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Excertos de texto - ROBERT PAXTON FRIEDRICH ENGELS, DAVID EASTON

Por:   •  1/1/2018  •  1.627 Palavras (7 Páginas)  •  351 Visualizações

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Atualmente, com suas exceções, a maioria Estados no mundo, tem implementado o Regime democrático bipartidário, que não correspondem em sua totalidade aos conceitos expostos acima, mas, estamos na tentativa.

Uma das maiores modificações proporcionadas pela mudança do regime autoritário para o regime democrático foi a mudança do conceito de definição do povo.

Nos regimes autoritários, o povo era considerado como “MASSA”. Este conceito é mais bem definido pelos autores HARDT E NEGRI, que dizem que a massa é um conjunto de pessoas conduzidas por um líder, em que havia um consenso geral para a administração dos recursos e ações do Estado, uma grande contribuição para a queda deste modelo veio com a revolução tecnológica e de comunicações. Agora nos definimos como “MULTIDÃO”.

A multidão caracteriza-se justamente pela multiplicidade, pela pluralidade, não se baseia em formas identitárias, mas expressões singulares, frente à massa homogênea que pode ser manipulável por formas políticas tradicionais. HARDT E NEGRI desenvolvem o conceito de Multidão uma reflexão que parte da conceituação desenvolvida por Foucault, mas redirecionam o conceito de biopolítica, partindo de um conjunto de transformações ocorridas na sociedade contemporânea e, mais especificamente, no âmbito da produção e reprodução de riquezas, cujas transformações impactam não somente na forma de produzir, mas principalmente na produção da subjetividade contemporânea.

A biopolítica de FOUCALT, deste modo é entendida como a forma da vida se governar, e passa a ser compreendida como biopolítica de rede. Nesse sentido, os indivíduos são capazes de construir de forma singular e dentro de um campo de acontecimentos sociais uma diversificada produção estética, um conjunto de narrativas que se utilizam de imagens, vídeos, entre outras expressões. A partir dessa compreensão, a biopolítica da rede é capaz de potencializar as práticas sociais e políticas e fazer emergir um novo sujeito social, que para Hardt e Negri se caracteriza na multidão.

A multidão se configura em acontecimentos que colocam em contato grupos de atuação diversificada que se articulam e promovem uma convergência em suas atuações. Essa convergência ocorre tanto da perspectiva de usos de diversas ferramentas midiáticas, mas também do ponto de vista estratégico da atuação da multidão e da ocupação dos espaços públicos, se organizando por si só.

Para se pensar nas novas práticas políticas colocadas pela multidão é importante entender que elas são fruto de interações sociais e que tem como ponto de partida a ruptura com práticas políticas verticalizadas, conforme o que se verifica nas estruturas de movimentos sociais tradicionais e nos partidos políticos. A horizontalidade e a transversalidade aparecem como forma de se produzir relações que tenham como eixo a colaboração e o compartilhamento.

A revolução tecnológica nos colocou em situação de comunicação e monitoramento instantâneo e continuo, pois saímos da sociedade disciplinar, e agora estamos na sociedade de controle, com arquivamento de informações pessoais, sem espaço para transito livre. Outra mudança que é digna de nota é a transformação do trabalho: onde a fabrica se transforma em empresa, e passa a funcionar com sistema meritocrático que incentiva a competitividade, no campo da educação a escola deixa de ser tradicional e passa a ser permanente.

Todos os acontecimentos nas esferas internas do Estado são de suma importância pois se refletem internacionalmente.

A partir do fim da segunda guerra, a segurança do planeta, passa a ser pauta de destaque nos fóruns internacionais. Em 1968 o medo de uma catástrofe nuclear (que seria causada pela batalha entre EUA e URSS), provocou a assinatura de tratados, como o Tratado de Estolcomo e o Tratado Antibalista (assinado entre EUA e URSS).

Questão de segurança internacional também precisa de atenção precisa agencia reguladores, pois não esta mais só a nível territorial. Antes o terrorismo se encaixava em três objetivos: Terror de Estado para conter o povo, contestação radical por parte do povo, e com objetivo de construção de Estado nacional. Porém a partir dos anos 90, passa a se enquadra numa nova classe, a da atenção internacional (um bom exemplo foi o episódio de 11 de setembro de 2001 quando ocorreu o atentado terrorista as torres gêmeas em Nova Iorque, EUA).

Atualmente, o capitalismo universal é claro, porém não existe Estado universal, logo não há Estado democrático que não esteja comprometido com a miséria humana, pois não há um órgão que fiscalize todas as maneiras de exploração humana e de recursos naturais.

Mais uma grande mudança, no pós - segunda guerra é que antes se produziam mercadorias, agora se produz produtos que podem ser coisas ou pessoas. Neste sentido a democracia passa a ser o objeto de desejo da multidão, num desejo de democracia que não esta completamente explicitado.

O desejo da multidão, de uma democracia perfeita é utópico, como colocado pelo autor ROBERT DAHL, a Poliarquia nos remete a um modelo imaginário de democracia procedimental. A inclusão de todo cidadão se desdobra na igualdade do voto, na possibilidade de uma efetiva participação em fóruns de decisão, por intermédio, inclusive, da compreensão do andamento do processo eleitoral e das fórmulas de escolha.

Noutras

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