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Resenha A arte de argumentar

Por:   •  12/9/2018  •  1.378 Palavras (6 Páginas)  •  739 Visualizações

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Abreu explana sobre um conceito funcional acerca da argumentação. Tal conceito consiste em saber convencer e persuadir. Convencer é basicamente mudar a ideia principal de uma pessoa, enquanto persuadir se localiza na parte da emoção.

Nas palavras de Abreu (2008, p.10) convencer e persuadir é:

Argumentar é, pois, em última análise, a arte de, gerenciando informação, convencer o outro de alguma coisa no plano das ideias e de, gerenciando a relação, persuadi-lo, no plano das emoções, a fazer alguma coisa que nós desejamos que ele faça.

Em sua obra, Abreu apresenta a origem histórica da argumentação. Faz menção à valorização da retórica no discurso, na Grécia antiga. A argumentação, ou retórica ou arte de persuadir, surgiu em Atenas, fora criada pelos sofistas. Para eles, o mais valoroso era a competência de persuadir o outro, fazendo com que ele acreditasse de qualquer forma no ponto de vista do qual falava.

O autor expõe sobre o senso comum, o paradoxo e o maravilhamento. Sendo o senso comum o discurso mais significativo. Tem uma grande influência para dar sentido para a vida cotidiana. O paradoxo são as opiniões contrárias ao senso comum. Sendo o maravilhamento o responsável pela capacidade de se surpreender mais uma vez com um hábito determinado como comum, corriqueiro.

Em seguida é exposto as condições da argumentação. Constituindo-se em ter uma tese definida para que se saiba qual a problemática que tal tese responde; saber se comunicar e adequar a linguagem ao público em questão; buscar um contato positivo com esse público, argumentando com o outro de forma ética; persuadir de forma honesta. E é indiscutível que o locutor manifeste um ponto de vista particular a um público, transmitindo esse ponto de vista de uma forma a parecer universal. Saber qual é o público alvo, facilita ao locutor apresentar a sua tese e ter força para argumentar e continuar o seu discurso.

Na obra, também é apresentado algumas técnicas argumentativas. Sendo essas técnicas o argumento quase lógico e argumentos fundamentados na estrutura real. Os argumentos quase lógicos podem ser: compatibilidade e incompatibilidade; regra de justiça, ou seja, tratar o seu público sem nenhuma distinção; retorsão, argumentos próprios com outras interpretações; ridículo, o uso de um outro argumento ironizando a situação; definição, definir a tese em lógica, expressiva, normativa e etimológica. Os argumentos embasados na estrutura do real são argumentos alicerçados em pontos de vista e não na descrição de fatos. Tais argumentos pode ser pragmáticos, do desperdício, pelo exemplo, pelo modelo ou pelo antimodelo e pela analogia.

Para que o argumento seja bem sucedido, a persuasão é responsável pela metade desse sucesso. A persuasão é uma arte difícil de ser gerenciada, é preciso levar em consideração o que o público tem a ganhar com tal argumentação. Para isso é preciso perceber os valores do outro.

Tomando como pressuposto tudo aquilo que o autor já mencionou, se questiona o que de fato é argumentar. Segundo Abreu (2008, p.42):

Argumentar é, em primeiro lugar, convencer, ou seja, vencer junto com o outro, caminhando ao seu lado, utilizando, com ética, as técnicas argumentativas, para remover os obstáculos que impedem o consenso.

Argumentar é também saber persuadir, preocupar-se em ver o outro por inteiro, ouvi-lo, entender suas necessidades, sensibilizar-se com seus sonhos e emoções.

Para Abreu as figuras retóricas são recursos linguísticos com poder de persuadir, são figuras de som, de palavra, de construção e de pensamento. Sendo assim, a escolha das palavras possui uma grande influência na arte de argumentar. Portanto, deve-se analisar seu sentido e seus sons.

Após a apresentação dessas técnicas e esses recursos, o autor ressalta que, mesmo que pareça complicado em um primeiro instante, com a prática, a argumentação feita valendo-se destes pontos pode vir a ser feita de uma forma mais fácil.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O livro do escritor Antônio Suárez Abreu é proficiente para todos que sentem a necessidade de aperfeiçoar suas técnicas de argumentação, ou para aqueles que querem aprender a argumentar. As técnicas oferecidas pelo autor são preciosas, o livro possui uma linguagem de fácil compreensão.

O autor faz menção na distinção entre alguns termos, como por exemplo persuadir e argumentar, explicitando as suas diferenças. Utiliza conceitos úteis e válidos a respeito de apresentar uma tese, escolhendo as palavras corretas para chamar a atenção do público alvo, adequando a linguagem para que abranja todos que estão dispostos a ouvir a argumentação realizada.

A obra traz alguns exemplos sobre a diferença entre os variados recursos de retórica, exemplos esses que valiosos para os interessados em aprender argumentar. Porém, a leitura dessa determinada parte do livro, se torna um pouco cansativa e sistemática em vista dos exemplos que levam o leitor a realizar uma leitura exaustiva. Mas nada que impeça o restante da leitura da obra.

Por fim, conclui-se que a leitura do livro A arte de argumentação: gerenciando razão e emoção, traz muitas informações que são de grande importância para que se desenvolva em nós uma boa argumentação. Sendo assim, a leitura

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