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Guerra dos Trinta Anos

Por:   •  25/4/2018  •  1.249 Palavras (5 Páginas)  •  307 Visualizações

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Na região da Boêmia, havia um impasse: a maioria da população era protestante, mas o rei, Fernando II, era católico. Este último era da dinastia dos Habsburgo e futuro imperador do Sacro Império. Devoto católico, educado pelos jesuítas e herdeiro da aliança entre os Habsburgo e o papado, Fernando reprimiu violentamente os protestantes, destruindo templos e impondo o catolicismo como única religião permitida no reino.

Os príncipes protestantes, organizados na Liga Evangélica, revoltaram-se e foram derrotados. A Alemanha, a Dinamarca e a Suécia entraram na guerra contra a agressão austríaca, mas com a segunda intenção de expandir seus próprios domínios. Quando os franceses resolveram intervir diretamente no conflito declarando guerra contra os Habsburgos e todas as monarquias que fossem aliadas dos católicos germânicos. O exército francês conseguiu acabar com todas as forças inimigas que, mesmo com as sucessivas derrotas, não estavam dispostas a se render. A essa altura a guerra perdeu toda a sua motivação religiosa, pois ao ver a França, nação tradicionalmente católica, lutando contra outras nações que professavam a mesma fé. Em suma a França e seus aliados saíram vencedores e a paz foi restabelecida pelo Tratado de Vestfália, que confirmou a posse pela França de territórios alemães.

Com base nessas mudanças foram emitidas os princípios de disputas internacionais cruéis no futuro. Para evitar que outros conflitos como esse ocorressem, seria preciso seguir o conceito de soberania, que consiste em “fazer com que cada Estado faça valer dentro de seu território as suas decisões, e tenha poder de organizar-se juridicamente sem intervenção externa, ou seja, é a base do princípio de igualdade soberana de Estados independentes ” (Equilíbrio de poder).

TRATADO DE VESTIFÁLIA

O tratado de Vestefália (ou Westfalia) foi de suma importância para a história das relações internacionais, ele foi o tratado responsável pelo fim da guerra dos trinta anos assinado no dia 30 de janeiro de 1648. Com o tratado a independência dos países baixos da Espanha e a religião calvinista ganhou sua legalização. Para o pensamento internacionalista pode se considerar a “Paz de Vestefália” como um marco inicial para a diplomacia moderna. O tratado foi o que deu início o pensamento de Estado como soberano. A negciação foi feita por representantes católicos e protestantes, após a assinatura não houve mais guerras na Europa baseada conflitos religiosos.

A França, que desempenhou papel de árbitro internacional, conseguiu alguns ganhos territoriais: tomou o Rossilhão (atual Catalunha) à Espanha, tomou posse de toda a Lorena e de quase toda Alsácia (hoje em dia, a Alsácia-Lorena são territórios franceses) e obteve o reconhecimento dos Três Bispados (Metz, Toul e Verdun). Paz de Vestfália marcou o início da hegemonia da França na Europa e do declínio do poder Habsburgo.

A guerra dos trinta anos, a ultima ‘guerra de religiões’, tinha se tornado, ao longo da sua trajetória, um conflito de caráter monárquico, envolvendo veemências políticas e econômicas, além de paixões” (Barzun, 2002) fator que hoje e de suma importância para o estudo das Relações Internacionais da forma que e feito atualmente que abrange não somente os objetivos políticos dos Estados mas também as suas paixões, sentimentos e nacionalismo que movem os estados as integrações ou as fragmentações do sistema

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PERGUNTA PROBLEMA

Porque a França, país majoritariamente católico, se alinhou a países com maioria populacional protestante, durante a Guerra dos Trinta Anos?

A pergunta apresentada possui um questionamento muito amplo, pois esse tipo de aliança nunca antes foi apresentado. Desde a reforma protestante no século XVI, países católicos e protestantes mantinham uma relação de inimizade. Esse conceito mudou após a Guerra.

Uma suposta justificativa para tal alinhamento, se basearia nas teorias de equilíbrio de poder de Hans Morgenthau e Raymond Aron, onde é defendido que existe uma balança de poder necessária para que não exista um grupo tão poderoso e homogêneo que consiga ter forças suficientes para derrotar todos os outros.

REFERÊNCIAS

Paz E Guerra Entre As Nações – ARON, Raymond

A Política Entre As Nações: A Luta Pelo Poder E Pela Paz – MORGENTHAU, Hans

Disponível: http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=172 – A Guerra dos 30 anos – em 07/11/2016

Disponível: https://robertoleao.wordpress.com/2009/06/03/a-guerra-dos-trinta-anos-e-a-inauguracao-de-um-novo-modelo-de-relacoes-internacionais-o-tratado-de-paz-de-westfalia-de-1648/ - A guerra dos Trinta Anos e a inauguração de um novo modelo de relações internacionais: o tratado de paz de Westfália de 1648 – em 07/11/2016

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