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Resenha Crítica - Antígona - Sófocles

Por:   •  9/7/2018  •  1.401 Palavras (6 Páginas)  •  243 Visualizações

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Aborda claramente aqui um protesto ao autoritarismo político de Creonte que esquece sua função e só se apodera do título de rei tomando as decisões como se o Estado fosse ele e não todos que o congregam. Apesar do discurso tão tocante e forte do filho, Creonte manteve-se irredutível, além de atacar as palavras do filho, deixando tal em um estado de fúria. Hémon se retira alegando que o pai nunca mais o verá diante de si. Tomado pelo ódio, ordenou a Antígona a morrer em túmulo subterrâneo, porém polpa a vida de Ismênia, única descendente de Édipo que saiu com vida.

Depois de já conduzida a condenada para seu túmulo, entra a figura de Tirésias, um velho adivinho que sempre deu conselhos ao rei e, por ser cego, era guiado por um menino. Tirésias condena as derradeiras decisões do rei, argumentando que nem mesmo as divindades celestes têm o direito de pôr sob a terra uma criatura que vivia na superfície, encerrada viva indignamente num túmulo, e ainda reter um cadáver longe dos deuses subterrâneos, visto que está privado de honras fúnebre e de sepultura. Creonte, inicialmente “cego”, por acreditar ser inatingível (Creonte reconhece explicitamente sua vontade como a única representante legítima da vontade da pólis). Depois de algum tempo, angustiado, e devido a ninguém ter conhecimento de qualquer previsão incorreta do adivinho, o rei decidiu, depois de aconselhado pelo Corifeu, ir ao monte onde estava o corpo de Polinice. Apenas sob o peso da tragédia iminente, sob a ameaça de coação de uma força irresistível, Creonte admite reconsiderar a sua posição: “Ceder é duro, mas só por intransigência deixar que a cólera me arruíne, é também duro”. O rei reconhece que medidas tomadas no calor do momento, causam consequências irreparáveis e arrependimento tardio. Outra coisa que se pode refletir na história é o fato de que, o arrependimento de Creonte

chegou quando já era tarde. Portanto, é necessário ter muita cautela na hora de tomar decisões.

Ao alcançar o local, fez os ritos necessários, procedeu a incineração e construiu uma tumba. Depois disso, partiu para a caverna de pedra de Antígona, onde se ouviu gritos e gemidos provindos do túmulo, que quando aberto, viu-se Antígona enforcada, e Hémon, quase desfalecido, chorando a morte da amada e lamentando a crueldade do pai. Creonte, ao vê-lo com vida, pede para o filho sair da sepultura, em resposta, Hémon fita-o com olhar desnorteado, cospe-lhe o rosto e, ao puxar sua espada, o filho então crava a espada no próprio peito. Logo após isso, um mensageiro transmite o acontecido a todos, inclusive a esposa do rei, Eurídice, que ao ficar sabendo da história por completo, adentra ao palácio com uma profunda angústia e desespero internos, porém não proferiu sequer palavra alguma. Logo depois, chega Creonte carregando o corpo de seu filho nos braços, lamentando profundamente sua morte, enquanto o mensageiro vindo do palácio anuncia-lhe outra desgraça: sua mulher havia se matado, com um punhal, que lhe atingira o fígado. Além do mais, desejando que todas as desgraças caíssem sobre o rei.

A obra encerra-se com Creonte invocando e desejando não ver clarear outro dia.

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