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EVOLUÇÃO DAS AVES

Por:   •  19/4/2018  •  2.833 Palavras (12 Páginas)  •  385 Visualizações

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Na maior parte do século seguinte, os sistematas tradicionais, com ênfase em categorias hierárquicas estritas, obscureceu as relações evolutivas pelo fato de colocar as aves e os répteis no mesmo nível taxonômico (classe Reptilia e classe Aves).

A sistemática cladística enfatiza as linhagens evolutivas monofiléticas e, atualmente, as aves são vistas, outra vez, como dinossauros terópodos mais derivados. As similaridades entre as Aves e os Theropoda incluem os seguintes caracteres derivados:

Pescoço alongado e móvel em forma de S.

Um pé com três dedos voltados para frente e um direcionado para trás (denominado de pé tridátilo).

Postura digitígrada (isto é, com os dedos suportanto o peso do corpo).

A junta do tornozelo forma-se entre os ossos tarsais (uma junta intertarsal) no lugar de uma junta entre os tarsos e a tíbia+fíbula.

Ossos ocos, ossos pneumáticos.

Os dromedosauros, um grupo ainda mais derivado de coe-lurosaurus que incluem o Velociraptor do famoso "Jurassic Park", tinha caracteres adicionais semelhantes aos das Aves, incluindo a estrutura do punho que lhes permitia flexioná-lo lateralmente enquanto o movimentava em giros.

Tal mobilidade provavelmente possibilitou aos coelurosauros usar suas mãos para agarrar a presa, e isto é reconhecido na linhagem que inclui os dromeosaurus e as Aves: Maniraptora (Latim manus = mãos e rapto = capturar).

As Aves usam o mesmo movimento do punho para produzir um fluxo de ar sobre as penas primárias das asas para gerar ascenção durante o vôo batido. Alguns dromeosaurus mais derivados ainda - tais como Unenlagia, predador terrestre de 2 metros de comprimento, da Patagônia - tinha uma modificação na articulação do ombro que permitia maior liberdade do movimento dos membros peitorais.

A fossa glenóide (onde o úmero se articila com a cintura peitoral) é orientada lateralmente em vez de ventralmente nesses animais, permitindo movimentar seus membros peitorais para cima e para baixo e golpear para cima e para baixo para capturar a presa.

Essa mudança anatômica, que provavelmente fez dos dromeosaurus os predadores terrestres mais eficientes, é a origem dos movimentos para cima e para baixo que as aves utilizam para bater suas asas no vôo.

A descoberta mais dramática no estudo da evolução das aves ocorreu com o registro, no início de 1996, de dinossauros não aves com penas (Padian et al. 2001). Estruturas semelhantes a penas têm sido encontradas em pelo menos cinco linhagens de coelosaurus, e isso dá a impressão que mais exemplos serão descobertos.

As menores estruturas derivadas consideradas semelhantes a penas são filamentos simples de 1 a 5 centímetros de comprimento em Sinosauropteryx. Filamentos similares foram identificados em fósseis de Beipia-osaurus e Sinornithosaurus.

Esses filamentos exibem pouca semelhança com as penas mais derivadas observadas em dinosauros não aves ou com as penas das Aves.

Alguns paleontólogos não aceitam essas estmturas como sendo semelhantes a penas, alegando que são artefatos que se formam durante o processo de fossilização.

Uma interpretação diferente propõem que essas estmturas são percurssoras das penas e que as pequenas penas do Caudipteryx e Protoarcheopteryx representam filamentos aglomerados em tufos (Padian 2001).

Penas com vexilo isto é, penas com superfície nos dois lados de um eixo central semelhante as penas das aves viventes são preservadas com fósseis de Caudipteryx e Photoarchaeopteryx. Caudipteryx tinha penas com vexilo no segundo dedo da mão, onde remiges (principais penas do vôo) são encontradas nas aves modernas, e em um tufo de penas com vexilo na cauda.

Protoarchaeopteryx tinha penas, do tipo plúmulas, no corpo e na cauda, além de uma fileira de penas com vexilos simétricos, com a forma de um leque, na cauda. A ocorrência de dinossauros não aves emplumados sugere que as penas eram presentes em muitas linhagens de dinossauros não aves. É possível que alguns dos dinossauros emplumados do Cretáceo Inferior eram aves secundariamente não-voadoras.

Pode-se pensar que a descoberta dos dinossauros emplumados não aves com características anatômicas semelhantes a das aves, tais como fúrcula, um esterno quilhado, e membros capazes de movimentos para cima e para baixo, pode levar ao esclarecimento da origem do vôo, mas isso não é o caso.

As penas apareceram sem dúvida antes do vôo: não até chegarmos ao Archaeopteryx que declaramos um animal com membros peitorais grandes recobertos por penas o suficiente para voar.

Também não há indícios que as penas apareceram para fornecer isolamento para reter o calor metabólico, porque a ausência de ossos turbinados na passagem nasal, tanto dos dinossauros não aves como das aves primitivas, sugere que esses animais não eram endotérmicos.

Os dinossauros não aves podem ter usado as penas em combinação com posturas do corpo para gerar movimentos relacionados a interações sociais, assim como as aves atuais fazem, e esta hipótese pode explicar a origem das penas.

Em um último estágio, as penas bem desenvolvidas, como aquelas do membro peitoral do Caudipteryx, podem ter sido usadas para cobrir os ovos no ninho, protegendo-os do sol durante o dia e guardando calor no ninho durante a noite.

Como as Aves Ficaram Livres do Solo?

Duas hipóteses coexistem por um século - a teoria arbórea ("das-árvores-para-baixo") e a teoria terrestre ("do-chão-para-cima").

A teoria arborícola dominou o meio científico por muito tempo. De acordo com essa visão, os ancestrais do rchaeopteryx eram trepadores arborícolas, que pulavam de galho em galho e de árvore em árvore, de modo muito semelhante ao utilizado por alguns esquilos, lagartos e macacos.

Sob pressões seletivas que favoreceriam o aumento da distância e da precisão do deslocamento entre as árvores, estruturas que fornecessem alguma superfície para a força de ascensão deveriam ser vantajosas.

Draco é um gênero de lagartos arborícolas, das índias Orientais, com costelas extremamente alongadas, que sustentam asas de pele aos lados do corpo.

Eles utilizam suas asas para planar de uma árvore a outra. O vôo tem início com um mergulho a partir de um poleiro elevado.

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