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A VELHICE NO BRASIL

Por:   •  8/4/2018  •  4.789 Palavras (20 Páginas)  •  257 Visualizações

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função, perder capacidade de tocar a vida de forma independente , foco de muitas pesquisas .

Com a ajuda da família muitos na sua velhice conseguem ter mais dignidade, pois a família tem muito peso nessa fase da vida onde o idoso na maioria das vezes se torna um peso pra sociedade em geral. Muitos porém não tem o mesma felicidade, alguns idosos também sofrem muitos maus tratos pela própria família.

Novas terminologias e novos conceitos vêm surgindo para classificar os indivíduos em idade mais avançada .A distinção entre terceira e quarta idades é uma tentativa de ajustar esquemas classificatórios a circunstâncias culturais, psicológicas e ideológicas particulares das sociedades ocidentais hoje.

A História da Velhice

A velhice sempre tem acompanhado a humanidade como uma etapa inevitável de decadência, declinação e antecessora da morte. A palavra velhice é carregada de significados como inquietude , fragilidade, angústia. O envelhecimento é um processo que está rodeado de muitas concepções falsas, temores, crenças e mitos. A imagem que se tem da velhice mediante diversas fontes históricas , varia de cultura em cultura , de tempo em tempo e de lugar em lugar. Esta imagem reafirma que não existe uma concepção única ou definitiva da velhice mas sim concepções incertas, opostas e variadas através da história.

O estudo da visão que a sociedade tem das pessoas velhas remonta aos tempos dos Babilônios, Hebreus e da Grécia Antiga. Ao longo da história há grande importância dada para problemas básicos inerentes à velhice. Para os Babilônicos a imortalidade e formas de como conservar a juventude estiveram muito presentes . A Grécia Clássica relegava os velhos a um lugar subalterno e a beleza , a força e a juventude eram enaltecidas como se evidenciava para alguns filósofos gregos . Porém Platão trouxe uma nova visão onde a velhice conduziria a uma melhor harmonia, prudência , sensatez , astúcia e juízo.

Na sociedade romana os anciões tinham uma posição privilegiada. O direito romano concedia a autoridade de “ pater famílias” aos anciões. Quanto mais poderes lhes eram concedidos, mias a ira de novas gerações se voltava contra os velhos. A República Romana também conferia cargos importantes no senado aos anciões como “ patrícios”. A imagem negativa da velhice foi combatida por Sêneca mais foi Cícero, com sua obra “A senectude” que a velhice encontrou seu maior defensor.

Em sociedades antigas o ancião era visto com uma aura de privilégios sobrenatural que lhe concedia uma vida longeva e como resultado, este ocupava um lugar primordial, onde a longevidade se associava com a sabedoria e a experiência. Assim era nas sociedades orientais, principalmente da China e Japão.

Nas culturas Incas e Astecas ,a população anciã era tratada com muita consideração. A atenção a esta população era vista como responsabilidade pública.

Os antigos Hebreus também se destacavam pela importância que davam a seus anciões, que, em época de nomadismo eram considerados os chefes naturais dos povos que eram consultados quando necessário, Na cultura hebraica encontramos Matusalém que era considerado como se estivesse vivido novecentos e sessenta e nove (969) anos. Uma vida longa era vista como benção do que como uma carga , e esta benção é vista nos patriarcas bíblicos.

Com a queda do Império Romano os anciões também foram perdendo seu lugar de destaque na sociedade , mais uma vez se tornaram vítimas da superioridade juvenil. No sistema de estratificação por idade de cada sociedade estava implícito o fato de que a idade era um determinante básico do que os indivíduos podiam e deviam fazer.

Em termos gerais, a etapa do Cristianismo expôs uma visão negativa da velhice. Este tema deixou de interessar aos escritores cristãos que mencionavam a velhice com relação a moral e a associavam com decrepitude, feiúra e pecado.

O século VI a velhice com a cessação da atividade, iniciando ali a concepção moderna de isolamento dos velhos em retiros. Por outro lado, o homem medieval temia e buscava os meios de escapar da velhice. Nos períodos do Renascimento e do Barroco persistiu a idéia da inevitável decrepitude e do caráter melancólico da velhice. A crença de que o diabo movia a fantasia por humores justificou a perseguição e execução de milhares de mulheres anciãs, conhecida como a caça as bruxas. A Idade Média se caracterizou também pela época dos mais fortes e dos mais fortes e dos poderios militares., o que colocava os anciões como submetidos aos mais fortes e formavam parte da população escrava e servil.

Durante os séculos XIV e XV, a peste e a cólera foram seletivas deixando um saldo de milhares de mortos e uma grande população velha que havia sobrevivido

às pestes. Este fato trouxe como conseqüência o fortalecimento do poder das pessoas de mais idade e um aumento do conflito entre as gerações que havia diminuído ao final do Império Romano. As pessoas velhas começaram a ser ridicularizadas em ambientes públicos. A literatura e a arte se uniram para ridicularizar os anciões a despeito de grandes expoentes de idade avançada que realizaram suas obras neste período como Leonardo Da Vinci e Michelângelo . Apesar da presença artística o velho continuava tendo pouca importância social e se encontrava em uma situação precária e ambígua.

O século XVI se caracterizou por uma violência e um ataque contra a velhice como conseqüência da adoração e culto da beleza e da juventude . William Shakespeare personificou vários aspectos da velhice, como em “ Rei Lear” . Erasmo de Roterdã , em sua obra “Elogio da Loucura” concebia a velhice como uma carga e a morte como necessária. Ele considerava que a loucura era o único remédio contra a velhice.

O pensamento científico que caracterizou os séculos XVI e XVII introduziu novas formas de pensar que enfatizavam a observação, experimentação e verificação, podendo-se então, descobrir as causas da velhice mediante um estudo sintomático.Ainda assim prevalecia a ambivalência em relação à velhice.

Durante os séculos XVII e XVIII foram feitos muitos avanços no campo da fisiologia, anatomia, patologia. As transformações que ocorreram na Europa nos séculos XVIII e XIX refletiram em uma mudança na população anciã. O número de pessoas em idade avançada e os avanços da ciência permitiram descartar vários mitos acerca da velhice. Contudo, a situação dos velhos não melhorou. O surgimento da Revolução Industrial e do Urbanismo foram derradeiros para os anciões que, sem poder trabalhar, foram reduzidos à miséria.

No final do século XIX os avanços

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