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Tragédia em Mariana

Por:   •  22/1/2018  •  1.439 Palavras (6 Páginas)  •  286 Visualizações

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Em Governador Valadares, MG, mesmo a 300 km de Mariana, sua SAAE, apresentou um laudo com oitenta vezes mais turbidez do que o tolerável além de níveis de ferro treze mil vezes mais do que o tratável. O abastecimento de agua foi precário e a população sofreu com essa situação. A prefeita declarou estado de calamidade. O atendimento foi feito via unidades de saúde e se preparam para possíveis doenças que venham a surgir por falta de água e de uso contaminado.

Caracterizar os diferentes discursos e interesses do conflito

De acordo com o Governador de Minas Gerais Fernando Pimentel, a COPASA (Companhia de Saneamento de Minas Gerais), apresentou um laudo negando a existência de metais pesados na água que contraria os laudos do Baixo Guandu emitidos anteriormente. O grupo conclui que há um grande interesse político por detrás deste paradoxo, vale a pena afirmar que o atual Governador pode estar usando de artifícios para poder proteger seu mandato atual.

O prefeito declarou que os municípios da região articulam um plano de ação para enfrentar problemas relacionados a interrupção do abastecimento.

Que soluções e encaminhamentos estão sendo propostos

- Moradia – 100% das pessoas desalojadas morando em casas. No dia 23 de dezembro de 2015, todas as famílias de Mariana e Barra Longa afetadas pelo acidente já estavam instaladas em casas alugadas ou de familiares, com exceção de três que optaram por permanecer em hotel. A Samarco também se comprometeu a antecipar o valor de R$ 20 mil para cada família que tenha sofrido deslocamento físico, ou seja, que ficou desalojada. Foram R$10 mil não dedutíveis da indenização e outros R$ 10 mil em carácter de antecipação de indenização as famílias desalojadas.

- Assistência às famílias com vítimas– Acordo parcial com o Ministério Público de Minas Gerais – formaliza diversas ações de assistência às famílias afetadas, dentre as quais destaca-se o pagamento espontâneo de uma antecipação de indenização no valor de R$ 100 mil para cada família de falecidos e desaparecidos no acidente.

- Educação – para que as crianças e adolescentes pudessem finalizar o ano letivo de 2015, a Samarco se mobilizou para oferecer uma nova infraestrutura aos estudantes das comunidades impactadas. No dia 16 de novembro, 11 dias após o acidente, os jovens começaram a retornar às aulas. Mais de 600 alunos receberam acessórios escolares.

- Agentes de saúde– percorrem as residências de Governador Valadares para realizar, junto à comunidade, um trabalho preventivo de controle de endemias, principalmente dengue, leptospirose e leishmaniose, além da presença de escorpiões.

Considerações Finais

O acidente em Mariana liberou cerca de 62 milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração, que eram formados, principalmente, por óxido de ferro, água e lama. Apesar de não possuir, segundo a Samarco, nenhum produto que causa intoxicação no homem, esses rejeitos podem devastar grandes ecossistemas.

A lama que atingiu as regiões próximas à barragem formou uma espécie de cobertura no local. Essa cobertura, quando secar, formará uma espécie de cimento, que impedirá o desenvolvimento de muitas espécies. Essa pavimentação, no entanto, demorará certo tempo, pois, em virtude da quantidade de rejeitos, especialistas acreditam que a lama demorará anos para secar. Enquanto o solo não seca, também é impossível realizar qualquer construção no local.

A cobertura de lama também impedirá o desenvolvimento de espécies vegetais, uma vez que é orgânica, o pobre em matéria que tornará, portanto, a região infértil. Além disso, em virtude da composição dos rejeitos, ao passar por um local, afetarão o pH da terra e causarão a desestruturação química do solo. Todos esses fatores levarão à extinção total do ambiente presente antes do acidente.

A grande quantidade de lama lançada no ambiente afeta os rios não apenas no que diz respeito à vida aquática. Muitos desses rios sofrerão com assoreamento, mudanças nos cursos, diminuição da profundidade e até mesmo soterramento de nascentes. A lama, além de causar a morte dos rios, destruiu uma grande região ao redor desses locais. A força dos rejeitos arrancou a mata ciliar e o que restou foi coberto pelo material.

Por fim, espera-se que a lama, ao atingir o mar, afete diretamente a vida marinha na região do Espírito Santo onde o rio Doce encontra o oceano. Biólogos temem os efeitos dos rejeitos nos recifes de corais de Abrolhos, um local com grande variedade de espécies marinha.

Referências Bibliográficas:

http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/tragedia-em-mariana-barragem-de-fundao-tinha-lama-da-vale

http://noticias.terra.com.br/brasil/desastre-em-mariana-e-o-maior-acidente-mundial-com-barragens-em-100-anos,874a54e18a812fb7cab2d7532e9c4b72ndnwm3fp.html

http://territoriopress.com.br/13139/samarco-faz-balanco-de-acoes-realizadas-em-60-dias-2/

http://www.cptnacional.org.br/index.php/publicacoes/noticias/conflitos-no-campo/2964-mariana-corre-risco-de-se-tornar-uma-cidade-com-solo-infertil-diz-pesquisador

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