Imigração Síria no Brasil
Por: Sara • 23/2/2018 • 1.446 Palavras (6 Páginas) • 343 Visualizações
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ajuda para eles conseguirem sobreviver. Com o dinheiro que ganham aqui, tem que pagar aluguel, comprar coisas de necessidade básica e ainda pagar o dinheiro que pegaram emprestado para vir para cá.
Mesmo com tantas dificuldades, eles preferem estar aqui do que em um pais praticamente destruído onde não sabem se vão continuar vivos.
A resolução normativa que facilita a emissão de vistos iria acabar agora em Set/2015, mas devido a situação da guerra ela foi prorrogada. Ultimamente os sírios são a maioria entre os povos refugiados no brasil
Além dos sírios, muitos palestinos têm vindo para o brasil.
Primavera Árabe
A Primavera Árabe foi um importante movimento político de levantes populares que começou na Tunísia em 2010 após um jovem camelô ter suas mercadorias tomadas pelo governo e não podendo exercer o seu trabalho, como protesto o jovem foi a uma praça pública e ateou fogo em seu próprio corpo até a morte. O povo então indignado, se juntou e foi as ruas para protestar contra o governo, gerando uma revolta de toda a população da Tunísia que culminou na renúncia do Presidente Ben Ali que já estava no poder há 23 anos. Vendo o sucesso da Tunísia através de redes sociais e noticiários internacionais, os outros países Árabes resolveram ir às ruas para acabar com seus governos ditatoriais, e uma nova onda de protestos populares estouraram no Egito, Líbia, Iêmen e Síria. No caso da Síria os protestos tiveram uma reação diferente pois o então presidente e ditador Bashar Al-Assad que assumiu em 2000 o posto de seu pai Hafez Al-Assad, colocou as forças armadas do país para enfrentar os protestantes, gerando ainda mais revolta na população contrária ao governo de Bashar Al-Assad e matando muitos inocentes, além de desencadear uma guerra civil na Síria que dura até os dias de hoje.
Um pouco sobre a guerra civil da Síria
Para entender os conflitos na Síria é necessário primeiro voltar na história até o fim da primeira guerra mundial aonde o império europeu, principalmente ingleses e franceses, projetaram suas influências sobre o território do Oriente Médio, criando assim fronteiras artificiais que contemplam uma diversidade muito grande de culturas, etnias e religiões em um grande mosaico étnico. Os protestos de parte da população Síria contra o presidente e ditador Bashar Al-Assad são principalmente o dos Sunitas (um dos seguimentos mais conhecidos do Islamismo) e os Jihadistas (alguns ligados a rede Al Qaeda), ambos formam vários grupos armados contra o governo Sírio. Os Sunitas são contra o governo de Bashar pois ele é pertencente ao seguimento do Islã conhecido como Alauítas, e tem como aliado os Xiitas (outro seguimento muito conhecido do Islamismo) e os cristãos que ali vivem. O que parecia então na época da primavera árabe ser um conflito do povo contra o seu governo ditatorial hoje se mostra um pouco mais confuso, como uma guerra de grupos religiosos buscando o poder. Os Sunistas e Jihadistas contra o governo por não se sentirem representados pelo presidente Bashar Al-Assad e os Alauítas, Xiitas e cristãos a favor de Bashar pela sua representatividade e poder na Síria. A guerra tomou rumos sangrentos e intensos em 2013 depois que a cidade de Damasco foi atingida por um bombardeio de foguetes com agentes químicos. Muitos governos, principalmente no mundo ocidental e árabe, afirmaram que o ataque foi realizado por forças do presidente sírio Bashar Al-Assad, uma conclusão ecoada pela Liga Árabe e pela União Europeia. O governo Sírio, apesar de não admitir a autoria do ataque, declarou a sua intenção de aderir à Convenção de Armas Químicas (acordo sobre controle de armas, que proíbe a produção, o armazenamento e o uso de armas químicas) e destruir suas armas químicas. Essa guerra civil na Síria dura até os dias de hoje e já deixou mais de 240 mil mortos, incluindo 12 mil crianças. E o número de refugiados sírios já passam de 4 milhões segundo a ONU.
(DE ACORDO COM O OBSERVATÓRIO SÍRIO PARA OS DIREITOS HUMANOS OSDH 06/08/2015 17H26)
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/08/guerra-na-siria-ja-deixou-240-mil-mortos-entre-eles-12-mil-criancas.html
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/07/numero-de-refugiados-sirios-supera-recorde-e-chega-a-4-milhoes-diz-onu.html
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