Resenha - História do capitalismo: uma visão panorâmica
Por: Salezio.Francisco • 7/5/2018 • 1.760 Palavras (8 Páginas) • 485 Visualizações
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Cada país teve um contexto diferente antes do advento da industrialização. Os Estados Unidos, por exemplo, foi o único país de passado colonial que conseguiu se industrializar no século XIX. Tinha dois modelos distintos: no sul, colônias de exploração, onde predominava a grande produção escravista; no norte, colônias de povoamento, predominando a pequena produção independente. Entretanto, na Alemanha, a peculiaridade foi outra. A integração econômica e o surto
Industrializante precedem a plena constituição do Império Alemão. No Japão, não foi muito diferente de outros países da Europa, pois medida em que a crise do feudalismo japonês conduziu a uma estrutura econômica muito parecida, criando os pré-requisitos para a constituição do capitalismo. Já na Russa, a nobreza não tinha muitos interesses políticos e econômicos, coube então ao Estado mobilizar capitais e promover a industrialização.
Etapa 4- CAPITALISMO MONOPOLISTA E IMPERIALISMO
No período entre 1830 e 1890, ocorreram transformações no sistema econômico internacional, as quais trouxeram novas formas de concorrência e ao mesmo tempo, marcaram a transição para um novo estádio de desenvolvimento do capitalismo. Na Inglaterra, o padrão de concorrência capitalista permitia o surgimento “espontâneo” de novos capitais industriais. A esse padrão de acumulação baseado no livre funcionamento das forças do mercado, pode-se chamar capitalismo concorrencial.
Ao longo do último quarto do século passado, aceleraram-se certas transformações que acabariam por desarticular a ordem econômica internacional fundada pelo capitalismo inglês. À medida que a Inglaterra foi perdendo o monopólio da produção industrial o livre comércio dava lugar ao protecionismo. Intensificou-se assim, o processo de centralização e de concentração de capitais, com a fusão de empresas e a união de bancos e indústrias. O acirramento da concorrência capitalista propiciou o surgimento do capitalismo monopolista.
A retração dos mercados externos e as novas condições da concorrência exigiam que a economia britânica se reestruturasse. Em duas décadas a economia inglesa já havia sido superada pelo dinamismo das economias norte-americana e alemã, que dispunham de uma organização empresarial mais moderna e de uma estrutura produtiva precocemente oligopolizada.
No início do século XX, o capitalismo atingiu uma configuração mais madura e deu nitidez ao que tem sido chamado, nos países mais avançados, de sociedade urbano-industrial. O imperialismo, acreditava estar descrevendo não apenas uma etapa superior do capitalismo, mas a derradeira fase daquele sistema econômico, que estaria destinado a se converter num sistema socializado de produção e distribuição da riqueza.
Etapa 5- O COLAPSO DA ECONOMIA DE MERCADO
A presente seção busca sintetizar as razões e implicações do colapso das instituições que sustentavam a ordem econômica autorregulada nos anos 20 e 30. No intervalo entre as duas guerras, a economia capitalista mundial foi abalada por uma segunda Grande Depressão, forçando uma drástica revisão de todos os conceitos que norteavam as políticas econômicas nacionais, como também, do próprio papel do Estado.
Os anos 20 foram bastante conservadores na Europa, marcados por um esforço contínuo em retornar ao passado e revitalizar o sistema econômico abalado pela guerra. A iminência da crise, portanto, foi obscurecida pela intensificação dos negócios na Bolsa de Valores de Nova Iorque. Os capitais produtivos se deslocaram para a esfera de valorização financeira, atraindo inclusive a poupança das famílias, o que criou uma onda exponencial de especulação, que jogou os preços das ações na estratosfera, sobrevindo uma profunda recessão econômica.
A grande depressão do início da década de 30 solapou a confiança no futuro. No início dos anos 30, o programa de recuperação econômica do governo nazista e o New Deal adotaram medidas de combate ao desemprego.
Depois de 1945, por sua vez, um retorno ao laissez-faire estava fora de questão. Uma economia de mercado precisava de parâmetros seguros e de mecanismos de proteção para não derivar rumo às crises e às catástrofes sociais.
Etapa 6- O CAPITALISMO “VIRTUOSO” DOS ANOS DOURADOS
Nas décadas que sucederam a Segunda Guerra Mundial (descritos como os “anos dourados do capitalismo”), se destacam os esforços de regulação da concorrência e as políticas públicas de bem-estar social. Tal reconstrução tinha como pano de fundo o medo de uma revolução social e a memória presente dos perigos do fascismo.
Os EUA, interessados em controlar econômica e politicamente as relações internacionais, rapidamente compreenderam a ameaça da influência da ex-URSS sobre a Europa oriental e a Ásia. É valido salientar, que muito da grande prosperidade econômica mundial se deu na forma de difusão do capitalismo norte-americano. A pesquisa cientifica passou então, a se aplicar à produção comercial. A guerra, com suas demandas tecnológicas, contribuiu para o aparecimento do radar e do avião a jato. No plano internacional, houve também a tentativa de criar instituições que visavam “regular” as relações econômicas e “equacionar” as tensões políticas, o que não era nada fácil.
Os anos dourados, podem, em suma, ser considerados como um período de grande prosperidade econômica e de profundas transformações sociais. Nos países desenvolvidos predominou, um pacto social entre empresas governos e sindicatos Pacto esse que, explica, em última instância, a ameaça representada pela propaganda comunista – levou os principais estados capitalistas a implementar, tanto interna como externamente, mecanismos institucionais de regulação da concorrência e políticas econômicas e sociais destinadas a garantir um elevado padrão de vida ao conjunto da população.
Tal padrão de vida não se teria materializado se não fossem as pressões exercidas por sindicatos e partidos de esquerda. E como nem tudo era virtuoso nos anos dourados, havia problemas crucias daquele modelo de desenvolvimento: o crescente abismo entre países ricos e pobres, a deterioração do meio ambiente, os riscos do armamento exacerbado e uma potencial tendência inflacionária.
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