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Integração Regional e o Mercosul

Por:   •  24/3/2018  •  1.785 Palavras (8 Páginas)  •  283 Visualizações

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6- O processo de concentração mundial de capital (a transnacionalização do capital como fator de poder)

Os processos de urbanização e de surgimento das empresas multinacionais vêm ocorrendo quase que simultaneamente aos países. Os grandes centros urbanos que surgem são usados como uma espécie de centros econômicos, comerciais e financeiros das multinacionais cujos núcleos se localizam nas economias dominantes. Essas multinacionais descentralizam o poder dos países mas trazem consigo uma integração econômica que garante um poder mais total.

Com as economias mais integradas, o próprio capital não mais se limita às fronteiras de blocos políticos ou sistemas econômicos e pode circular por todo o sistema econômico internacional. Outra consequência é que há também uma integração do político, financeiro, cultural e militar. O alargamento econômico força a necessidade de um aumento do poder político que se equipare. Com o capitalismo há uma tendência de as empresas concentrarem capitais e se manterem no poder através da concentração de capital. O problema é que essa monopolização que busca maximizar ganhos está nas mãos de uma minoria de gigantes multinacionais e muitos se perguntam até que ponto essa concentração consegue ir.

6.1- Os efeitos da transnacionalização

Nesse tópico questiona-se primeiro se os investimentos estrangeiros são positivos ou negativos para um país já que se por um lado o investimento ajuda na economia, ele também pode ciar uma dependência ao capital externo que preocupa os governos nacionalistas. Muito além da internacionalização do capital, a própria produção das indústrias também se internacionaliza cada vez mais. Tudo isso acompanha uma nova forma de imperialismo, já que as transnacionais maiores garantem um poder que ultrapassa fronteiras e cria uma força que frequentemente põe em risco a autonomia nacional das decisões. Especialmente para os países em desenvolvimento, o comércio mais internacionalizado pode significar perda de mercado quando competindo com transnacionais com núcleo em potências, essas empresas estão amparadas pelos Estados de origem.

Capítulo 5 – O Estado, a Economia e a Integração

1- A função do Estado

Na América Latina a organização administrativa ainda tem fortes referências à estrutura das metrópoles da península ibérica, mesmo hoje são poucas as mudanças feitas. Um contribuinte para essa forma de governo é que deixaram que homens pouco familiarizados com política e suas nuances ficassem no comando em vez de dar preferência a quem possuía mais conhecimento. Priorizou-se o latifúndio, o Estado permitia que os ricos fazendeiros sonegassem impostos e os pobres sequer conseguiam garantir sua subsistência. No presente essa cultura de o Estado proteger e privilegiar os poderosos prevalece, mas hoje também as indústrias ganham proteções de mercado contra produtos importados. O governo chega mesmo a cobrir gastos com certos serviços das empresas e prejuízos por causa da pressão que para satisfazer as classes dominantes. As empresas acabam por ficar dependentes do governo e qualquer crise pública pode e vai afetar diretamente o setor privado e encadear uma série de fracassos de empresas nacionais.

2- As modificações políticas e o papel do Estado

As mudanças ocorrem lentamente mas já são observáveis. Se antes havia uma pressão por parte dos poderosos, latifundiários que queriam meios de continuar com seus benefícios e acumular mais riquezas, agora surgem as massas que querem participar e reclamar poder e conseguir reformas. Isso divide o Estado que parece caminhar entre arranques e guinadas, sendo pressionado de um lado pelos conservadores e do outro pelos reformistas. Cada assunto que o governo trata parece estar dividido sob duas óticas e cada decisão tomada é cercada de contradições. Assim fica complicado dizer se a integração será capaz de se desenvolver diante de interesses e ações tão contraditórias.

3- O Estado e o desenvolvimento econômico

O intervencionismo estatal parece mais forte nos países menos desenvolvidos. O Estado entra como um subsidiário, dando desde infraestrutura até ajuda financeira para as empresas privadas possam se desenvolver. O problema para as empresas pequenas é quando o Estado não assume o papel de subsidiário: nesse caso seria necessário recorrer ao crédito internacional, mas como o investimento é de lenta recuperação é difícil conseguir crédito lá fora. Os governos militares e mesmo depois deles deixavam a questão da balança comercial em último lugar nos interesses então o desenvolvimento econômico como um todo sofreu estagnação por vários anos. O autor ressalta porém que não é possível levar em consideração apenas os investimentos estatais na economia, mas também aqueles que tinham intenção social.

4- A função do Estado na mudança social e as ideologias políticas

Com o papel de promotor do desenvolvimento, o Estado precisa se livrar das pressões empresariais e administração conservadoras que o impedem de avançar qualitativamente. Ele precisa criar toda uma gama de ações apoiados pelos cidadãos para alcançar seus objetivos de desenvolvimento econômico e social.Na Europa a subida de governos mais socialistas e democráticas é um sinal de que há um entendimento melhor do papel que o Estado tem se comparado ao continente Latino Americano. Lá, acontece um incentivo em desenvolver as partes menos desenvolvidas da sociedade, mais que isso, regionalmente os países europeus se uniram em esforços para integrar zonas menos desenvolvidas. O autor considera então que os avanços econômicos não são provenientes de um milagre da economia liberal mas que são resultados de ações (deliberadas ou não) comandadas pelo Estado. O liberalismo então criaria mitos sobre como alguns estilos produtivos são vantajosos, mas há neles um certo caráter elitista já que exigem muito sacrifício do povo. No final parece não haver uma resolução,

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