo todo, rompendo barreiras históricas de classes sociais, econômicas e políticas onde as mulheres entoam seus gritos por liberdade e direitos.
Considerações finais
Referencias bibliográficas
BUTTLER, Judith. Deshacer el género.Paidos Stúdio; Cultura libre: Espanha, 2006.
www.mapardaviolencia.org.br
ONU: mulheres/brasil: Entidade das nações unidasa para a igualdade de gênero e empoderamento das mulheres. Homicidios contra negros aumenta 54% em 10 anos, aponta mapa da violência 2015. Acesso em 08/07/2016.
ROSA, Ana Beartriz: ViolÊncia homefóbica: Brasil tem 5 denuncias por dia, mas números reais são muitos maiores. HUFFPOST Brasil, 2016. Acesso em 08/07/2016.
SAFFIOTI, HEleieth J.B. COSTA, Albertina de Oliveira; BRUSCHINI, Cristina . Uma questão de gênero. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos; São Paulo: Fundação Carlos Chagas, 1992.
Citações
Que horas ela volta e Persépolis:
Feminismo: (sobre os movimentos feministas) e das “minorias”
As sufragistas: ao [esses movimentos]... “Todos han hallado importantes recursos conceptuados y politicos em el feminismo, y el fenômeno continua planteando desafios a estos movimentos y funcionando como um aliado importante ...”.
Persepolis: “...Feminismo há enfrentado siempre la violencia contra las mujeres, sexual e no sexual, lo cual deberia servir de base para alianza com estos otros movimentos, ya que la violencia fábrica contra los europeus es parte de lo que une el activismo antihomofibo, antirracista, feminista, trans e intersexual” ( BUTTLER, 2006 p. 23-24)
O que aconteceu?
Miss Simone?
“A violência contra a mulher não é um fato novo, pelo contrario, é tão antigo quanto a humanidade. O que é novo, e muito recente é a preocupação com a superação dessa violência coo condição necessária para a construção de nossa humanidade. E mais novo ainda é a jurisdição do problema, entendo como criminalização da violência contra as mulheres, não só pela letra das nossas normas ou leis, mas também e fundamentalmente pela consolidação de estruturas específicas, mediante as quais o aparelho policial/ou jurídico pode ser mobilizado para proteger criticas e/ ou punir os agressores. No Brasil, em agosto de 2006, era sancionada a lei 11.340, conhecida como Lei Maria da
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