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Questões texto " A Violência no Brasil"

Por:   •  5/1/2018  •  1.421 Palavras (6 Páginas)  •  314 Visualizações

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Tal situação desencoraja o trabalho. É mais fácil sobreviver com o trabalho informal (vender cigarros, isqueiros e outros objetos de contrabando) ou com a delinquência, que com um salário.

- Segundo o autor, por que a existência de quatro polícias públicas piora o contexto da violência ao invés de combatê-lo?

A existência de quatro polícias públicas, mal coordenadas e, frequentemente, rivais, cria confusão. A polícia federal, a polícia civil, a polícia militar e a polícia municipal têm, em princípio, papéis complementares mas, na realidade, mal definidos, o que atrapalha a eficiência da atuação assim que começa um tiroteio.

- Explique como a justiça aprofunda o contexto da violência?

Mesmo a justiça é lenta, ineficaz e inacessível ao cidadão devido aos elevados honorários dos advogados. Quanto aos juizes pouco familiarizados com regras de contabilidade, com as astúcias da informática ou dos crimes de colarinho branco, são fáceis de enganar e subornar.

- É possível afirmar que, no Brasil, a violência tem um componente racista.

A sociedade brasileira é feita de uma curiosa mistura de latinidade e negritude, onde os contrastes e a discriminação social não tardam a se revelar por trás da informalidade, jovialidade e cordialidade. Para escapar à sua condição, o negro tem de ser rico e isso torna-se tanto mais difícil na medida em que aumentam as barreiras entre os dois mundos e as diferenças de níveis de vida e mentalidade se aprofundam. Nas prisões e necrotérios, a população é, em geral, negra ou mestiça; nas universidades,ela é 95% branca.

- Estabeleça uma relação entre o fim dos regimes autoritários, a globalização e o crime organizado?

O processo de globalização da economia tende a abolir a noção de fronteira.

Com o fim das ditaduras militares e a derrocada do comunismo, os laços entre as diversas formas de crime foram reforçados.Milhares de homens, saídos das instituições responsáveis pelo controle da ordem, habituados à disciplina e ao manejo de armas, tiveram de retornar à vida civil. Com frequência, esses indivíduos juntaram-se a organizações criminosas com importantes ramificações internacionais. Na sequência, enormes estoques de armas, cada vez mais sofisticadas, entraram no mercado provocando uma queda nos preços e um maior acesso a armamento.

- Por que é possível afirmar que a violência demonstra a existência de uma crise no Estado.

O crescimento da violência reflete, em primeiro lugar, a crise do Estado. Só nessa circunstância há deterioração do Estado-Nação, enquanto representante do bem comum, repositório legítimo do direito e da força em nome do respeito à lei.

- De que forma o autor propõe alterar a imagem da polícia?

A imagem da polícia, em sua natureza profunda, é que tem de ser mudada; ela não deve ser vista como parasita mas como instância intermediária da república entre os cidadãos, como defensora dos fracos contra os fortes, das pessoas honestas contra os marginais. Torna-se urgente restaurar a imagem da função policial. Isso seria feito através de campanhas publicitárias mas, também, de um esforço de revalorização das qualificações. A imagem a ser divulgada é a de uma polícia “cidadã”, a serviço do bem público. Informação objetiva pode ser produzida pelos grandes meios e, sobretudo, pela televisão, denunciando, sim, os abusos da polícia mas mostrando, também, sua face oculta, mais discreta e desconhecida: a dedicação extrema de milhares de profissionais anônimos cujo papel é imprescindível para impedir uma “colombianização” da sociedade brasileira. A revalorização da profissão só se torna exequível com a adequação das perspectivas de carreira, ou seja, das funções e salários relativos dos corpos policiais. Ao se saber rejeitada, desprezada e pouco instruída, a polícia não se sente segura de si e adota um comportamento de desafio e provocação. Tudo melhoraria com a redução desse mal estar.

- Para o autor, o que deveria ser o Estado Ideal?

A imagem do Estado deve ser mudada. O Estado não é o polvo descrito por certos neoliberais. As economias mais competitivas e melhor preparadas para assumir a revolução tecnológica do século XXI são as de países com forte coesão e boa administração pública das

necessidades essenciais – de nada serve equipar os computadores se os problemas de base não são resolvidos. Trata-se, então, de fundar novamente um Estado ideal, de maneira a permitir o equilíbrio entre a liberdade – do Estado mínimo – e a igualdade – do Estado máximo. A busca de eficácia não deve sufocar o imperativo

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