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A principal obra de Thomas Hobbes

Por:   •  30/8/2018  •  1.581 Palavras (7 Páginas)  •  231 Visualizações

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Sobre a liberdade dos súditos para com os soberanos, Hobbes abre uma pequena ‘brecha’ para que o súdito rompa este contrato social em questão, entre outras palavras, o indivíduo poderia “fugir” desta obrigação ou lei. Com isto o autor deixa explícito na seguinte afirmação: "A obrigação dos súditos com o soberano apenas dura enquanto o poder mediante o qual ele for capaz de protegê-los. O direito que por natureza os homens têm de defender-se a si mesmos não pode ser abandonado através de pacto algum".

Acho válido ressaltar uma possível analogia entre Hobbes e Locke, porque eram de correntes contrárias, e também porque cita algumas ideias e críticas às teses de Locke durante alguns trechos de capítulos na obra. Com isto, um afirmava que o homem era mau por natureza e por isso, o Estado deveria serforte, com poderes absolutos nas mãos do “soberano”, defendendo o Absolutismo. Hobbesdefendia os interesses da monarquia (nobres). Por isso, não foi bem aceito naInglaterra, que passava por mudanças econômicas e sociais no quadro burguês. Com isto, é claro queos ingleses se identificavam mais com Locke, pois o mesmo era altamente liberal (ao contrário de Hobbes). Para Locke, o homem, no estado natural, não era mau, ele seria neutro e o meio emque vivia que o levariaaescolher entre o bem eo mau. Por isso,oEstado nãoprecisava ser tão rígido e rigoroso com os homens, pois aintervenção do Estado na economia deveria ser mínimo.

Uma crítica de Hobbes ao longo da segunda parte da obra, era que o ‘comportamento natural’ do homem, se fosse sempre bem orientado para o bem próprio do homem, poderia ainda sim levá-lo à destruição e não a preservação em si. E neste contexto, podemos associar com a ‘ desconfiança’. Porque segundo Hobbes, os homens acabando tendendo mais à desconfiança e a dissociação do que à confiança e ao próprio amor, pois a desconfiança em si é mais forte do que a confiança na sociedade.

Dito isto, podemos entender pela citação de Hobbes, “quanto à força corporal o mais fraco tem força suficiente para matar o mais forte, por secreta maquinação, quer aliando-se com outros que se encontrem ameaçados pelo mesmo perigo”, que o está verdadeiramente em jogo é a relação entre “forças”, e legitimidade ou não que elas residem. Esta legitimidade também se refere aos homens em qualquer relação, dependendo é claro, do “conhecimento da origem” ou “gênese”, como diz Hobbes.

“Em quinto lugar, faz parte de um culto racional falar com consideração de Deus, pois revela medo dele, e o medo é uma confissão do seu poder. Daqui se segue que o nome de Deus não deve ser usado de maneira precipitada e sem nenhum proposito, pois isso é o mesmo que usá-la em vão. E não tem nenhum propósito, a menos que seja por meio de juramento e por ordem da república, para dar garantia aos julgamentos, ou entre repúblicas, para evitar a guerra.” (HOBBES, 1974, p. 307)

O que fala nesta citação do último capítulo abordado é sobre o Reino natural de Deus e das suas leis naturais e o que se remete as punições naturais aos homens pela Igreja ou pelo Estado de ordem. Com isto, voltamos naquela mesma e ‘velha’ questão do que somente convém, o que é de puro interesse do Estado. Porque se for ordem da “República” (Estado) como diz na citação, será considerado um bem ou algo sagrado e divino, e aí sim poderia passar ileso e seria certo. Mas caso o contrário, deveria receber punição.Uma outra visão de Hobbes neste capítulo XXXI, é que não existe na vida nenhuma ação do homem que não seja o início de uma série de consequências, ou seja, o homem que “infligir” alguma lei do Estado ou lei divina, irá pagar com consequências divinas ou não pelo seus atos.

A conclusão em que chegamos dos capítulos desta abordados nesta resenha, é que Thomas Hobbes possui forte influência de Bacon com a corrente empirista de pensamento. Desta forma, ele criticava e era contra a “Tradição Clássica” da Filosofia (Sócrates, Platão, Aristóteles, Cícero, entre outros), pois dizia que ‘fracassaram’ em relação à natureza humana. E também era contra os humanistas (logo contra o Racionalismo também, pois era nada mais nada menos do que corrente contrária ao Empirismo), pois o Empirismoseria o conhecimento científico através da experiência em um campo de estudo e trabalho. Não podemos deixar de ressaltar também, que para Hobbes, o instrumento mais importante é o Estado (exposto como “República” na obra dele), que seria entendido como a máxima concentração de autoridade capaz de proporcionar a máxima segurança. E que uma de suas finalidades era mostrar relevância no campo das relações internacionais onde os realistas interpretam o Sistema Internacional como anárquico.

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