Mearsheimer. "A tragedia da política das grandes potências"

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de modo que sangrem um ao outro até a última gota, enquanto o atiçador permanece com seu poder militar intacto.

o Sangria

 Assegurar-se de que uma guerra entre os rivais se transforme em um conflito prolongado e dispendioso que enfraqueça o poder dos mesmos; porém nesse sentido, os rivais iniciariam a guerra de maneira independente, sem qualquer tipo de atiçamento.

 Estratégias para controlar os agressores:

o Equilibração: uma grande potência assume a responsabilidade direta de combater seu oponente.

 Há três medidas para que a equilibração seja bem sucedida:

• Enviar sinais claros (através de canais diplomáticos) de que o Estado está firmemente empenhado em equilibrar o poder, mesmo que isso implique em fazer guerra;

• Trabalhar na criação de uma aliança defensiva que os ajude a conter seu perigoso oponente (em um mundo bipolar há limitações para essa manobra, pois não é possível que duas grandes potências sejam aliadas >> equilíbrio externo<< , ainda que se possa fazer aliança com potências menores;

• Os estados ameaçados podem contrabalançar um agressor mobilizando por si próprios recursos adicionais, como por exemplo gastos com a defesa podem ser aumentados ou recrutamento implementado (essa ação é chamada de equilíbrio interno).

o Delegação:

 Um estado ameaçado tenta levar outro a suportar o fardo de dissuadir ou possivelmente combater um agressor, enquanto permanece à margem;

 Medidas para fazer a delegação dar certo:

• Tentar ter boas relações diplomáticas como agressor ou não provocá-lo.

• Manter relações frias com o estado delegado para que não haja desentendimentos com o estado agressor e que o estado delegador não seja arrastado para uma guerra junto com o delegado.

• Mobilizar por si próprios recursos adicionais para fazer com que a delegação resulte.

• Permitir ou facilitar o aumento do poder do desejado estado delegado.