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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS

Por:   •  17/5/2018  •  2.981 Palavras (12 Páginas)  •  355 Visualizações

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“O pensamento de Wilson e Angell está fundamentado em uma visão liberal dos seres humanos e da sociedade: os homens são racionais e, [...], podem estabelecer organizações capazes de gerar benefícios a todos.” (p. 66)

“[...] dos anos 1920 e 30, quando a democracia liberal sofreu duros golpes com o crescimento das ditaduras fascista e nazista [...], além do autoritarismo que aumentou em muitos dos novos Estados da Europa Central e da Oriental [...]. Sendo assim, ao contrário das esperanças de Wilson, a difusão da civilização democrática não ocorreu.” (p. 67)

“[...] A quebra de Wall Street, em outubro de 1929, marcou o início de uma severa crise econômica [...] e envolveu duras medidas de protecionismo econômico. [...] Em um contraste irônico à visão de Angell, era cada país por si [...] – uma “selva” em vez de um “zoológico”. O momento histórico estabeleceu a base para um entendimento menos esperançoso [...]” (p. 68)

“O idealismo liberal não foi uma boa orientação intelectual para as relações internacionais nos anos 1930. [...] O pensamento acadêmico de RI começou então a falar da linguagem clássica de Tucídides, Maquiavel e Hobbes, na qual o poder é o elemento central.” (p. 69)

“[...] Enquanto os Estados soberanos forem a forma de organização política dominante, a política de poder continuará e os países terão de cuidar da sua segurança e se preparar para a guerra. Portanto, nenhuma das grandes guerras do século XX foi um evento incomum. Quando existe um equilíbrio de poder estável, os Estados soberanos podem viver em paz uns com os outro durante longos períodos, mas, em alguns momentos, esse equilíbrio precário se rompe e é provável que haja guerra.” (p. 72-73)

“Em resumo, o realismo clássico de Carr e Morgenthau associa uma visão pessimista da natureza humana a uma noção de política de poder entre os Estados, presente na anarquia internacional. Não veem nenhuma perspectiva de mudança nessa situação: para os realistas clássicos, Estados independentes em um sistema internacional anárquico são uma característica permanente nas RIs. A análise realista clássica surgiu para conquistar os princípios básicos da política europeia nos anos 1930 e a política mundial na década de 1940 com muito mais sucesso do que o otimismo liberal. [...]” (p. 73)

“[...] A lógica do realismo prevaleceu [...]. O resumo de Morgenthau do realismo em seu livro de 1948 passou a ser a apresentação-padrão de RI nos anos 1950 e 60. No entanto, [...] muitos liberais admitiram que o realismo era a melhor orientação [...] nas décadas de 1930 e 40, mas o consideraram um período anormal e extremo. [...]” (p. 74)

“[...] as primeiras gerações de estudiosos de RI [...] trouxeram uma abordagem humanista e histórica ao estudo da disciplina. [...] se baseia na filosofia, na história e no direito e é caracterizada “acima de tudo pela confiança explícita no exercício do julgamento” (Bull 1969). [...] Isso porque o desenvolvimento do uso do poder em relações humanas, [...], sempre precisa ser justificado, e, sendo assim, nunca pode ser completamente separado das considerações normativas. Esse modo de estudar RI é conhecido em geral como abordagem tradicional ou clássica.” (p.74-75)

“Assim como os pesquisadores de ciência são capazes de formular “leis” objetivas e demonstráveis para explicar o mundo físico, a pretensão dos behavioristas em RI é fazer o mesmo [...]. A principal tarefa é reunir informação empírica sobre o campo [...] que possam ser usados para medir, classificar, generalizar e, em última análise, validar a hipótese, isto é, explicar cientificamente os padrões de comportamento. [...] tinham tendência de estudar apenas os fatos e ignorar os valores. [...]” (p. 76)

“A tradicional [...] aceita a complexidade do mundo humano, entende as relações internacionais como parte do sistema humano e busca compreendê-las por uma ótica humanista ao entrar dentro delas. [...] O behaviorismo levanta [...] uma questão [...]: podemos formular leis científicas sobre as relações internacionais [...]? Os críticos enfatizam [...] como o principal erro nesse método: [...] tratar as relações humanas como fenômeno exógeno, [...].” (p. 76)

“Os behavioristas não venceram o segundo grande debate, mas nem os tradicionalistas. [...] No entanto, o behaviorismo teve um efeito duradouro nas RI, [...] após a Segunda Guerra Mundial, a disciplina foi dominada por acadêmicos norte-americanos, cuja grande maioria apoiava as aspirações quantitativas e científicas desta linha teórica.” (p. 77)

“[...] nos anos 1950, 60 e 70, grande parte das relações internacionais envolvia o comérico e o investimento, viagens, comunicação [...]. Nesse contexto, os liberais tentaram novamente formular uma alternativa ao pensamento realista, evitando os excessos utópicos do liberalismo anterior. [...] Os neoliberais compartilham antigas ideias sobre a possibilidade de progresso e mudança, mas rejeitam o idealismo. Ademais, tentam formular teorias e aplicar novos métodos científicos.” (p. 78- 79)

“[...] Durante os anos 1950 e 60, a Europa Ocidental e o Japão desenvolveram Estados de bem-estar com consumo de massa [...]. Esse processo impulsionou um alto nível de comércio, comunicação, intercâmbio cultural e outras relações e transações através de fronteiras. Tal cenário constituiu a base para o liberalismo sociológico, [...] com enfoque no impacto das atividades transnacionais em expansão. [...] tais atividades interligadas ajudavam a criar identidades e valores comuns entre pessoas e Estados diferentes e construíam o caminho para relações cooperativas e pacíficas [...].” (p. 79-80)

“Nos anos 1970, Robert Keohane e Joseph Nye desenvolveram ainda mais essas ideias. [...] as relações entre os Estados ocidentais (inclusive o Japão) se caracterizam por uma complexa interdependência: [...] elos transnacionais entre corporações de negócios. [...] há outros atores e o conflito violento, certamente, não está em suas agendas internacionais. Essa perspectiva neoliberal é chamada de liberalismo de interdependência [...]. (p. 80)

“Quando há um alto grau de interdependência, os Estados tendem a estabelecer instituições internacionais para lidar com problemas comuns. Ao fornecer informações e reduzir os custos das relações interestatais, as organizações conseguem promover a cooperação através das fronteiras. [...]. Podemos chamar essa forma de liberalismo institucional. Robert Keohane e Oran Young estão entre os que mais contribuíram [...].” (p. 80)

“A quarta

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